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HISTÓRIA DA POESIA UNIVERSAL ( Breve Relato ) MONOGRAFIA ...

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Aos poetas sempre estiveram ligados as demais profissões como<br />

embaixador, general, professor, escritor ou mesmo cantor, motivo pelo qual<br />

podemos insinuar que a poesia não serve como referência profissional.<br />

Atualmente, poucos poetas se dizem felizes e contentes com o tímido<br />

reconhecimento do público, traduzido em números.<br />

O exemplo de Augusto dos Anjos no início do século e Mário Quintana<br />

falecido há pouco tempo não deixam dúvidas de quanto a poesia é ingrata,<br />

mesmo sendo objeto de estudo e avaliação em qualquer escola ou universidade<br />

de renome.<br />

Mário Quintana, poeta gaúcho, viveu os últimos dias de sua vida<br />

vivendo de favores alheios apesar de sua vasta produção poética. Orides<br />

Fontela, poetisa paulista reconhecida pelos críticos como uma das maiores da<br />

atualidade brasileira, sofre para pagar as despesas de aluguel e manutenção de<br />

um apartamento no centro de São Paulo.<br />

Auden na Inglaterra, Eliot e Emerson nos Estados Unidos, Trakl na<br />

Polônia, Petrarca na Itália, Maiakovski na Rússia, Baudelaire e Rimbaud na<br />

França, todos eles foram vítimas do mesmo mal e em razão de toda indiferença<br />

em vida, gozam hoje de reconhecimento, respeito e consideração da crítica<br />

literária, dos estudiosos conscientes que acabaram concluindo a importância da<br />

poesia no mundo antigo, medieval e contemporâneo.<br />

O objetivo principal no capítulo ao fazer uma analogia e tentar<br />

associar a atividade do poeta à profissão foi demonstrar a contradição que<br />

existe no fato do público louvar a poesia em todos os tempos e ao mesmo<br />

tempo não possuir o discernimento e a crítica necessária para reverter toda<br />

injustiça que os poetas conseguem, na maioria dos casos, postumamente.<br />

Assim sucedeu com Augusto dos Anjos, Gregório de Matos Guerra,<br />

Shakespeare, Cecília Meireles e Mário Quintana, e os textos consultados não<br />

indicam que haja tendência de reversão, para tristeza dos amantes da boa<br />

poesia.<br />

Tudo o que constatei durante a execução deste capítulo levou-me a<br />

acreditar que a poesia não reconhecida como profissão é uma grande injustiça,<br />

difícil de ser corrigida, embora seja obrigação de todos reconhecê-la como arte<br />

pura e legítima, confiada somente aos iluminados que ousaram cultivá-la por<br />

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