HISTÓRIA DA POESIA UNIVERSAL ( Breve Relato ) MONOGRAFIA ...
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sua poesia :<br />
Entre a difícil e a fácil, meio a meio.<br />
A namorada ideal é assim que eu quero :<br />
Não infernize a minha vida e não me farte.<br />
Em outro, rebate as críticas de seus contemporâneos que zombam de<br />
Você não publica teus versos, Lélius,<br />
mas critica os meus,<br />
põe fim às tuas críticas<br />
ou publica os teus.<br />
No epigrama II, 62, sua obscenidade vai ao extremo :<br />
Você depila peito, braços, pernas<br />
e apara em arcos os pentelhos. Dou fé,<br />
Labieno : é pra agradar a namorada<br />
- Mas, e o cú depilado, pra quem é ?<br />
Os poetas latinos do início do século I d.C., salvo algumas raras<br />
exceções como Propércio, dedicaram-se a maior parte do tempo a estudar o<br />
comportamento de inimigos e desafetos para transformá-lo em verdadeiro objeto<br />
de crítica e sátira sem qualquer constrangimento.<br />
Seus protestos ou sátiras eram puras ofensas que, muitas vezes,<br />
demoravam a ser compreendidas e chegavam aos ouvidos dos destinatários por<br />
outros de maneira distorcida.<br />
Desta forma, não raro os poetas debruçavam-se em réplicas e<br />
tréplicas constantes por conta de sua responsabilidade na manutenção da<br />
palavra (ou ofensa) perante os cidadãos da época.<br />
Catulo e Marcial foram bons no que se propuseram a fazer e por<br />
conta de seus protestos muitos imperadores romanos como Júlio César e<br />
Cláudio perderam boa parte do seu tempo tentando justificar-se dos insultos e<br />
verdades.<br />
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