HISTÓRIA DA POESIA UNIVERSAL ( Breve Relato ) MONOGRAFIA ...
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AGAMÊNON<br />
( . . . ) foi Helena<br />
levar a Tróia lágrimas e sangue.<br />
Mas aqui, em seu lar abandonado,<br />
lamentações se ouviam, relembrando<br />
a ingrata que partira. Seu marido,<br />
sem comer, sem dormir, qual um fantasma<br />
percorre os aposentos do palácio,<br />
com o pensamento posto além dos mares,<br />
chorando de saudade, e não de ódio.<br />
Um fantasma rondando pela casa,<br />
que um túmulo parece, e não palácio.<br />
O corpo escultural de sua amada<br />
não lhe sai da memória um só momento.<br />
Tem impressão de vê-la: corre em frente<br />
esperando abraça-la . . . Em vão, em vão.<br />
Desfaz-se logo o sonho. Em vão, em vão . . .<br />
Em As Coéforas, Orestes, filho de Agamênon e Clitemnestra, retorna<br />
de seu esconderijo e, para vingar o pai, mata tanto a mãe quanto Egisto.<br />
Deusas selvagens, as Eumênides, ou Fúrias, o perseguem, exigindo que<br />
paguem com seu sangue pela morte de Clitemnestra.<br />
Na peça final, As Eumênides, deusas mais jovens, lideradas por<br />
Atena, julgam Orestes perante um júri de mortais e decidem que a vingança foi<br />
redimida. Eles aceitam as Eumênides na hierarquia dos novos deuses, como<br />
protetoras de Atenas.<br />
Explorando essa trama de relacionamento, Ésquilo discute questões<br />
mais abrangentes. Quando atos privados orientaram decisões governamentais,<br />
o resultado foi morte e destruição, canta o coro, referindo-se a Helena, no<br />
trecho de Agamênon destacado anteriormente. A exigência de vingança<br />
aprisiona as nações por gerações; um coro de prisioneiros de guerra lamenta o<br />
fato na passagem de As Coéforas. No entanto, em uma nova fase da civilização,<br />
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