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HISTÓRIA DA POESIA UNIVERSAL ( Breve Relato ) MONOGRAFIA ...

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marcaram este período, duramente protestado em seu poema Fim da casa<br />

Paterna, como retratamos abaixo, em um pequeno trecho do poema :<br />

E chegada a hora negra de estudar.<br />

Hora de viajar rumo à sabedoria do colégio.<br />

Além, muito além de mato e serra<br />

fica o internato sem doçura ...<br />

O colchão diferente.<br />

O despertar em série (nunca mais acordo<br />

individualmente, soberano).<br />

A fisionomia indecifrável<br />

dos padres professores.<br />

Até o céu diferente : céu de exílio.<br />

Quase ao mesmo tempo, Thiago de Mello, embora vivendo no Chile,<br />

teve mais oportunidade de combater tudo aquilo que julgou contrário aos seus<br />

princípios e preceitos básicos da boa convivência e relacionamento. Por esse<br />

motivo, o poeta irrompeu na paisagem da poesia brasileira como um força<br />

elementar.<br />

“ Uma personalidade indomável ; um grande individualista que tinha o<br />

direito de falar de si próprio e das suas emoções porque manifestava sentimentos<br />

representativos ” 1 . Foi o primeiro grande poeta que o Amazonas deu ao Brasil e<br />

um cidadão aberto aos anseios coletivos do povo brasileiro.<br />

Thiago de Mello colocou seus versos a serviço dos oprimidos e<br />

humilhados porque imaginou que a redenção deles marcaria a sua e a nossa<br />

liberdade.<br />

Em abril de 1964, quando optou pelo exílio no distante Chile (onde<br />

desempenhava a função de adido cultural da embaixada brasileira), a ter de se<br />

sujeitar aos desmandos da ditadura militar instalada no Brasil, o poeta produziu<br />

um das jóias raras da poesia nacional, seu célebre poema Os Estatutos do<br />

Homem, uma espécie de Ato Institucional Permanente, como ele mesmo definiu,<br />

dedicando-o a Carlos Heitor Cony, seu amigo das letras.<br />

_______________<br />

1. Mensagem de Otto Maria CARPEAUX para a orelha do livro do FAZ ESCURO, MAS EU<br />

CANTO, 15ª Ed., 1996<br />

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