Memória, patrimônio e identidade - TV Brasil
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na verdade gera uma deficiência, uma incapacidade de encontrarem-se os caminhos sem a ajuda da<br />
inteligência artificial). Fazer História, falar de <strong>Memória</strong>, de Cultura e de Patrimônio é,<br />
essencialmente, estabelecer conexões entre os infinitos nódulos de sentido, na verdade<br />
“constelações de sentidos”, de fatos e de referências, que podemos encontrar nesta peregrinação.<br />
O mapa da mina<br />
Nossa intenção, neste texto, é demonstrar o “mapa da mina” das referências históricas e culturais,<br />
das fontes primárias e secundárias, ao qual podemos recorrer para traçar nosso percurso. As<br />
“minas”, no caso, são os lugares institucionalizados de <strong>Memória</strong>, constituídos e mantidos para<br />
servir ao público, nas instituições que denominamos Arquivos, Bibliotecas e Museus . Podemos,<br />
assim, abordar a importância e os mecanismos que regulam esses três tipos de “baús”: Os baús de<br />
“coisas”, que são os Museus, os baús de documentos , que são os Arquivos Históricos, e os baús de<br />
Livros , que são as Bibliotecas. Essa diferenciação é bem simplista, servindo apenas para organizar<br />
o tema, pois podemos encontrar em museus, como no Museu Imperial, em Petrópolis, RJ, um<br />
Arquivo Histórico e uma Biblioteca, que funcionam paralelamente ao “Museu” Palácio, residência<br />
de verão do imperador D. Pedro II. Mas a organização, a metodologia e o funcionamento desses<br />
diferentes gêneros de instituições dedicadas a guardar a memória pública e privada do<br />
desaparecimento são bastante diferentes. Em muitas Bibliotecas, encontramos seções de<br />
documentos manuscritos, de iconografia , isto é, uma coleção de imagens visuais, em diferentes<br />
suportes e técnicas, dentre as quais se situa a fotografia , de mapas ( cartografia ), de jornais (<br />
periódicos), revistas, de música (partituras e gravações), depoimentos de personagens entrevistadas<br />
(também gravadas ou filmadas em vídeo), e até mesmo de algumas obras de arte de pintura,<br />
escultura, etc., que ali vieram a ser guardadas e acumuladas. Há Bibliotecas que podem ser vistas<br />
como verdadeiros “museus”, pelas obras de Arte que contêm, como a Biblioteca do Vaticano, por<br />
exemplo, e no Rio de Janeiro, a Biblioteca Nacional ou o Gabinete Português de Leitura, no centro<br />
da cidade, um raro monumento de arquitetura em estilo “mourisco”, muito ao gosto do princípio do<br />
século XX. Em Arquivos Históricos também poderemos encontrar, além de manuscritos originais,<br />
folhetos impressos, álbuns com imagens e textos, diários, fotografias, discos e gravações (arquivos<br />
musicais e de depoimentos) e publicações oficiais e legais de diferentes períodos abrangidos pela<br />
Instituição. Arquivos Administrativos de empresas e instituições também são importantes fontes<br />
para o estudo de uma época (o arquivo de uma indústria importante desativada por diferentes<br />
razões, por exemplo) e da própria história da empresa e de seus funcionários, da vida econômica<br />
MEMÓRIA, PATRIMÔNIO E IDENTIDADE. 39