19.04.2013 Views

Baixe o Livro - poeminflamado

Baixe o Livro - poeminflamado

Baixe o Livro - poeminflamado

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

jetas / Transamazonicamente / Tão tristemente. / universidades...<br />

universidades. / unhas untam úberes. / Vêm vindo vozes! Vêm vindo<br />

vozes! / Xiiii.... Xiiiiiii.... Xiiiiii.... / Xangô? Xangô? Xangô? / Zeza?<br />

Zumbi? / Zarpemos! / Zeeeeennnnn...”<br />

No segundo vídeo, que remete à festa de lançamento do Quarto de<br />

Ofício (1997), encontramos transgressões significantes no 2º e último versos,<br />

que seguem transcritos, respectivamente: “ A agonia arranha, bate,<br />

berra (bééé!) brutamente; Zen.... Zen... Zaratustra!”<br />

XVI Segue abaixo o prefácio à edição de 2003 do Cafuné:<br />

Prefácio<br />

Para uma capa dura, papelão<br />

Para a militância, xérox<br />

Paralelo de oito graus atravessando<br />

Paradoxos no meridiano trinta e quatro<br />

A cabeça, a mão, o cafuné<br />

De veludo, pedra e paciência<br />

A fazer-se literária produção<br />

e findar-se recomeço em quatro atos<br />

Eunápio Mário<br />

XVII Como mais uma evidência das pequenas transgressões ou das sutis<br />

teatralizações operadas no processo da circulação oral da obra de França,<br />

transcrevemos aqui um verso de uma versão oral do poema em questão.<br />

Ela traz um pequeno mas revelador marcador linguístico da oralidade.<br />

Feita a partir de imagens de Jeferson Luiz, a transcrição (do 3º verso do<br />

poema, que segue adiante) remete à apresentação da já comentada performance<br />

d´A Cor da Exclusão, de 1996: “ - À nossa vida, querida!”<br />

XVIII A trajetória deste poema revela as relações de vida, de movimento –<br />

até mesmo na palavra escrita, teoricamente menos fluida e/ou modificável<br />

que a palavra falada – que a poesia de França trazia em si. Essas relações<br />

evidenciam-se quando postas em diálogo com outros elementos: seja com<br />

os interlocutores (plateia) dos seus recitais; seja com a fotografia de Ma-<br />

teus Sá; ou ainda, de maneira especial, com a dinamização visual que as palavras<br />

soltas, manuscritas de sua parceira Sil – responsável pela arte das publicações<br />

artesanais de França – conferiam ao resultado final dos poemas.<br />

Sil produziu várias realizações visuais do poema em questão, seja com<br />

intervenção figurativa (desenhos, colagens e afins) ou mesmo com modificações<br />

na disposição dos versos.<br />

Especificamente para a publicação do fotógrafo Mateus Sá, o poeta<br />

França insere um verso (ver página 125) com contorno de título ou preâmbulo<br />

ao poema: “Espelho d´água, espelho meu”.<br />

XIX A Mão-de-Veludo Edições Artesanais produziu uma extensa quantidade<br />

de cartões com os poemas de França. Felizmente, depois deste projeto,<br />

há um primeiro registro sistematizado dos poemas veiculados e vendidos<br />

em forma de cartão. Está documentado que muitos desses poemas estão<br />

n´A Cor da Exclusão, no Cafuné e nas Agendas da Vida. Dessa forma, adotamos<br />

como método elencar – dentre o material ao qual tivemos acesso<br />

– apenas a seleção dos poemas que não se repetem em outras publicações.<br />

XX As Agendas da Vida configuraram-se como uma das ações editoriais<br />

da editora artesanal Mão-de-Veludo. Tratava-se de agendas não-convencionais,<br />

em que poemas de França e ilustrações de Sil eram complementados<br />

pelo curso da vida, pelos compromissos e apontamentos de cada<br />

comprador/dono da agenda.<br />

Grande parte da obra do poeta – dentre poemas já publicados em seus<br />

livros e muitos outros inéditos – foi veiculada através delas. As mesmas<br />

ofereciam, a cada ano, seleções de poemas e concepções gráficas únicas.<br />

Carimbos, xérox e serigrafia já fizeram parte de seus modos de fazer.<br />

Alguns poemas podem ser encontrados em várias edições das agendas,<br />

muitas vezes com algumas pequenas modificações. Neste capítulo,<br />

organizamos os poemas por ordem cronológica de aparição, porém utilizando<br />

sempre sua versão mais recente (no caso dos poemas repetidos). As<br />

agendas foram editadas no período de 2000 a 2009.<br />

XXI Este poema estreia na Agenda da Vida de 2000, a primeira feita pela<br />

Mão-de-Veludo. Curiosamente, nesta agenda as estrofes do poema apareciam<br />

soltas, uma por vez; como se marcando subdivisões na publicação,<br />

marcando a passagem/contagem do tempo; como a representação dos<br />

pontos altos de uma narrativa. Nessa única ocasião, o poema em questão<br />

foi acrescido de uma quinta estrofe, que segue abaixo:<br />

196<br />

Poeminflamado<br />

Notas<br />

197

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!