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ecologia comparada e conservação da onça-pintada - Pró-Carnívoros

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cultural, científico e recreativo dessas áreas. Ser considera<strong>da</strong> zona úmi<strong>da</strong> de relevância<br />

internacional é muito importante porque estas áreas, segundo a lista Ramsar, estão entre os<br />

ambientes mais produtivos do mundo, considerados armazéns naturais de diversi<strong>da</strong>de<br />

biológica. As zonas têm o objetivo de chamar especial atenção à sua <strong>conservação</strong> e ao seu<br />

uso sustentável. No caso <strong>da</strong> RPPN Sesc-Pantanal serão conservados rios permanentes, lagos,<br />

baías, planícies de campos cerrados e florestas inundáveis sazonalmente. Como RPPN, tem<br />

sua perpetui<strong>da</strong>de averba<strong>da</strong> aos registros <strong>da</strong> proprie<strong>da</strong>de e é reconheci<strong>da</strong> como Uni<strong>da</strong>de de<br />

Conservação pelo governo federal. Abriga flora e fauna exuberantes, tornando-se um<br />

reforço à <strong>conservação</strong> do ecossistema pantaneiro. A RPPN também se encontra na região<br />

nuclear <strong>da</strong> distribuição oeste <strong>da</strong> <strong>onça</strong>-pinta<strong>da</strong>, dentro de uma área classifica<strong>da</strong> como uni<strong>da</strong>de<br />

de <strong>conservação</strong> <strong>da</strong> espécie (JCU), com alta probabili<strong>da</strong>de de sobrevivência populacional em<br />

longo prazo, e com segundo grau de priori<strong>da</strong>de para investimentos de <strong>conservação</strong><br />

(Sanderson et al., 2002).<br />

CERRADO<br />

221<br />

Trinta e quatro Uni<strong>da</strong>des de Conservação no Cerrado possuem área superior a<br />

10.000 ha, sendo três delas em região de ecótono com o ecossistema <strong>da</strong> Caatinga e uma com<br />

o ecossistema amazônico. Entre essas Uni<strong>da</strong>des, a <strong>onça</strong>-pinta<strong>da</strong> pode ser encontra<strong>da</strong> em 15,<br />

sendo que em três sua presença é esporádica. Já a <strong>onça</strong>-par<strong>da</strong> é encontra<strong>da</strong> em 26 UC’s.<br />

Numa escala ecossistêmica, as <strong>onça</strong>s-pinta<strong>da</strong>s e <strong>onça</strong>s-par<strong>da</strong>s ain<strong>da</strong> podem ser encontra<strong>da</strong>s<br />

no eixo sudoeste – nordeste do bioma Cerrado, coincidindo com a região nordeste do Estado<br />

do Mato Grosso, norte de Goiás, centro do Tocantins e sul do Maranhão. A região norte do<br />

Tocantins ain<strong>da</strong> é desconheci<strong>da</strong> quanto a presença atual dessas espécies (Sanderson et al.,<br />

2002). Entre as 34 Uni<strong>da</strong>des de Conservação de extensões significativas, nove merecem<br />

destaque para a <strong>conservação</strong> de <strong>onça</strong>s-pinta<strong>da</strong>s e <strong>onça</strong>s-par<strong>da</strong>s, tanto por suas extensões<br />

como por suas posições geográficas. Isto não significa que UC’s de pequeno porte não sejam<br />

importantes para a <strong>conservação</strong> dessas espécies. Para a <strong>onça</strong>-par<strong>da</strong>, por exemplo, pequenas<br />

reservas (entre 2.000 – 3.000 hectares) podem servir de refúgios temporários para indivíduos<br />

em dispersão (Beier, 1995; Sweanor et al., 2000). Ou ain<strong>da</strong>, um conjunto de fragmentos de<br />

remanescentes nativos podem formar a área de vi<strong>da</strong> permanente de vários indivíduos. Por<br />

exemplo, quatro indivíduos monitorados por radio-telemetria no entorno do Parque Nacional<br />

<strong>da</strong>s Emas englobavam em suas áreas de vi<strong>da</strong> grande porções de áreas naturais converti<strong>da</strong>s

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