teoria literária - Universidade Castelo Branco
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A técnica nos prepara para aceitar esta imanência, que submete o sujeito ao jugo<br />
do objeto. Ensina-o a ser “feliz”. Os habitantes do Estado científico se submetem sem<br />
protesto ao mundo dos objetos, sem experimentar um horror à reificação.” (Conferir:<br />
SAMUEL, R. Novo Manual de Teoria Literária. 4.ed. Petrópolis:Vozes, 2007: 136)<br />
3.3 - PÓS-MODERNIDADE<br />
“Nos manuscritos conhecidos como Grundisse, ou Fundamentos da crítica da<br />
economia política, viu Marx que, à medida que se desenvolve a grande indústria, a<br />
criação da riqueza dependeria menos do tempo de trabalho do que de poder dos fatores<br />
tecnológicos postos em ação durante esse tempo de trabalho, fatores esses que estão<br />
ligados ao nível geral da ciência e progresso tecnológico como aplicação tecnocientífica<br />
à produção industrial.<br />
Essa passagem das relações sociais de produção de uma situação de trabalho<br />
físico para um processo de trabalho intelectual que exige conhecimento específico do<br />
sistema de automação e informatização da sociedade não deve ter modificado<br />
completamente a base econômica da sociedade.<br />
Por base econômica se entende um conjunto dialético constituído pelas forças<br />
produtivas e pelas relações de produção. A força de trabalho foi aperfeiçoada pelo<br />
conhecimento tecnocientífico. E na posição das classes sociais dos países desenvolvidos<br />
se tem o novo “proletário” de colarinho branco, esse novo grupo social de produção em<br />
novas formas de repartição dos produtos que geraram a “sociedade globalizada”.<br />
Na chamada sociedade “pós-moderna” não parece ter havido mudança estrutural<br />
da base econômica. Essa sociedade pós-industrial continua capitalista. A apropriação<br />
privada dos meios de produção persiste hoje camuflada em capitalismo de Estado, ou de<br />
empresas de capital aberto. E o caráter social da produção ainda repousa na contradição<br />
entre capital e trabalho.<br />
Hoje, o capital pertence aos países desenvolvidos, enquanto o ônus do trabalho<br />
pertence aos países em desenvolvimento ou subdesenvolvidos.<br />
Pós-modernidade é um nome genérico dado para formas culturais de um período<br />
que aparece desde os anos 1960. Abrange certas características como reflexão,ironia e<br />
um tipo de arte que mistura o popular e o erudito.<br />
Embora o termo tenha sido primeiro usado na arquitetura (Jencks), hoje descreve<br />
a literatura, artes visuais, música, dança, filme, teatro, filosofia, crítica, historiografia,<br />
teologia, e qualquer atividade de cultura em geral. É visto ora como uma continuação<br />
dos aspectos mais radicais da Modernidade; ora, ao contrário, como marcador de uma<br />
ruptura com ela.<br />
A Pós-modernidade uniu a lógica cultural do capitalismo tardio (Jameson); a<br />
condição geral de conhecimento em tempos de tecnologia da informação (Lyotard); a<br />
substituição de um foco da epistemologia modernista por uma ontologia (MacHale); e a<br />
substituição do simulacro pela realidade (Baudrillard).<br />
Por um lado, a literatura pós-moderna foi chamada de literatura de<br />
reabastecimento (Barth); por outro, de literatura de uma economia inflacionária<br />
(Newman).<br />
Em resumo, há pouco acordo nas razões de sua existência ou na avaliação de<br />
seus efeitos.<br />
Não obstante, um estudo das preocupações que se sobrepõem aos vários tipos de<br />
arte e discursos nos quais o termo é usado pode definir certos denominadores comuns<br />
que servem para compreendê-la.<br />
Ela envolve a combinação aparentemente paradoxal de autoconsciência e algum<br />
tipo de fundamento histórico, porém, ironizado. Por exemplo, o que foi chamado de