teoria literária - Universidade Castelo Branco
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que pensar, não é um privilégio pós-moderno. Como transcreve Barth num<br />
surpreendente ensaio publicado nos anos 70, The Literature of Replenishment, o escriba<br />
egípcio Khakheperresemb já se queixava 200 anos antes de Cristo: “Tivesse eu frases<br />
desconhecidas, palavras singulares numa língua jamais usada...” (pp. 70-71)<br />
3.9 - PÓS-MODERNO / NARRATIVAS<br />
ANOS 60 (MOMENTO DE TRANSIÇÃO PARA O PÓS-MODERNISMO NA LIT. BRASILEIRA)<br />
• Nova sensibilidade não linear, descontínua (modelada pela TV, a moda, a<br />
publicidade, o design, o rock);<br />
• Pop X gregária;<br />
• Dionisíaca X contracultural;<br />
• Experimentalista X sem hierarquias;<br />
• REVANCHE PÓS-MODERNA DOS SENTIDOS CONTRA A INTELIGÊNCIA<br />
MODERNISTA<br />
• A IDEOLOGIA AMERICANA DIRECIONANDO<br />
• CONSUMO E DESBANCANDO A BÍBLIA<br />
• McLhuan abalando Marx<br />
• Bob Dylan silenciando T. S. Eliot.<br />
3.10 - TENDÊNCIA LITERÁRIA<br />
• Sensibilidade (oposição ao intelectualismo);<br />
• Pesquisa de um estilo, ou anti-estilo, para expor a face apocalíptica da realidade;<br />
• Engendramento de uma anti-forma para o absurdo (localizado sob o teto nuclear);<br />
• Tendência <strong>literária</strong> inserida numa Era de mudanças culturais.<br />
ANTES DE 60 (MODERNISMO)<br />
• Exploração dos conflitos da consciência (alienada a poderosas forças sociais)<br />
DEPOIS DE 60 (PÓS-MODERNISMO)<br />
• EXPLORAÇÃO DE UM MUNDO INFORMACIONALMENTE HIPERBÓLICO;<br />
• ALGO MEIO PARECIDO COM A TENDÊNCIA MODERNISTA (EXPERIMENTAL E<br />
LÚDICA), MAS EXCLUÍNDO MUITO DOS SEUS DOGMAS.<br />
EXEMPLOS:<br />
• Excluindo as revelações epifânicas (Clarice Lispector e Guimarães Rosa <br />
epifânicos);<br />
• Descartando o privilégio do Artista como guia para “iluminar” os porões da<br />
subjetividade;<br />
• Substituindo a psicologia por uma sociologia meio alegórica, meio delirante;<br />
• Trocando a originalidade formal pela reciclagem, em paródia dos vários gêneros;<br />
• Desfazendo e recompondo o enredo, sem aludir a um arcabouço mítico (o mítico<br />
com quintessência da realidade);<br />
• Criação sem pretensão a uma “cultura superior”;<br />
• Testamento com alegorias onde o apocalipse é um thriller à moda dos quadrinhos.<br />
• Literatura-Paródia ou Literatura de Exaustão;<br />
• Homenagem aos autores de antes;<br />
• Sacralização desses autores (principalmente, de Jorge Luis Borges): notas de péde-página<br />
a textos imaginários;<br />
• Ambiência niilista, desencantada;<br />
• Embate intelectual: Literatura X literatura;