21.04.2013 Views

teoria literária - Universidade Castelo Branco

teoria literária - Universidade Castelo Branco

teoria literária - Universidade Castelo Branco

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Para alguns autores: crítica voltada à negação total das vanguardas, que exalta o<br />

período anterior ao modernismo e se inclina para um retorno às fontes da história e do<br />

passado.<br />

Outros ainda denunciam como uma mera pasteurização dos cacoetes das vanguardas,<br />

sem vitalidade e sem compromissos.<br />

Todas essas concepções são de fundo reacionário e esvaziam o sentido crítico<br />

profundo do movimento.<br />

Há autores que se autoproclamam pós-modernista. Há latências passíveis de<br />

discussão como os riscos do esteticismo hermético de Aldo Rossi, ou da fetichização do<br />

passado em Palladio, por exemplo, para só falarmos da arquitetura. Há o<br />

monumentalismo autoritário e a sedução comprometedora pela técnica de Philip<br />

Johnson e dos autores do edifício do Centro Pompidou. O pós-moderno sem dúvida traz<br />

ambigüidades – aliás é feito delas – e deve ser criticado e superado. É isso que ele<br />

propõe: a prudência como método, a ironia como crítica, o fragmento como base e o<br />

descontínuo como limite. (pp. 53-54)<br />

PÓS-MODERNO<br />

Anseio de uma justiça que possa ser sensível ao pequeno, ao incompleto, ao<br />

múltiplo, à condição de irredutível diferença que marca a materialidade de cada<br />

elemento da natureza, de cada ser humano, de cada comunidade, de cada circunstância,<br />

ao contrário do que nos ensinam a metafísica e o positivismo oficiais. A sensibilidade<br />

para a expressão inevitável do acaso, do contraditório, do aleatório. O espaço para o<br />

humor, o prazer, a contemplação, sem outra finalidade senão a satisfação que o homem<br />

neles experimenta. O aprendizado humilde da convivência difícil mas fundamental com<br />

o imponderável, o incompreensível, o inefável – depois de séculos de fé brutal de que<br />

tudo pode ser conhecido, conquistado, controlado. (p.54)<br />

3.8 - PÓS-MODERNO / PÓS-MODERNISMO (JAIR FERREIRA DOS SANTOS / TRECHOS)<br />

In.: OLIVEIRA, Roberto Cardoso de (org.). Pós-Modernidade. 1 a ed.<br />

Campinas: Unicamp, 1987. P. 59-69.<br />

RESUMO:<br />

Para a identificação da literatura Pós-Modernista (Século XX):<br />

Barth (escritor americano) verbos no passado; // Deus, ou qualquer outro grande<br />

referente tipo História, Natureza, Conhecimento são liquidados como abonadores da<br />

ordem ou de um sentido para o universo e a vida; e em seguida é anulado o realismo, a<br />

mais cara das convenções <strong>literária</strong>s, com sua fé de sapateiro numa realidade objetiva<br />

que seria singelamente captada na linguagem por um sujeito-narrador atento e forte, em<br />

franca afinidade com as coisas.<br />

PÓS-MODERNISMO<br />

Literatura bem-humorada, fantasiosa, sem “iluminações”, problematizando ao<br />

máximo a percepção da experiência e da própria literatura. (p.59)<br />

Entropia (desordem) e anti-realismo são os decalques, na literatura, do capitalismo<br />

pós-industrial, baseado na tecnociência e na informação, em ascensão nos Estados<br />

Unidos da América há duas décadas. Receptor de mensagens aleatórias, emitidas pela<br />

“mass media” e os sistemas informatizados, o indivíduo percebe o mundo e a História<br />

como um espetáculo entrópico (desordenado), fragmentário, sem totalidade e irracional,<br />

enquanto à sua volta a realidade se dissolve numa colagem de signos e simulacros cujos

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!