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Maria Isabel Pires Araújo - Universidade Aberta

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Representações Sociais da Escola e da Família: Uma Perspectiva de Pais numa Escola do Ensino Básico<br />

1. A ESCOLA<br />

1.1. Em torno do conceito de educação escolar<br />

Si yo fuera ministro, la primera recomendación que<br />

haría a los profesores sería: no hacer jamás juicios de<br />

valor sobre sus alumnos; ustedes no tienen derecho<br />

de emplear la palabra “idiota”, ustedes no tienen<br />

derecho de emplear la palabra “estúpido (...). Dicho<br />

de otro modo, ustedes deben excluir todos los juicios<br />

de valor que afectan a la persona (Bourdieu, 2005,<br />

p.161).<br />

Ao longo dos anos têm-se verificado alterações substanciais no modo de<br />

ver e pensar a Escola, mas enquanto lhe for atribuído o papel de<br />

educadora/formadora das gerações mais novas será sempre contestada ou<br />

apreciada, pois sabemos que é em torno dela que as sociedades se organizam<br />

para transmitir os saberes e promover a socialização dos mais novos.<br />

Contudo e independentemente da sua imprescindibilidade, a Escola é, à<br />

partida, uma transmissora de saberes que serão sempre apropriados de modos<br />

distintos pelos seus públicos, logo, produzindo meios diferentes de entendimento,<br />

como sublinha Diogo (1998):<br />

A cultura escolar é a cultura da classe dominante que não é uma cultura universal<br />

nem a única cultura da sociedade mas a cultura que conseguiu impor-se numa<br />

determinada relação de forças (p.21).<br />

Crahay (2000), diz-nos que a educação foi sempre objecto de apostas<br />

ideológicas e económicas e embora o processo de escolarização geral tivesse<br />

começado a tomar forma no início do século XX, tendo como base uma decisão<br />

política de que todas as crianças se deviam instruir, os princípios para a criação<br />

da Escola de massas só tomou força após o fim da Segunda Guerra Mundial,<br />

quando emergiram correntes de pensamento “capital humano” e “reserva de<br />

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