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Maria Isabel Pires Araújo - Universidade Aberta

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Representações Sociais da Escola e da Família: Uma Perspectiva de Pais numa Escola do Ensino Básico<br />

Em oposição a um regime que, durante largos anos, limitou informalmente a<br />

sua população ao acesso a determinados níveis de escolarização e “numa<br />

tentativa de libertação de um sistema de ensino elitista e classista” (Stoer, 1986, p.<br />

63), verificou-se em Portugal após a revolução de 1974, um ritmo acelerado de<br />

procura da Escola, como resposta às necessidades de desenvolvimento do país,<br />

que via nela soluções para a melhoria das condições de vida, promoção e<br />

mobilidade social. Esta nova forma de ver, sentir e participar a Escola suscitou a<br />

todos os níveis, para actores internos e externos ao processo educativo, uma<br />

nova, diferente e renovada funcionalidade dos papéis a ela atribuídos.<br />

As escolas depararam-se então com novos e diferentes desafios para<br />

enfrentar os problemas concretos de uma vida social em mudança, defrontando-se<br />

com “o fenómeno da massificação discente que também foi um fenómeno de<br />

massificação docente” (Formosinho, 2002, p.73).<br />

Na emergente Escola de massas ressaltam como objectivos comuns e<br />

fundamentais para todos os níveis de ensino, uma preocupação com a pessoa e<br />

com o seu desenvolvimento, numa educação de cidadãos para uma vivência<br />

democrática.<br />

Mercê destas alterações, as escolas abriram-se aos interesses das<br />

comunidades e às necessidades da vida social, com a função de legitimar o<br />

processo democrático, através dum ensino que se pretendia, promovesse a<br />

igualdade social (Grácio, 1981).<br />

De acordo com Costa (1981), entre outros, eram objectivos e pressupostos<br />

fundamentais para a educação neste período:<br />

Desenvolvimento da autonomia;<br />

Sentido de responsabilidade;<br />

Fomentar gradualmente actividades de grupo como factor de<br />

sociabilidade e da solidariedade;<br />

Assegurar a participação efectiva e permanente das famílias no<br />

processo educativo;<br />

Aceitar e respeitar a pessoa, ajudando-a a criar a sua felicidade e a<br />

participar na felicidade dos outros;<br />

Página 25

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