desafios e perspectivas dos professores em ... - home cpgls - Ucg
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docente precisa se diferenciar das outras profissões no sentido de constituição do<br />
conhecimento científico. Sabe-se que a prática é importante quando está b<strong>em</strong> articulada à<br />
teoria. Somente a prática pela prática não é suficiente para formar um profissional da<br />
educação, pois, assim, dificilmente se preocupará com uma ampla formação <strong>dos</strong> alunos,<br />
especialmente quanto aos aspectos relaciona<strong>dos</strong> às questões políticas e cidadania. Na visão de<br />
quatro <strong>dos</strong> pesquisa<strong>dos</strong>, as abordagens educacionais chegam a ser compreendidas como<br />
utópicas dentro do processo de ensino-aprendizag<strong>em</strong>. Segundo um deles “[...] ainda é preciso<br />
fazer junção entre teoria e prática que permita ao educador trabalhar a realidade s<strong>em</strong> separar<br />
pressupostos teóricos”. To<strong>dos</strong> os participantes externaram que existe a necessidade de se<br />
promover uma maior articulação entre teoria a prática. De modo geral esses profissionais<br />
atribu<strong>em</strong> ao curso de formação continuada a função de preparar o profissional da educação<br />
para o enfrentamento <strong>dos</strong> me<strong>dos</strong>, conflitos e inseguranças geradas na ação docente cotidiana.<br />
Para Guimarães (2004), a formação inicial é o ponto de partida para a formação do<br />
professor, mas a formação continuada desenvolverá a amplitude do crescimento profissional<br />
do professor. Sendo assim, a profissão docente necessita sair do processo artesanal e atingir a<br />
subjetividade do conhecimento científico, pois supõe uma sustentação teórica e prática para<br />
ser reconhecida e valorizada como um fator importante no contexto social. Cabe ressaltar que<br />
os saberes profissionais <strong>dos</strong> <strong>professores</strong> são construí<strong>dos</strong> cotidianamente, adicionando-se o<br />
t<strong>em</strong>po de atuação mais o conhecimento científico somado à interação com outros<br />
profissionais da educação. Dessa forma, o professor adquirirá, gradativamente, melhores<br />
experiências. É na formação inicial e continuada que o professor terá oportunidade de lapidar<br />
e exercitar seu trabalho como docente.<br />
No que se refere ao curso de formação continuada (especialização), questiona-se o<br />
mesmo é suficiente para a atuação profissional com segurança. Para quatro respondentes,<br />
(40% do total), o curso possibilita mudanças na prática pedagógica, desde que o professor<br />
esteja aberto a mudar e aprofundar-se nos estu<strong>dos</strong> da área. Para cinco respondentes, que<br />
representam 50% do total, o curso não proporciona a segurança necessária, pois esta v<strong>em</strong> com<br />
o t<strong>em</strong>po de atuação na prática. Nesta mesma linha, um participante relata que o curso está<br />
mais ligado à mercantilização do ensino e menos à qualidade de atuação docente. Percebe-se<br />
que os participantes deste curso se queixam da falta de estágio, ou seja, de uma prática aliada<br />
à teoria, para que o aluno tenha um contato direto com a ação docente mais profissionalizada.<br />
À luz das contribuições de Guimarães (2004), as práticas formativas são desenvolvidas por<br />
meio <strong>dos</strong> conteú<strong>dos</strong> constituí<strong>dos</strong>, assim como também a autonomia intelectual do docente,<br />
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