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É importante enfatizar que, há mais de três décadas, a formação de <strong>professores</strong> v<strong>em</strong><br />
passando por diversas mudanças e transformações causadas por processos políticos,<br />
econômicos e sociais. Esses <strong>desafios</strong> pod<strong>em</strong> ser atribuí<strong>dos</strong>, <strong>em</strong> parte, às características de uma<br />
sociedade cujos interesses são, <strong>em</strong> sua maioria, contrários aos interesses das classes sociais<br />
majoritárias.<br />
Certamente outros fatores como as intervenções tecnológicas e científicas têm afetado<br />
também, de forma significativa, a profissionalização docente neste contexto cont<strong>em</strong>porâneo.<br />
Com isto grande parte do processo de escolarização t<strong>em</strong> ficado <strong>em</strong> segundo plano, pois a era<br />
da tecnologia t<strong>em</strong> tomado o t<strong>em</strong>po e informado com muito mais agilidade e rapidez do que as<br />
instituições educativas consegu<strong>em</strong> acompanhar. O que antes era de responsabilidade quase<br />
exclusiva das instituições de ensino, hoje é mais abrangente, pois o acesso às informações é<br />
cada vez mais facilitado pelas Novas Tecnologias da Comunicação e Informação – NTCI,<br />
resultado do modelo social <strong>em</strong>ergente que t<strong>em</strong> desenvolvido tecnologias cada vez mais<br />
avançadas. Pode-se dizer que, nesse contexto, há aspectos bons e ruins a se considerar. Nesse<br />
sentido afirma Libâneo (2004, p.78) “[...] nesta nova configuração de sociedade, a geração de<br />
novos conhecimentos estaria diretamente associada ao desenvolvimento científico e à<br />
inovação tecnológica”. O mais grave nesse processo de avanços sociais, políticos,<br />
econômicos, culturais e tecnológicos é o fato de se profissionalizar o ensino de modo a<br />
atender predominant<strong>em</strong>ente as expectativas do mercado capitalista.<br />
Guimarães (2004) afirma que as concepções ideológicas das políticas educacionais<br />
derivadas desta conjuntura pod<strong>em</strong> até promover discursos varia<strong>dos</strong> sobre qualidade na<br />
educação, mas o apoio efetivo ao ensino é insuficiente para aprofundamento nos projetos que<br />
possibilitam fundamentar os processos educativos na formação docente. O que de fato<br />
delineará o trabalho qualitativo do professor não é somente a formação inicial 5 , mas também a<br />
formação contínua 6 , e esse investimento realizado na formação docente, o permitirá<br />
qualificar-se profissionalmente. Citando Woodward (2000), Marin (2003) enfatiza que a<br />
identidade profissional 7 docente nos dias atuais vive momento conflituoso e frustrante, devido<br />
a tantas mudanças e cobranças oriundas <strong>dos</strong> setores sociais do mundo cont<strong>em</strong>porâneo. Isto<br />
5 A formação inicial refere-se ao ensino de conhecimentos teóricos e práticos destina<strong>dos</strong> a formação profissional,<br />
completa<strong>dos</strong> por estágios (LIBÂNEO, 2004, p.227).<br />
6 A formação contínua é o prolongamento da formação inicial visando ao aperfeiçoamento profissional teórico e<br />
prático no próprio contexto de trabalho e ao desenvolvimento de uma cultura geral mais ampla para além do<br />
exercício profissional (LIBÂNEO, 2004, p.227).<br />
7 [...] a identidade profissional é o conjunto de conhecimentos, habilidades, atitudes, valores que defin<strong>em</strong> e<br />
orientam a especificidade do trabalho de professor (LIBÂNEO, 2004, p.81)<br />
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