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O JOGO DA CAPOEIRA NO CONTEXTO ANTROPOLÓGICO E ...

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CAPÍTULO IV<br />

Análise dos dados<br />

A partir da produção de dados e da interação entre pesquisadora e comunidade<br />

pesquisada, foi possível descrever e perceber a diversidade de jogo de capoeira que<br />

existe no contexto que a UFSC representa, além de sua rica produção cultural, que vai<br />

além da manifestação capoeira, como por exemplo: maculelê, puxada de rede, afoxé,<br />

coco, samba de roda, poesias populares e dramatização – que de alguma forma é<br />

cultuada e produzida por esses grupos.<br />

Para redigir um texto que possibilite essa interação cultural através das diferentes formas<br />

de coleta de dados desta pesquisa apresenta-se uma possibilidade de entrelaçar um<br />

diálogo com todos esses dados.<br />

Geertz (1989) diz que uma descrição densa sempre é interpretação de<br />

interpretações e é esse o ponto de partida. Inicia-se com a descrição dos jogos de cada<br />

grupo que foi filmado, colorindo com as falas dos sujeitos pesquisados e percepção<br />

própria da pesquisadora através da observação participante e, para finalizar, descreve-se<br />

e analisa-se esse jogo em termos espaço-temporal, através da análise biomecânica.<br />

“Iê vamos joga Camará...”<br />

Características Gerais dos Grupos Pesquisados<br />

Os grupos de capoeira com atuação na UFSC apresentam-se com<br />

características semelhantes, já que em sua maioria são formados por alunos da própria<br />

Universidade, sendo assim o nível de escolaridade da maioria é ensino médio e superior<br />

em andamento. Pode-se dizer que todos os grupos são mistos quanto ao sexo, sendo<br />

que o número de homens é maior que o número de mulheres. Quanto à idade e nível<br />

sócio-econômico há variações consideráveis entre os grupos, pois no Grupo A têm-se<br />

somente adultos universitários e alguns artesões com um nível sócio-econômico<br />

médio/baixo, a maioria com formas alternativas de sobrevivência. Já no grupo B têm-se<br />

adultos universitários e também um grande número de adolescentes na faixa de 12 a 18<br />

anos, podendo caracterizar-se como nível médio. Enquanto que no grupo C tem-se na<br />

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