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<strong>da</strong>ndo a aprovação do Congresso Nacional, conforme artigo 223 <strong>da</strong> Constituição<br />
Federal 20 .<br />
Gil Costa morreu no dia 11 de dezembro de 2006, com 62 anos. As pessoas<br />
que o conheceram e que foram ouvi<strong>da</strong>s para a produção deste texto, são unânimes<br />
na afirmação de que ele morreu tentando reativar a <strong>Rádio</strong> Mineira.<br />
Conclusão<br />
Dois homens, duas histórias, duas mortes. O que eles têm em comum? O espírito<br />
de luta por uma causa: a <strong>Rádio</strong> Mineira. O primeiro, o médico psiquiatra<br />
Wellington Armanelli, comprou a emissora confiante no poder de comunicação<br />
do veículo. Queria levar ao máximo de pessoas dicas sobre saúde e bem-estar.<br />
Não suportou as dificul<strong>da</strong>des inerentes à gestão de uma emissora e, debilitado, foi<br />
vítima de decepções e desgastes gerados por uma longa batalha judicial.<br />
Já o radialista Gil Costa apostava, até os seus últimos dias, que a emissora reabriria<br />
os microfones aos profissionais que, como ele, acreditavam no sonho de <strong>da</strong>r<br />
voz àquela que um dia foi a maior rádio de Minas. Será um sonho ain<strong>da</strong> possível?<br />
Acredita-se que, não fosse a divergência de interesses entre os últimos homens<br />
que compunham a socie<strong>da</strong>de <strong>da</strong> Mineira, a emissora ain<strong>da</strong> estaria no ar. No entanto,<br />
para concorrer com as atuais e ocupar algum lugar de destaque na mente<br />
e no coração dos ouvintes, teria que se reinventar, tal qual o rádio na déca<strong>da</strong> de<br />
1950, com a chega<strong>da</strong> <strong>da</strong> TV.<br />
Quem sabe não seria este um momento oportuno, <strong>da</strong><strong>da</strong>s as discussões em<br />
torno <strong>da</strong>s possibili<strong>da</strong>des oferta<strong>da</strong>s pela tecnologia, ca<strong>da</strong> vez mais acessível e em<br />
franca expansão? Como retrata Geraldo Ferreira, “são muitas as expectativas de<br />
segmentação com a promessa do rádio digital. Por isso, acho que o rádio deve se<br />
preocupar com o conteúdo, com a cultura, aproveitando a força <strong>da</strong> orali<strong>da</strong>de”.<br />
Referências<br />
CARVALHO, André. As margens que me comprimem. Belo Horizonte: Armazém de<br />
Idéias, 2008.<br />
ESTADO DE MINAS. Convívio e Lazer, 80 anos, edição 07 março/2008.<br />
KLÖCKNER, Luciano. O repórter Esso e Getúlio Vargas. Anais do II Encontro Nacional<br />
<strong>da</strong> Rede Alfredo de Carvalho, Florianópolis, 2004.<br />
20 O artigo estabelece que o ato de declaração de perempção somente produzirá efeitos legais após deliberação<br />
do Congresso Nacional.<br />
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