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No ar, a voz do produto:<br />
um panorama histórico <strong>da</strong><br />
publici<strong>da</strong>de radiofônica mineira<br />
Graziela Mello Vianna<br />
Salve, salve peixeiros, funileiros, garrafeiros e o menino doce: as origens dos<br />
spots e jingles nas ruas do Brasil<br />
“Ai, ai, ai, ai<br />
É o canto do pregoneiro<br />
Que com sua harmonia<br />
Traz alegria<br />
In South American Way<br />
Ai, ai, ai, ai<br />
E o que faz em seu tabuleiro<br />
Vende pra ioiô<br />
E vende pra iaiá”<br />
South American Way<br />
Al Dubim - Jimmy McHugh<br />
O panorama <strong>da</strong> propagan<strong>da</strong> no País, desde as origens, nos possibilita dizer que<br />
a publici<strong>da</strong>de brasileira sempre se apoiou nos discursos orais para vender seus<br />
produtos 1 . Anteriormente aos reclames nos jornais, podemos atribuir aos pregões<br />
gritados ou cantados dos mascates a primeira forma de se anunciarem produtos<br />
no Brasil, como o exemplo ouvido em ruas cariocas no século XIX:<br />
Soberano, Gargalha<strong>da</strong>,<br />
Biscoito fino, banana<strong>da</strong>.<br />
Ninguém me chama,<br />
vou-mimbora.<br />
Daqui a pouco<br />
não tem mais na<strong>da</strong> 2 .<br />
1 Sobre o panorama <strong>da</strong> propagan<strong>da</strong> no país, cf. <strong>da</strong> autora Jingles e spots: a mo<strong>da</strong> nas on<strong>da</strong>s do rádio.<br />
2 Pregão de autoria desconheci<strong>da</strong> transcrito por MOREYRA (1938).<br />
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