TEORIA DA LITERATURA II - Universidade Castelo Branco
TEORIA DA LITERATURA II - Universidade Castelo Branco
TEORIA DA LITERATURA II - Universidade Castelo Branco
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
* Espaço<br />
- etc.<br />
* Ambiente<br />
- Sua limitação ou não;<br />
- Regional;<br />
- O contra-espaço.<br />
- Urbano;<br />
- Campestre;<br />
- Outros;<br />
- A relação do ambiente com a caracterização<br />
das personagens;<br />
- As personagens niveladas ou não ao<br />
ambiente de que participam.<br />
2.15 - AS INOVAÇÕES ESTRUTURAIS<br />
<strong>DA</strong> FICÇÃO PÓS-MODERNA<br />
Exemplos:<br />
- A paixão segundo GH, de Clarice Lispector, que<br />
começa assim: “- - - - - - estou procurando, estou<br />
procurando.”<br />
E termina assim: “E então adoro. - - - - - -.”<br />
- Aprendizagem ou Livro dos prazeres, da mesma<br />
autora, começa por uma vírgula e com letra minúscula.<br />
ATENÇÃO: Para o entendimento das inovações<br />
estruturais da ficção pós-moderna, leia os itens 2.21,<br />
2.22 e 2.23 (pp. - ) deste Manual da UCB, os quais<br />
se referem ao assunto.<br />
2. 16 - A FICÇÃO PARALITERÁRIA<br />
Diz Anazildo Vasconcelos da Silva: “Há um discurso<br />
paraliterário, diferente do discurso literário [literaturaarte],<br />
cuja manifestação cria, segundo sua<br />
especificidade, o produto paraliterário. Resultando da<br />
manifestação de um discurso específico e não da má<br />
utilização do discurso literário, o produto paraliterário<br />
nada tem a ver com o produto literário. É uma outra<br />
coisa que não literatura, e se define por suas próprias<br />
características.<br />
Jean Tortel, o proponente do termo, coloca toda a<br />
massa da escritura contemporânea, da carta comercial<br />
à novela, e da receita culinária ao romance policial, no<br />
âmbito da paraliteratura. Excetuando uma ilhota que<br />
constitui a literatura propriamente dita, todo o resto<br />
da escritura é paraliterária. Tortel propõe uma divisão<br />
da paraliteratura em didática, abrangendo as formas<br />
estereotipadas da comunicação, e de imaginação,<br />
abrangendo as formas excludentes da prática<br />
comunicativa, definida.”<br />
(Conf.: SILVA, Anazildo Vasconcelos da. “Cultura de<br />
Massa e Cultura Popular”. In.: SAMUEL, Rogel (Org.).<br />
Manual de Teoria Literária. Petrópolis: Vozes, 1999.<br />
P. 169)<br />
VOCABULÁRIO:<br />
Exclusão / Excludente = ato de excluir (-se); exceção<br />
Paraliteratura = Para = Igual, semelhante, parelho /<br />
literatura<br />
PARA UMA MELHOR COMPREENSÃO DO<br />
ASSUNTO LEIA:<br />
SILVA, Anazildo Vasconcelos da. Semiotização<br />
Literária do Discurso. Rio de Janeiro: Elo, 1984.<br />
SILVA, Anazildo Vasconcelos da. “A Paraliteratura”.<br />
In.: PORTELLA, Eduardo (Org.). Teoria Literária. Rio<br />
de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1975, p. 172-185.<br />
2. 17 - A CRÍTICA LITERÁRIA<br />
DEFINIÇÃO E OBJETIVO<br />
CRÍTICA (Etimologia):<br />
O termo crítica deriva do grego KRÍNEIN, que<br />
significa “julgar”, através do feminino da forma latina<br />
CRITICU(M). KRITÉS significa “juiz” e KRITIKÓS,<br />
“juiz” ou “censor literário”.<br />
“A palavra crítica, ou qualquer de seus sinônimos,<br />
enriqueceu-se de sentido e tornou-se universalmente<br />
aceita como designativo de análise, interpretação e<br />
julgamento da obra de arte, ou de objetos paralelos<br />
(crítica da situação econômica, crítica do progresso<br />
científico, etc.), ou ainda indicativo dos modos de<br />
julgar (crítica histórica, crítica oral, crítica jurídica, etc.).<br />
71