30.04.2013 Views

TEORIA DA LITERATURA II - Universidade Castelo Branco

TEORIA DA LITERATURA II - Universidade Castelo Branco

TEORIA DA LITERATURA II - Universidade Castelo Branco

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

aproximação positivista, e o formalismo tinha uma<br />

percepção estética que isolava a arte de seu contexto<br />

histórico. Por isso, ele tentava fundir as melhores<br />

qualidades do marxismo e do formalismo, propondo<br />

alterar a perspectiva pela qual nós normalmente<br />

interpretamos os textos literários. (Conferir: SAMUEL,<br />

Rogel. Novo Manual de Teoria Literária. Petrópolis:<br />

Vozes, 2002: 117-118);<br />

- Os novíssimos rumos da Crítica Literária no<br />

Panorama Mundial: “Como a crítica sociológica, a<br />

crítica marxista se orienta para a realidade social que<br />

condiciona as obras de arte, como na teoria de<br />

Frankfurt e em Benjamin.<br />

A nova esquerda hoje é representada por Hobsbawm,<br />

que fez a interpretação do século XIX; Jameson, que<br />

escreveu sobre pós-modernidade; Robert Brenner, que<br />

ofereceu uma interpretação econômica do<br />

desenvolvimento capitalista desde a Segunda Guerra<br />

Mundial; e também Giovanni Arrighi, sobre estrutura<br />

temporal mais extensa. Tom Nairn e Benedict Anderson<br />

são importantes autores sobre o nacionalismo<br />

moderno. Regis Debray desenvolveu uma teoria da<br />

mídia contemporânea. Terry Eagleton desenvolveu<br />

seus estudos no campo literário. T. J. Clark nas artes<br />

visuais e David Harvey na reconstrução da geografia.<br />

Nos campos da filosofia, sociologia e economia,<br />

estariam incluídos os trabalhos de Habermas, Bordieu,<br />

Fredric Jameson, Edward Said e Perry Anderson.”<br />

(Conferir: SAMUEL, Rogel. Novo Manual de Teoria<br />

Literária. Petrópolis: Vozes, 2002: 96-97);<br />

- A Crítica Literária no Brasil: Nestes anos iniciais<br />

do Terceiro Milênio, que rumo devemos tomar?<br />

(Repensar as palavras de Eduardo Portella, publicadas<br />

em 1970.)<br />

“Sem dúvida um pensamento que não se arme<br />

dialeticamente permanecerá inteiramente perdido<br />

diante de um fenômeno tão multidimensional como é o<br />

literário. Na chave da dicotomia, as categorias se<br />

opõem excluindo-se mutuamente. Somente os<br />

pensadores tricótomos pensam no eixo da contradição,<br />

admitindo um terceiro elemento como mediador<br />

dialético. E só estes possuem olhos para penetrar nas<br />

esquinas secretas dos caminhos da arte.” (Conferir:<br />

PORTELLA, Eduardo. Teoria da Comunicação<br />

Literária. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1970: 61-<br />

62.)<br />

“Decodificação não quer dizer necessariamente<br />

coincidência ou acordo; quer dizer apenas a<br />

ultrapassagem da incompreensão. Porque o único que<br />

se lhe pede é que esteja ancorada no porto seguro do<br />

entendimento.” (Conferir: PORTELLA, Eduardo.<br />

Teoria da Comunicação Literária. Rio de Janeiro:<br />

Tempo Brasileiro, 1970: 25.)<br />

Crítica Literária Dialética: “Postul(o) uma contribuição<br />

satisfatória para o entendimento atual do literário, uma<br />

contribuição entre as duas grandes correntes críticas<br />

(a cientificista e a fenomenológica) em benefício da<br />

correta decodificação e interpretação do texto literário,<br />

para que a compreensão fique “ancorada no porto<br />

seguro do entendimento” [como a queria Eduardo<br />

Portella em 1970]. Ao reivindicar uma colaboração da<br />

Semiologia com a Hermenêutica, não quero (e, aqui,<br />

quero pedir licença para parodiar Eduardo Portella)<br />

repudiar o silêncio, que se encontra palpitante no<br />

interior da Obra Literária, e reverenciar a<br />

“loquacidade enganadora de um analismo que, em<br />

nome da objetividade, se mostra impermeável ao<br />

subjetivismo”.* Ao contrário, proponho um labor<br />

crítico dialético, mesmo que provisório, usando dos<br />

ensinamentos de ambas as correntes, para que esse<br />

silêncio seja rompido. Reivindico uma colaboração<br />

entre as duas correntes (afirmo que esta colaboração,<br />

que muitos dizem existir, não se efetua na prática, em<br />

nossos dias), para que este “silêncio” se ouça acima<br />

dos estudos esquemáticos, (estudos de origem<br />

estruturalista), e promova a compreensão dos sentidos<br />

corretos do texto literário.” (Conferir: MACHADO,<br />

Neuza. “Reavaliando a atuação da Crítica Literária”,<br />

item 2.18 deste Manual)<br />

(*Nota de Neuza Machado: Conferir: PORTELLA,<br />

Eduardo. Teoria da Comunicação Literária. Rio de<br />

Janeiro: Tempo Brasileiro, 1970: 25.)<br />

DIALÉTICA (DICIONÁRIO):<br />

- Arte do diálogo ou da discussão como<br />

força de argumentação.<br />

- Desenvolvimento de processos gerados<br />

por oposições que provisoriamente se<br />

resolvem em unidades.<br />

- De acordo com Hegel, dialética é a natureza<br />

verdadeira e única da razão e do ser que<br />

são identificados um ao outro e se definem<br />

segundo o processo racional que procede<br />

pela união incessante de contrários % tese e<br />

antítese % numa categoria superior, a síntese.<br />

- Segundo Marx, a dialética é o processo de<br />

descrição exata do real.<br />

79

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!