O Profeta da Misericórdia

O Profeta da Misericórdia
tratando-os com espalhafatosa negligência e abandono. Estes povos
deixavam os portadores de defciência física ao abandono, promoviam
a matança de bebês defcientes logo depois do nascimento ou os
deixavam no deserto como alimento das feras e das aves.
As falsas crenças e as superstições eram a causa principal dessa
degeneração. Acreditava-se que as pessoas que sofriam de
defciências mentais são pessoas tomadas pelos demônios e os maus
espíritos. Mesmo os flósofos e os intelectuais ocidentais tinham
essas superstições. As leis de Lycurgus, em Esparta e de Solon em
Atenas permitiam se livrar de quem tinha defciência e era incapaz de
trabalhar e se envolver na guerra.
E o famoso flósofo Platão declarou que os portadores de necessidades
especiais pertenciam a uma categoria maldosa constituindo em carga
para a sociedade e um prejuízo para o pensamento da República.
Quanto a Herbert Spencer, ele exigiu que a sociedade proibisse todo
tipo de ajuda aos defcientes, alegando que essa categoria era um
peso inútil para a sociedade carregar.
Enquanto isso, os árabes pré-islâmicos apesar de costumarem
matar suas meninas por temerem a vergonha, eram de corações
menos duros e mais compassivos pelos afigidos por adversidades e
cronicamente doentes. Porém, evitavam compartilhar uma mesa ou
sentar juntos numa refeição com os defcientes.
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