Tradução de Jorge Colaço - Saída de Emergência
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os mais perigosos. Existem dois laboratórios <strong>de</strong> Nível-4 no país: o CDC tem<br />
um em Atlanta e o Exército tem um em Fort Detrick. Estes laboratórios <strong>de</strong><br />
Nível-4 são concebidos para lidar com os vírus e bactérias mais perigosos<br />
que existem na natureza.<br />
— Mas que é este Nível-5? Nunca ouvi falar <strong>de</strong>le.<br />
Singer sorriu.<br />
— O orgulho e a alegria <strong>de</strong> Brent. Mount Dragon tem o único laboratório<br />
<strong>de</strong> Nível-5 do mundo. Foi concebido para lidar com vírus e bactérias<br />
mais perigosos do que alguma coisa que exista naturalmente na natureza.<br />
Por outras palavras, micróbios criados através <strong>de</strong> engenharia genética.<br />
Alguém o batizou como Tanque da Febre há uns anos e o nome fi cou. De<br />
qualquer modo, todo o ar da instalação <strong>de</strong> Nível-5 é feito circular através<br />
do incinerador e aquecido a mil graus centígrados antes <strong>de</strong> ser arrefecido e<br />
recuperado. Completamente esterilizado.<br />
O incinerador <strong>de</strong> ar <strong>de</strong> aspeto estranho era a única estrutura que<br />
Carson vira em Mount Dragon que não era branco puro.<br />
— Então estão a trabalhar com um elemento patogénico transportado<br />
pelo ar?<br />
— Esperto. Sim, estamos, e um bastante mau, já agora. Gostava muito<br />
mais disto quando estávamos a trabalhar no PurBlood. É o nosso produto<br />
<strong>de</strong> sangue artifi cial.<br />
Carson olhou <strong>de</strong> relance na direção dos currais. Conseguiu ver um<br />
celeiro, estábulos, diversos ramais, e uma gran<strong>de</strong> pastagem vedada para lá<br />
da cerca do perímetro.<br />
— Po<strong>de</strong>-se montar fora das instalações? — perguntou ele.<br />
— Claro. Só tem <strong>de</strong> acionar a saída e <strong>de</strong>pois a entrada. — Singer<br />
olhou em redor e limpou a testa com as costas da mão. — Cristo, está muito<br />
calor. Não me consigo habituar a isto. Vamos lá para <strong>de</strong>ntro.<br />
«Dentro» queria dizer a parte mais interior do perímetro, uma gran<strong>de</strong><br />
área vedada por uma cerca, no coração <strong>de</strong> Mount Dragon. Carson apenas<br />
conseguiu ver uma quebra na cerca mais interior, uma pequena portaria<br />
mesmo na frente <strong>de</strong>les. Singer passou à frente pela cancela e foi mostrando o<br />
caminho até um edifício gran<strong>de</strong> na extremida<strong>de</strong> mais distante. As portas davam<br />
para um vestíbulo fresco. Através <strong>de</strong> uma porta aberta, Carson viu uma<br />
fi ada <strong>de</strong> terminais <strong>de</strong> computador sobre compridas mesas brancas. Dois funcionários<br />
com cartões <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntifi cação suspensos do pescoço, vestindo calças<br />
<strong>de</strong> ganga sob a bata branca do laboratório, estavam atarefadamente a digitar<br />
alguma coisa nos terminais. Carson percebeu com surpresa que, exceto os<br />
guardas, aqueles eram os primeiros funcionários que vira naquele sítio.<br />
— Este é o edifício das operações — disse Singer, fazendo um gesto<br />
para o interior quase vazio. — Administração, processamento <strong>de</strong> dados, o<br />
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