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ecebimentos e pagamentos que não sejam atividades de investimentos ou de financiamentos. b) Atividades de Investimentos: fluxo de caixa das atividades de investimento demonstra as entradas e as saídas de caixa decorrentes das variações ocorridas no ativo da empresa: variação em ativos imobilizados e variação em participação societária. c) Atividades de Financiamentos: os fluxos de caixa das atividades de financiamentos relacionam-se às alterações no passivo exigível e no patrimônio líquido: variações em títulos a pagar; variações no exigível em longo prazo; variações no patrimônio líquido e dividendos pagos. A Lei 11.638/2007, que alterou a Lei 6.404/1976, das S.As. extinguiu a DOAR e tornou obrigatória a elaboração da Demonstração do Fluxo de Caixa e do Valor Adicionado, conforme dispõem os artigos 176 e 188: 14 Art.176 (...) IV – demonstração dos fluxos de caixa; e V – se companhia aberta, demonstração do valor adicionado. § 6.º A companhia fechada com patrimônio líquido, na data do balanço, inferior a R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais) não será obrigada à elaboração e publicação da demonstração dos fluxos de caixa. (...) Art. 188. As demonstrações referidas nos incisos IV e V do caput do art. 176 desta Lei indicarão, no mínimo: I – demonstração dos fluxos de caixa – as alterações ocorridas, durante o exercício, no saldo de caixa e equivalentes de caixa, segregando-se essas alterações em, no mínimo, 3 (três) fluxos: a) das operações; b) dos financiamentos; e c) dos investimentos; II – demonstração do valor adicionado – o valor da riqueza gerada pela companhia, a sua distribuição entre os elementos que contribuíram para a geração dessa riqueza, tais como empregados, financiadores, acionistas, governo e outros, bem como a parcela da riqueza não distribuída. Apesar de a Lei definir o mínimo de fluxos que devem conter na DFC, as empresas podem, se julgarem necessário, apresentar outros fluxos, como, por exemplo, de acionistas que, dependendo do ramo de atividade e das movimentações financeiras, em muitas empresas é o que as mantém em funcionamento ou que financia seu crescimento. Como se percebe há uma convergência entre Pinho (1996) e o entendimento disposto na Lei 11.638/2007 em vigor no Brasil desde 28/12/2007, apenas uma variação no que diz respeito à utilização das palavra "atividades" e "fluxo" na
definição das movimentações de entrada e saída de caixa contidos e obrigatórios na Demonstração o Fluxo de caixa. Na Lei é utilizada, para isso, a própria palavra fluxo e Pinho (1996) utilizou atividades; exemplo: Atividades Operacionais para Pinho (1996) e Fluxos das Operações na Lei 11.638/2007; e assim também para os demais fluxos. 1.3.7. Fatores que afetam o caixa De acordo com Dalbello (1999), a projeção mensal do fluxo de caixa ajuda a identificar e eliminar insuficiência de caixa e a visualização e aplicação das sobras do mesmo. Se o fluxo de caixa apresentar-se negativo, o gestor financeiro deve alterar seus planos para conseguir mais dinheiro. Por outro lado, um fluxo de caixa com grandes sobras de recursos pode indicar que se pediu dinheiro emprestado além do necessário ou que não foram investidos os excedentes de caixa. O objetivo é obter um equilíbrio entre as entradas e saídas de caixa e mantê-lo no mínimo, somente para suprir as necessidades da empresa. Caso o fluxo de caixa apresente saldo negativo, a empresa pode utilizar-se de vários meios para reverter a situação, como por exemplo, aumentar as vendas. Porém, para que haja ingressos imediatos no caixa, essas vendas devem ser realizadas à vista. Caso contrário, o aumento das vendas não resultará necessariamente em entrada imediata dos recursos com liquidez imediata. Além disso, o aumento das vendas pode diminuir o estoque que precisará ser reposto, aumentando assim as despesas. Portanto, o critério de aumento das vendas para suprir as necessidades de caixa deve ser rigorosamente estudado, para não se correr o risco de aumentar as despesas ao invés de aumentar reservas de recursos em disponibilidades. Ao diminuir as vendas a prazo a empresa poderá aumentar seus recursos financeiros, pois quanto mais seus clientes pagarem à vista, mais recursos terá disponíveis, diminuindo o risco de inadimplência. Entretanto, a diminuição de crédito poderá causar redução das vendas. Portanto, precisará avaliar as vantagens e desvantagens de manter uma política de crédito mais restrita. Outra opção de aumento de recursos para cobrir insuficiência de caixa é a tomada de empréstimos 15
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