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PROJETO RADAM

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c) Floresta ombrófila submontana — É o grupo<br />

de formaçâo das areas aplainadas, com testemunhos.<br />

Esses testemunhos, de altura relativamente<br />

baixa, constituem grupos, em forma deouteiros<br />

e colinas, ou ainda mais dissecados.<br />

A cobertura f lorestal dessas areas varia bastante<br />

em estrutura: é baixa (de 10 a 15 métros) nas<br />

cadeias de montanhas, pouco mais alta nos outeiros<br />

(näo mais de 20 métros) e bem pujante<br />

(25 ou mais métros) nos interflûvios.<br />

3.2.6. FLORESTA SECUNDÂRIA<br />

É uma formaçâo proveniente da devastaçâo da<br />

floresta, por processos que vâo desde o<br />

arrasamento da area para o estabelecimento de<br />

agricultura até a retirada das àrvores de valor<br />

econômico.<br />

Quando a floresta foi arrasada e o terreno<br />

abandonado, ocorre a regeneraçâo natural, em<br />

princi'pio corn ervas e arbustos heliófilos' de<br />

larga distribuiçâo. Näo havendo novas derrubadas,<br />

a capoeira 2 acaba dominada por arbustos<br />

grandes, ârvores e palmeiras de râpido crescimento,<br />

que nascem de sementes dispersas no terreno<br />

ou oriundas de florestas vizinhas. O capoeiräo 3 ,<br />

após alguns anos, vai-se assemelhando à floresta<br />

primitiva, porém nunca chega a se igualar com<br />

ela.<br />

Quando a floresta que foi arrasada sofre queimadas,<br />

a maioria dos troncos e sementes<br />

1 Heliófila: do grego helios = sol e fila = amiga.<br />

2 Capoeira: termo popular para designar a vegetaçao arbustiva<br />

que surge no terreno, após ter sido arrasada a floresta<br />

(VELOSO, 1945).<br />

3 CapoeirSo: termo popular para designar a vegetaçao arbores<br />

que, por sucessâo, se assemelha à Floresta, mas nâo tem a sua<br />

composiçâo primitiva (VELOSO, 1945).<br />

IV/18<br />

morrem, ficando o solo modificado e prejudicado<br />

pelo fogo. A capoeira se reduz a espécies<br />

escleróf ilas, tornando-se bem mais lenta a sucessâo<br />

e permanece anos nesse estado.<br />

a) Capoeiräo latifoliado — Encontra-se esta vegetaçâo<br />

nas âreas desmatadas que sofreram queimadas;<br />

em gerat, com numero reduzido de espécies<br />

como a imbaüba [Cecropia spp.) e o lacre (Vismia<br />

spp.) (foto 13).<br />

b) Capoeiräo misto — A topograf ia é o fatpr que<br />

prepondera na fisionomia. Assim, a ocorrência<br />

da vegetaçao secundéria latifoliada, nos altos das<br />

elevaçôes. e as palmeiras, nos amplos vales,<br />

imprimem à ârea o caréter de vegetaçao secundâria<br />

mista (foto 14).<br />

c) Babaçual — Na Baixada Maranhense, o babaçu<br />

(Orbignya martiana B. Rodr. e Orbignya<br />

oleifera Burret) ocorre quase puro, com palmeiras<br />

adultas envolvidas por indivi'duos jovens.<br />

Nesse relevo aplainado é grande o numero de<br />

indivi'duos de babaçu por hectare (cerca de 110),<br />

graças à capacidade que têm os sèus frutos de<br />

sobreviverem ao fogo utilizado pelos agricultores<br />

no preparo dos campos agn'colas. O fogo dificulta<br />

a regeneraçâo natural da floresta, mantendo<br />

esse tipo de vegetaçao antrópica (foto 15).

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