19.07.2013 Views

PROJETO RADAM

PROJETO RADAM

PROJETO RADAM

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

4. EVOLUÇAO DO RELEVO<br />

4.1. As Relaçôes Estruturais<br />

Na ârea mapeada, as relaçôes das estruturas<br />

geológicas com a morfologia säo mostradas por<br />

numerosas evidências, quase todas de ordern<br />

genetica.<br />

A superimposiçao que o rio Gurupi faz sobre o<br />

nûcleo de mesmo nome, sem seguir alinhamentos<br />

tectônicos marcados, é a primeira indicaçio<br />

de movimento epirogenético que se pode<br />

constatar. Uma nftida diferença entre a costa<br />

aqui chamada de "Lençois Maranhenses", a<br />

leste, e a costa de "rias", a ocidente, é indicaçao<br />

de que ocorreram interferências mais<br />

importantes que um simples problema de regularizaçio<br />

de costa. A extensäo da Falha de<br />

Granja (folha a 1:250.000 de Granja), atingindo<br />

o embasamento Pré-Devoniano e cortando,<br />

com escarpas dé falhas ni'tidas, a "cuesta"<br />

da Ibiapaba, é outra indicaçâo de movimentaçio<br />

tectônica. Todavia, as sucessivas transgressées<br />

e regressöes marinhas que atuaram<br />

principalmente sobre a unidade denominada<br />

"Golfâo Maranhense" deixaram evidências geomorfológicas<br />

muito marcadas das acöes tectônicas.<br />

Estas atividades tectônicas, assinaladas je em<br />

mapeamentos anteriores (Barbosa, Boaventura e<br />

Pinto 1973 v.1 e 1973 v.2), revelam que a parte<br />

setentrional da Bacia Piauf—Maranhâo, a Bacia<br />

Barreirinhas e a Bacia de Sao Lu i's apresentam<br />

relaçôes entre a estrutura e a morfologia corn<br />

maior intensidade do que séria presumi'vel.<br />

Schaller et alii (1971) referem-se ao Arco<br />

Tocantins que sépara a Bacia Piauf—Maranhâo<br />

da Bacia da Foz dp rio Amazonas e ao Arco<br />

Guamâ—Sao Vicente de Ferrer que sépara a<br />

Bacia Piauf—Maranhâo das Baçias de Barreirinhas<br />

e de Sâo Lufs. A movimentaçao destas<br />

duas estruturas durante a reativaçao Wealdeniana<br />

(Almeida, 1969), tafrogênica segundo<br />

11/19<br />

Schaller, podem explicar o infcio dos processos<br />

de erosâo no Planalto Setentrional Para—<br />

Maranhâo, os fenômenos de superimposiçao<br />

sobre o nücleo Gurupi e os falhamentos da<br />

folha a 1:250.000 de Granja.<br />

A persistência de evidências geomorfologicas<br />

desta reativaçao até o presente sâo indicaçoes<br />

de que a reativaçao prosseguiu até tempos bem<br />

récentes, apesar de nâo estarem à disposiçâo<br />

evidências geológicas. A instabilidade tectônica,<br />

incluindo-se os movimentos eustâticos mais<br />

récentes, trazem os efeitos finais da reativaçao<br />

Wealdeniana para o final do Pleistoceno e infcio<br />

do Holeceno. Em mapeamentos anteriores, os<br />

mais novos indfcios, da reativaçao Wealdeniana<br />

foram colocados no Terciério.<br />

Dentro desta interpretaçao, apenas as partes<br />

laterais da ârea mapeada, o Planalto Setentrional<br />

Para—Maranhâo a oeste e a terminaçao<br />

da "cuesta" da Ibiapaba, mostram evidências<br />

dos processos erosivos ligados à estrutura da<br />

Bacia Sedimentär Piauf—Maranhâo. Todo o<br />

conjunto compreendido entre estes dois limites<br />

esta sob influência de morfogênese recente,<br />

diretamente ligada ao litoral e à açao bioclimâtica<br />

de Floresta sempre-verde, ficando as<br />

influências litológicas muito localizadas.<br />

4.2. Interligaçôes dos aplainamentos litoraneos e<br />

interiores<br />

A Depressâo Periférica de Crateus, que se<br />

cploca no sopé da "cuesta" da Ibiapaba, aparece<br />

nas âreas das folhas SA.23 e SA.24 corn<br />

uma feiçao tfpica de pediplano. Este pediplano,<br />

datado como Pleistocênico, aparece nas folhas<br />

a 1:250.000 de Granja e Parnai'ba, abaixo do<br />

Pediplano Pliocênico representado pela

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!