PROJETO RADAM
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4. REGIOES FITOECOLÓGICAS<br />
A interpretaçao da imagem de Radar das folhas<br />
SA.23 Säo Luis e SA.24 Fortaleza permitiu, com<br />
a anâlise dos padroes de imagem — torn e textura<br />
— aliada ao estudo das variaveis morfoclimaticas,<br />
separar as Regiöes Ecológicas da Caatinga, Formaçoes<br />
Pioneiras, Floresta Ombrófila e Floresta,<br />
Decidual.<br />
Pela anâlise desses padroes e variaveis morfológicas<br />
observa-se que:<br />
a) Nas âreas florestais a textura é geralmente<br />
grossa, com o torn variando na gama do cinza,<br />
de acordo corn as diferentes fisionomias encontradas.<br />
Num estudo global, aliando torn, textura,<br />
mprfologia, drenagem e climatologia, se conseguiu<br />
separar diferentes formaçoes de distribuiçâ"o<br />
espacial bem definida.<br />
b) Nas areas de Cerrado e Caatinga a textura se<br />
révéla fina. Na Caatinga e nos Parques de<br />
Cerrado é quase lisa, com pouca variacäo na<br />
gama do cinza, exceto em areas de solo desnudo,<br />
quando näo ha reflexäo especular, assinalada por<br />
manchas escuras na imagem. A separacäo das<br />
areas de Cerrado e Caatinga, apenas baseadas em<br />
torn e textura, é difi'cil, porque existe grande<br />
semelhança entre os padroes dos grupos de<br />
formaçoes végétais.<br />
Se analisâssemos separadamente as faixas da<br />
imagem de Radar onde hé variaçao entre o<br />
impulso proximo {near range) e o remoto {far<br />
range), poderi'amos delimitar algumas formaçoes<br />
végétais, apenas pelo critério de textura e torn.<br />
Entretanto, a anélise fisionômica da vegetaçao<br />
sépara imediatamente, pelas variaveis morfoclimaticas,<br />
o Cerrado e a Caatinga.<br />
c) Nas areas das Formaçoes Pioneiras, os padroes<br />
de torn e textura separam imediatamente<br />
as formaçoes marinhas das aluviais. Nas formaçoes<br />
marinhas ocorre textura média, torn na<br />
IV/19<br />
gama do cinza-claro, enquanto nas formaçoes<br />
aluviais a textura é lisa, com o torn variando de<br />
cinza a branco.<br />
Esses conhecimentos basicos de interpretaçao de<br />
imagem de Radar e a caracterizacäo dos ambientes<br />
morfológicos pelo levantamento fitofisionômico<br />
permitiram reuni-los em Regiöes, de<br />
acordo com o espectro ecológico (VELOSO et<br />
alii, 1973) (quadro I).<br />
4.1. Äreas de Contato<br />
A.F.W. SCHIMPER (1903) estabeleceu que de<br />
uma vegetaçao para outra se desenvolvesse uma<br />
gradaçao, que vai do ótimo de condiçoes morfoclimaticas<br />
até o extremo oposto, quando<br />
desaparece.<br />
A partir desse conceito simplista, podemos<br />
determinar: areas de mistura de espécies de<br />
diferentes Regiöes Ecológicas, que vivem umas<br />
ao lado das outras; areas onde as Regiöes<br />
Ecológicas se contactam bruscamente, separandos<br />
as vegetaçoes; e areas onde se nota interpenetraçao<br />
de formaçoes que conservam suas<br />
diferentes caracteri'sticas ecológicas.<br />
Nas folhas em questâo se constatou existirem<br />
areas de interpenetraçao de formaçoes e de<br />
mistura.<br />
4.1.1. CERRADO/CAATINGA<br />
a) Àrea da Depressäo de Campo Maior — Esta<br />
ârea, considerada como centro da Bacia sedimentär<br />
do Maranhâo, é limitada ao norte pela<br />
Sub-Regiao do Litoral (Ecossistema Restinga); a<br />
leste, pela Sub-Regiao dos Altos Platôs Araripe/ibiapaba<br />
(Ecossistema Ibiapaba); a oeste, pela<br />
Sub-Regiao dós Baixos Platôs de Presidente