PROJETO RADAM
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O mangue-vermelho (Rhizophora mangle L), o<br />
mais ligado ao teor salino das aguas salobres,<br />
ocupa sempre a linha costeira das embocaduras<br />
dos rios. O mangue-seriba ou sinûba (Avicennia<br />
sp.) forma uma segunda linha, atrés do manguevermelho,<br />
e acompanha as margens dos rios até<br />
onde as marés influem, mesmo com baixo teor<br />
salino.<br />
O mangue-vermelho caracteriza-se pelas suas<br />
rai'zes aéreas e pneumatóforos. Rica em tanino, a<br />
casca desta espécie pode ser utilizada no<br />
beneficiamento de couros e pelés, e a madeira<br />
em construçâo.<br />
O mangue-siriuba, ainda com rai'zes aéreas,<br />
pouco se presta a uso comercial, pela ma<br />
qualidade de sua madeira e por falta de propriedades<br />
tani'feras.<br />
b) Ecossistema Restinga — É delimitado ao<br />
norte pela vegetaçao litorânea do mangue; ao sul<br />
pela Sub-Regiao da Depressäo Periférica de<br />
Crateüs—Parnaguâ, parte pela Area de Contato<br />
da Depressäo de Campo Maior, parte pela Area<br />
dos Baixos Platôs de Brejo e pela Sub-Regiäo do<br />
Cocal da Baixada Maranhense; a leste, ultrapassa<br />
ao limite da folha SA.24; e delimitado a oeste.<br />
pela Sub-Regiäo dos Baixos Platôs do Parâ/Maranhäo.<br />
A vegetaçao é uniforme e cresce nas areias<br />
brancas das praias e dunas, caracterizada pelo<br />
ajuru {Chysobalanus icaco L), alecrim-da-praia<br />
(Bulbostylis capillaris C.B. Clarck) e salsa-dapraia<br />
(Ipomoea pescaprae Roth.). No Estado do<br />
Paré, muitas vezes a vegetaçao da Restinga<br />
confunde-se com a vegetaçao secundéria da<br />
Floresta e no Piaui'/Maranhäo, com a vegetaçao<br />
do Cerrado e Caatinga, pois as âreas de areias<br />
que foram ocupadas pela vegetaçao ch'max<br />
retornam à sucessäo, onde elementos da Restinga<br />
se misturam com elementos pioneiros<br />
daquelas Regiöes Ecológicas.<br />
IV/30<br />
4.5.2. SUB-REGIÄO DOS CAMPOS ALUVIAIS<br />
Compreende dois ecossistemas:<br />
a) Ecossistema dos Campos de Perizes — O<br />
Ecossistema dos Campos de Perizes é delimitado<br />
ao norte pelo Ecossistema Mangue e ao sul, leste<br />
e oeste pela Sub-Regiäo do Cocal da Baixada<br />
Maranhense.<br />
Tem uma fisionomia campestre uniforme, caracterizada<br />
por um solo com problemas de hidromorfismo,<br />
onde o alagamento periódico seleciona<br />
as espécies ecologicamente adaptâveis,<br />
tais como: canarana (Panicum spp.), aturiâ<br />
(Machaerium lunatus (L) Ducke.) junco e pi ri<br />
(Cyperus giganteus Vah/.J.<br />
Nas âreas mais altas, nos tesos, a vegetaçao é<br />
arbustiva, indicando melhor drenagem. Nesses<br />
tesos se encontra o babaçu — espécie Orbignya<br />
martiana B. Rodr. — em meio à vegetaçao<br />
arbustiva.<br />
As âreas compestres de Perizes e Anajatuba säo<br />
aproveitadas como pastagens naturais, para a<br />
pecuâria.<br />
b) Ecossistema dos Campos de Bragança — É<br />
delimitado ao norte pela Sub-Regiäo do Litoral<br />
(Ecossistema Mangue), e a leste, oeste e sul pela<br />
Sub-Regiäo dos Baixos Platôs do Paré/Maranhao.<br />
Esses Campos de Bragança, vicariantes dos Campos<br />
de Perizes e Anajatuba, säo ocupados pelo<br />
campim-de-marreca [Paratheria prostata) e por<br />
uma palmeira semelhante ao babaçu — palmeira<br />
pertencente, segundo BONDAR, a urn gênero<br />
endêmico Markleya dahlgreniana (in MURÇA<br />
PIRES, 1973) — que aparecem como espécies<br />
dominantes.