Brazilian Oral Research - Sociedade Brasileira de Pesquisa ...

PIc033 Atividade antifúngica de produtos naturais frente a cepas do
gênero Candida
Mesquita BS*, Silva ED, Carvalho FVQ, Castro RD, Macedo LLA
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA - UNIPÊ.
E-mail: brunomesquitajpa@hotmail.com
A resistência aos antifúngicos tem representado um grande desafio, por isso há uma grande necessidade
de desenvolvimento de novas alternativas no combate a esses microorganismos. O objetivo deste estudo foi
avaliar in vitro a atividade antifúngica dos extratos de romã (Punica granatum Linn), canela (Cinnamomum
zeilanicum Breym) e aroeira (Schinus terebenthifolius Raddi), frente a C. Tropicalis e C. Krusei. O ensaio para
determinação da atividade antifúngica dos extratos foi realizado pelo método da difusão em meio sólido. Os
resultados foram avaliados a partir da mensuração dos diâmetros dos halos de inibição de crescimento fúngico.
Com relação aos resultados referentes às cepas da C. Tropicalis observou-se que: o decocto de Romã apresentou
ação equivalente a um halo médio de 41,5 mm; com base nos resultados obtidos das cepas da C. Krusei
observou-se que: os decoctos de aroeira apresentaram ação com halo médio de, 9,7 mm e o decocto de Canela
não apresentou atividade antifúngica. Para a mesma cepa o decocto da Romã apresentou uma ação com halo
médio de 56,9 mm. Com relação a Nistatina o halo de ação médio foi de 15,2 mm com relação a C. Tropicalis
e 24,3 em relação a C Krusei.
Conclui-se que o decocto do extrato da romã apresentou uma ação considerável sobre as cepas Tropicalis e
Krusei, superando em resultados a ação da Nistatina. A Aroeira e a Canela não apresentaram ação sobre as
cepas da C. Tropicalis, mas quando aplicadas junto as cepas da C. Krusei, foi percebido uma leve reação,
porém inferior a da Nistatina.
PIc034 Prevalência e susceptibilidade a antifúngicos de Candida spp.,
T. mucoides e K.ohmeri isoladas da cavidade oral de pacientes
HIV-positivos
Silva FC*, Barbosa JO, Rossoni RD, Costa ACBP, Rasteiro VMC, Vilela SFG, Jorge AOC, Junqueira JC
Biociências e Diagnóstico Bucal - UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - SÃO JOSÉ DOS
CAMPOS.
E-mail: fernanda.silva@alunos.fosjc.unesp.br
Em pacientes infectados pelo HIV, a colonização da cavidade bucal por leveduras patogênicas pode levar ao
desenvolvimento de fungemia, uma importante causa de mortalidade em pacientes imunocomprometidos. O objetivo
deste estudo foi avaliar a prevalência de leveduras na cavidade bucal de pacientes infectados pelo HIV e
verificar a susceptibilidade das cepas isoladas aos antifúngicos. As amostras foram coletadas da saliva e das lesões
de candidose orofaríngea de 60 pacientes HIV-positivos. Todos os isolados foram identificados por testes fenotípicos
e a presença de C. dubliniensis foi determinada por PCR. Os padrões de susceptibilidade aos antifúngicos foram
determinados pelo método de microdiluição em caldo (NCCLS). As espécies mais comumente isoladas foram C.
albicans (51,56%), seguida por C. glabrata, C. parapsilosis, C. dubliniensis, C. tropicalis, C. krusei, C. norvegensis,
C. lusitaniae, C. guilliermondii, T. mucoides e K. ohmeri. Entre os pacientes analisados, 42% apresentaram colonização
bucal por associação de diferentes espécies. A resistência ao fluconazol foi observada em alguns isolados
de C. albicans (27%), C. glabrata e K. ohmeri. A resistência à anfotericina B foi verificada nos isolados de C.
parapsilosis e C. krusei.
Concluiu-se que os pacientes HIV-positivos apresentaram colonização bucal por diferentes espécies de leveduras,
demonstrando frequentemente associações de duas ou mais espécies com cepas resistentes ao fluconazol ou anfotericina
B. (Apoio: FAPESP - 2009/52283-0)
PIc035 Avaliação dos procedimentos de biossegurança praticados pelos
cirurgiões-dentistas da cidade de São Paulo
Souza LC*, Pinto KT, Campanha NH, Neppelenbroek KH, Urban VM, Silva MM
UNIVERSIDADE CAMILO CASTELO BRANCO.
E-mail: lilian_risso@hotmail.com
Procedimentos de biossegurança devem ser executados adequadamente por cirurgiões-dentistas (CD), auxiliares
de cirurgiões-dentistas e técnicos em prótese dentária com a finalidade de prevenir a infecção cruzada entre
consultório odontológico e laboratório de prótese. Assim, investigaram-se os procedimentos de biossegurança
praticados pelos CD registrados no Conselho Regional de Odontologia de São Paulo. Um questionário sobre
gênero, idade, tempo de trabalho e procedimentos de biossegurança foi aplicado a 34 dentistas. Os resultados
não indicaram diferenças entre os gêneros, mas apontaram predominância da faixa etária de até 40 anos (66%)
e tempo de exercício da profissão de até 12 anos (67%). O digluconato de clorexidina e o álcool são as soluções
químicas mais utilizadas para desinfecção, enquanto que moldes, próteses enviadas para reparos, estruturas
metálicas de PPR e bases de prova e de registro de próteses removíveis são desinfetados com freqüência (60%,
59%, 53%, 53% e 52%, respectivamente). Contudo, observou-se também que a maioria dos dentistas não realiza
procedimentos de desinfecção para os seguintes materiais: registros intermaxilares (58%), dentes montados de
PT e PPR (66%), modelos (67%) e rolete de cera de prótese total (PT) e PPR (70%).
Os procedimentos de biossegurança praticados pelos CD da cidade de São Paulo são insuficientes para prevenir
a contaminação cruzada entre o consultório odontológico e o laboratório de prótese.
PIc037 Efeito do extrato hidroalcoólico de Croton doctoris na aderência
de bactérias cariogênicas
Girondi CM*, Brighenti FL, Delbem ACB, Delbem ACB, Salvador MJ, Koga-Ito CY
Biociencias e Diagnostico Bucal - UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - SÃO JOSÉ DOS
CAMPOS.
E-mail: Camila.girondi@gmail.com
Croton doctoris é uma planta nativa proveniente do Pantanal Brasileiro possui ação antimicrobiana. Esse
estudo teve como objetivo avaliar o efeito do extrato hidroalcoólico de folhas de C. doctoris sobre a aderência
de bactérias cariogênicas. Folhas secas foram maceradas com álcool 70% (1:20 m/v) por 72 h a temperatura
ambiente. O etanol foi evaporado e o extrato foi re-suspenso em caldo BHI em concentrações sub-inibitórias ( ½
e ¼ a concentração inibitória mínima – “CIM”). Suspensões contendo 10 6 UFC/ml de Streptococcus sanguinis
ATCC 10556, S. mutans ATCC 35688, S. sobrinus ATCC 33478, S. gordonii ATCC 10558 e Lactobacillus acidophilus
ATCC 4356, foram obtidas em NaCl 0,9%. Espécimes padronizados de vidro (Ø 1,5mm, 30 mm comprimento;
n=10/grupo) foram imersas no caldo BHI contendo o inóculo (concentração final 1%), o extrato (½
e ¼ sub-CIM) ou os controles negativo (caldo BHI) ou positivo (clorexidina 0,12% - “CHX”). Após incubação
por 24h a 37°C e 5% CO 2, as bactérias foram recuperadas e as suspensões foram semeadas em ágar BHI. Após
incubação por 48h, o número colônias foi obtido. Os dados foram analisados com ANOVA e teste de Tukey
(5%). O extrato a ½ CIM reduziu significativamente a aderência de todas as espécies e demonstrou resultados
semelhantes à CHX. O extrato a ¼ CIM reduziu significativamente a aderência de S. sanguinis, S. sobrinus e S.
gordonii, mas não de S. mutans e L. acidophilus.
Os resultados sugerem que o extrato de C. doctoris em concentrações sub-inibitórias tem uma atividade antiaderência
promissora contra bactérias cariogênicas. (Apoio: FAPs - FAPESP - 08/53299-5)
PIc038 Ação anti-biofilme de dois diterpenos do tipo pimarano frente à
patógenos cariogênicos
Garcia RM*, Casemiro LA, Ambrosio SR, Veneziani RCS, Moraes TS, Martins CHG
Odontologia - UNIVERSIDADE DE FRANCA.
E-mail: rafael_martinez_garcia@hotmail.com
As substâncias naturais têm sido avaliadas como possíveis inibidoras do desenvolvimento do biofilme dental.
Este trabalho avaliou a sensibilidade de biofilmes frente a dois diterpenos do tipo pimarano (ácido ent-pimara-8(14),
15-dien-19-óico e ent-8(14),15-pimaradien-3 β -ol). As cepas utilizadas foram: Streptococcus mitis
(ATCC 9811 e isolado clínico), Streptococcus mutans (ATCC 25175 e isolado clínico), Streptococcus sanguinis
(ATCC 10557 e isolado clínico), Streptococcus sobrinus (ATCC 27609 e isolado clínico) e Lactobacillus casei
(ATCC 7469 e isolado clínico). A sensibilidade in vitro dos diterpenos foi avaliada determinando-se a Concentração
Inibitória Mínima de Biofilme (CIMB50). Os diterpenos foram solubilizados em dimetilsulfóxido em
diferentes concentrações, sendo ensaiados com os inóculos das cepas em microplacas de 96 poços e corados
com cristal violeta. A leitura foi realizada por espectrofotometria. Apenas o ácido ent-pimara-8(14), 15-dien-
19-óico apresentou atividade anti-biofilme, com resultados de 200, 100, 50, 25 e 12,5 µg/mL para S. sanguinis
isolado clínico, S. sanguinis ATCC 10557, S. mitis isolado clínico, L. casei isolado clínico e S. mitis ATCC
9811, respectivamente.
Com base nos resultados obtidos conclui-se que o diterpeno ácido ent-pimara-8(14), 15-dien-19-óico é uma
substância natural potencialmente promissora para ser utilizada na formulação de produtos de higiene bucal,
em função de sua atividade anti-biofilme. (Apoio: FAPs - Fapesp. - 2010/01814-3)
PIc039 Avaliação clínica de protocolos de antibioticoterapia com
amoxilina em cirurgias de enxerto ósseo autógeno de origem
intra-oral
Concilio RKL*, Arce LA, Teixeira RG, Groppo FC, Motta RHL, Ramacciato JC
Graduação - FACULDADE DE ODONTOLOGIA SÃO LEOPOLDO MANDIC.
E-mail: renanklc@hotmail.com
O objetivo deste estudo foi avaliar 2 protocolos para a prevenção de infecção em cirurgias de enxerto ósseo
autógeno de origem intra-oral. Foram avaliados 30 pacientes randomizados em 2 grupos: G1- 2g Amoxicilina
1h antes da cirurgia e 500mg a cada 8h por 3 dias e G2- 2g Amoxicilina 1h antes da cirurgia e 500mg a cada 8h
por 7 dias. Foram verificadas a pressão arterial, freqüência cardíaca e temperatura axilar de cada voluntário e
estes dados foram registrados semanalmente até completar 8 semanas de pós-operatório. Foi avaliada a sensação
de dor pós-operatória através de uma Escala Analógica Visual (EAV) antes da cirurgia e nos períodos 0h, 1h, 2h,
4h, 6h, 12h, 1dia, 2 dias, 3 dias e 7 dias após os procedimentos cirúrgicos. Os resultados referentes aos parâmetros
fisiológicos obtidos no início do estudo até oito semanas de pós-operatório foram comparados pela ANOVA
bidirecional e teste de Tukey ( α =5%). A dor foi medida pela EAV e os valores foram comparados pelos testes
de Kruskal-Wallis e Mann-Whitney (α =5%). Os resultados deste estudo não apontaram nenhuma diferença
significante (p>0,05) com relação à alteração da pressão arterial, freqüência cardíaca e alteração da temperatura
axilar em relação aos diferentes protocolos medicamentosos avaliados e proservados por 8 semanas. A comparação
entre os grupos revelou menores valores de EAV para o grupo de 3 dias (p