Brazilian Oral Research - Sociedade Brasileira de Pesquisa ...

PNc249 Perfil e fluxo de procedência dos portadores de fissuras lábio –
palatais de um centro de referência no Estado do Paraná
Peres RCN*, Buffon MCM, Antonio EL, Ratti A, Menezes JVNB
Odontologia - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ.
E-mail: renathap57@gmail.com
Com o objetivo de conhecer o perfil do portador de fissura lábio–palatal e identificar como esses pacientes
tiveram acesso a um centro de atendimento especializado situado em Curitiba–PR, foi aplicado um questionário
a 180 usuários desta instituição no período entre abril e junho de 2007. As variáveis coletadas foram: sexo,
faixa etária, local de residência, classificação da fissura, identificação da necessidade de tratamento, como o
usuário conheceu o centro, o tempo levado para o início do tratamento na instituição e quem realizou o encaminhamento.
Como resultados a pesquisa apontou que a maior parte dos entrevistados situava-se entre 6 a 10
anos, de ambos os sexos, portadores de fissura lábio – palatal, residentes em Curitiba-PR. Em geral, a primeira
pessoa a identificar a necessidade de tratamento foi o médico obstetra que realizou o parto. O usuário conheceu
o serviço de atendimento especializado, em sua maioria, por meio de profissionais da saúde, sendo encaminhado
principalmente pela maternidade que realizou o parto. O usuário iniciou o tratamento na instituição com maior
freqüência até o 1º mês de vida.
Esses dados permitem identificar o perfil dos usuários atendidos e se revelam importantes auxiliares no planejamento
de medidas que possibilitem maior acesso aos centros de referência e recuperação de pacientes
fissurados, possibilitando capitação precoce do portador de fissura lábio–palatal.
PNc252 Atenção odontológica para idosos: perfil e percepção do
cuidador
Oliveira MB*
UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO.
E-mail: marisaborges13@hotmail.com
Resumo: O número de idosos aumenta de forma progressiva, bem como a necessidade de profissionais qualificados
para cuidar desse contingente da população. Conhecer o perfil e a percepção dos cuidadores sobre a atenção
à saúde bucal dos idosos. Estudo descritivo com abordagem quantitativa, realizado na instituição de Longa
Permanência Solar do Outono, em São Luis- Ma, por meio de questionário aplicado com os cuidadores dos
idosos da Instituição. Os resultados mostraram que 80% dos cuidadores são do sexo feminino, 66,7% possuem
nível médio de ensino, com idade inferior a 40 anos (73%) e que 80% trabalham como cuidador entre 1 e 5 anos.
Quanto à frequência da higiene bucal nos idosos, 80% afirmaram ser importante a realização da mesma, todos
os dias, embora a maioria dos idosos (60%) realize a higiene apenas uma vez ao dia. Para 40% dos cuidadores
a tarefa de higiene bucal dos idosos é muito difícil. 66,67% informaram ser natural perder os dentes na velhice
e importante a higiene bucal para a saúde do idoso.
. Diante dos resultados desta pesquisa, observou-se que os cuidadores entrevistados reconhecem que a saúde
bucal interfere na saúde geral dos idosos e que os cuidados com a higienização da cavidade bucal devem ser
diários, embora os dados obtidos demonstrem que não há uma sistematização desta prática.
PNc250 Percepção de saúde bucal de idosos usuários do Centro de
Referência do Idoso em Campinas, SP
Alça LRR*, Pereira AC, Sousa MLR, Mialhe FL, Meneghim MC
Odontologia - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS.
E-mail: lialca@uol.com.br
Está ocorrendo um aumento de idosos na população brasileira, esses requerem atenção diferenciada principalmente
na área da saúde. Formam um grupo com saúde bucal precária, pois não representam prioridade
nos serviços públicos. Para melhor explorar as ações de educação e cuidados de saúde é necessário entender
como o idoso percebe a condição de sua boca. Objetivo desse trabalho de abordagem qualitativa foi conhecer
as percepções sobre saúde bucal de idosos que freqüentam o Centro de Referência do Idoso, Campinas SP. Os
idosos foram selecionados de maneira aleatória, de ambos os gêneros, idade de 60 a 75 anos, independentes e
sem déficit cognitivo. A obtenção dos dados foi feita por meio de uma questão aberta: “o que é ter saúde bucal?”
As respostas foram transcritas e avaliadas pela técnica da Analise de Conteúdo. As falas mostraram uma preocupação
em não sentir dor decorrente dos dentes ou das próteses, proporcionando uma boa mastigação. A saúde
bucal foi bastante associada com boa higiene assim como à presença de dentes ou próteses em boas condições.
Poucos citaram questões estéticas ou relacionadas com o câncer de boca.
. Concluí-se que saúde está sendo entendida não como ausência de doença, mas como possibilidade de melhor
qualidade de vida, com esses conhecimentos é possível integrar a clinica às reais expectativas e necessidades
desse paciente.
PNc253 Detecção e tratamento de cárie dentária dentre acadêmicos do
último ano do curso de Odontologia
Silva RP*, Mialhe FL, Pereira AC, Ambrosano GMB
Odontologia Social - UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS.
E-mail: rpereira77@hotmail.com
Convencionalmente a detecção de cárie dentária tem sido realizada por meio do exame clínico visual suplementado
pelo radiográfico bitewing. A subjetividade acerca destes exames é grande dentre profissionais e
graduandos. Objetivando avaliar a variabilidade diagnóstica e de tratamento de cárie dentária dentre acadêmicos
de Odontologia de uma universidade pública do interior paulista, 61 graduandos do último ano do curso de
Odontologia da classe do ano de 2006, 57 da classe de 2007 e 56 da classe de 2008 examinaram um manequim
odontológico. Seus critérios clínicos para detectar e tratar cárie foram levantados. Nenhum treinamento prévio
foi ministrado. Foram encontrados Kappa interexaminador moderado e acurácia 70% foi 1,42x maior para graduandos de 2008
em relação aos de 2006 (p=0,0033) e 1,43x maior para graduandos que adotaram cárie proximal na ½ externa de
esmalte como limiar radiográfico para tratamento invasivo (p=0,0003). Em relação à atividade de cárie, a prevalência
de acertos >70% foi 1,50x maior para graduandos que adotaram pigmentações e manchas em esmalte
como limiar clínico para tratamento invasivo (p=0,0350). Em relação ao plano de tratamento, a prevalência de
acertos >70% foi 1,30x maior para graduandos de 2008 em relação aos de 2006 (p=0,0238).
Houve diferenças estatisticamente significavas dentre acadêmicos em relação ao diagnóstico e tratamento de
cárie dentária. Estratégias de ensino/aprendizagem pautadas em treinamentos/calibrações constantes devem
ser implementadas em Odontologia.
PNc251 Análise dos critérios de avaliação de conhecimento do curso de
Odontologia de uma Universidade Pública
Razaboni AM*
Odontologia Restauradora - UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - RIBEIRÃO PRETO.
E-mail: anarazaboni@forp.usp.br
A avaliação do conhecimento e o planejamento do ensino em um curso são atividades inseparáveis e dependentes,
a ponto de formarem um processo único, no qual devem ser bem definidos os objetivos, considerando-se
os conteúdos. Deve-se dar conhecimento aos alunos, das estratégias de ensino, dos critérios de avaliação, e a
forma de avaliar. A quantidade de critérios deve ser suficiente para abranger a diversidade dos métodos de aprendizagem
dos alunos, respeitando-se suas heterogeneidades. Pela análise dos critérios de avaliação descritos nos
Cronogramas de Aulas do Processo do Ensino de Graduação da FORP/ USP e aplicados pelas 31 disciplinas
do curso, oferecidas no 2º semestre/2010, obtiveram-se informações a respeito da quantidade e diversidade
desses critérios. Nas 8 disciplinas teóricas, com média de 1,8 critérios por disciplina, estes são bem objetivos,
representados quase que na totalidade por “prova”. As 16 disciplinas com conteúdo teórico-prático, com média
de 3 critérios por disciplina, contemplam atitudes de ordem geral ou subjetiva e igualmente atitudes inerentes ao
trabalho, ou seja, de caráter objetivo, estas, também representadas por “provas”. Entretanto, as 7 disciplinas com
conteúdo prático, com média de 5,3 critérios por disciplina, contemplam em massa os critérios de ordem geral,
que se apresentam carregados de subjetividade, em detrimento das atitudes inerentes ao trabalho.
Na fase intermediária do curso, ou seja, no segundo e terceiro anos, a avaliação não traduz a real capacidade
elaborativa do aluno.
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Braz Oral Res 2011;25(Suppl. 1):259-90 (Proceedings of the 28 th SBPqO Annual Meeting)