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CAPA REVISTA AGCRJ_4_2010.p65 - rio.rj.gov.br

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greatest guardian. Immerse in this collection is to draw the vision of the police than it was for his<<strong>br</strong> />

greatest ghost: the "red danger".<<strong>br</strong> />

It is in the collection, the work of photographer and filmmaker Ruy Santos (1916-1989) reported<<strong>br</strong> />

that in many film personalities of PCBs, among them Jorge Amado, Luiz Carlos Prestes, Graciliano<<strong>br</strong> />

Ramos, and important moments in the history of communism in Brazil. They are images of public<<strong>br</strong> />

events and numerous portraits. Practically, the photographs of their authors found in APERJ are the<<strong>br</strong> />

only remnants of its collection, destroyed by the political police in 1948 with his arrest.<<strong>br</strong> />

Keywords: photography; politics; communism.<<strong>br</strong> />

A cidade do Rio de Janeiro foi agraciada, ao longo de sua história, com uma grande gama de<<strong>br</strong> />

representações artísticas. Os integrantes da missão francesa, trazida por D. João VI no início do<<strong>br</strong> />

século XIX, reproduziram em pintura e escultura traços do patrimônio e da vida da então capital<<strong>br</strong> />

<strong>br</strong>asileira em 1816. No final do século XIX e início do século XX, foi a vez de fotógrafos<<strong>br</strong> />

imortalizarem em imagens a grande veia representativa da cidade. O Rio de Pereira Passos e seus<<strong>br</strong> />

objetivos de tornar o município uma metrópole cosmopolita, nos moldes de Paris, foi<<strong>br</strong> />

incansavelmente registrado pelas lentes de muitos fotógrafos, entre eles Marc Ferrez e Augusto<<strong>br</strong> />

Malta. Não só esses, mas muitos daqueles que instalaram seus estúdios na Cinelândia, realizavam<<strong>br</strong> />

portraits, coqueluche da época, para se manterem financeiramente, mas saíam em expedições pela<<strong>br</strong> />

cidade para registrar as “vistas”, que depois se transformavam em cartões postais e eram<<strong>br</strong> />

comercializadas e exibidas com orgulho e distinção para um público, ávido por “ver”, que<<strong>br</strong> />

começava então a se deleitar com os prazeres da representação fotográfica.<<strong>br</strong> />

Se corrermos os olhos pelas livrarias e bibliotecas da cidade, não ficaremos surpresos com o<<strong>br</strong> />

grande número de publicações de arte com imagens do Rio de Janeiro, as mais belas e variadas<<strong>br</strong> />

possíveis. Afinal, a beleza e o encantamento da cidade são já partes integrantes de sua história. Mas,<<strong>br</strong> />

em seu leque de representações, o Rio guarda também imagens desconhecidas. Algumas que<<strong>br</strong> />

incomodam o olhar, tornando-se quase abjetas, outras que documentam a riqueza de um período<<strong>br</strong> />

histórico vivido com muita luta, sonho e repressão política. Elas preservam a memória social e<<strong>br</strong> />

política do período antidemocrático vivido num passado recente do Brasil. As imagens em questão<<strong>br</strong> />

são integrantes do Fundo Polícias Políticas do Arquivo Público do Estado do Rio de Janeiro –<<strong>br</strong> />

APERJ e estão disponíveis para pesquisa e para comprovação de documentos através do direito<<strong>br</strong> />

constitucional do Habeas Data. (1)<<strong>br</strong> />

Do Impé<strong>rio</strong> à República, a cidade do Rio de Janeiro sempre ocupou lugar de primazia na<<strong>br</strong> />

vida sociocultural do país, além de ter sido o centro das decisões políticas da história republicana<<strong>br</strong> />

<strong>br</strong>asileira, até a transferência da capital para Brasília, em 1960. Palco de militância e ativismo social<<strong>br</strong> />

e político de estudantes, intelectuais, operá<strong>rio</strong>s a cidade guarda em seus registros, recolhidos em

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