CAPA REVISTA AGCRJ_4_2010.p65 - rio.rj.gov.br
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social exercido pelo Estado <strong>br</strong>asileiro desde a década de 1920 até 1983, com predomínio das<<strong>br</strong> />
décadas de 1930, 1940 e 1950. Esse controle expressa-se nas fotografias de identificação policial,<<strong>br</strong> />
manifestações estudantis e artísticas, assembléias sindicais, atividades partidárias, espionagem<<strong>br</strong> />
durante a Segunda Guerra Mundial, luta armada, campanhas por anistia política, movimentos<<strong>br</strong> />
pacifistas e acompanhamento de grupos políticos clandestinos.<<strong>br</strong> />
São cerca de 100 mil imagens que estão acondicionadas de acordo com as várias Delegacias<<strong>br</strong> />
existentes como DESPS, DPS, DOPS, DOPS-GB, DOPS-RJ, e DGIE. O acervo é composto ainda<<strong>br</strong> />
por conjunto de fotografias temáticas existentes nos dossiês dos setores “Integralismo” e<<strong>br</strong> />
“Comunismo”, produzidas ou apreendidas pelos órgãos da DESPS e DPS. O PCB era o maior<<strong>br</strong> />
inimigo do Estado, mas esse posto também foi dividido, em determinados períodos, com outros<<strong>br</strong> />
adversá<strong>rio</strong>s como a espionagem em favor dos países que formavam o Eixo, os integralistas ou os<<strong>br</strong> />
militantes da luta armada, nos anos 60 e 70.<<strong>br</strong> />
A série iconográfica do setor “Integralismo” é formada por 663 fotografias produzidas ou<<strong>br</strong> />
apreendidas pela polícia, entre 1932 e 1957, que retratam a grande inserção social do movimento<<strong>br</strong> />
junto à população do Rio de Janeiro. As imagens abordam aspectos da vida cotidiana dos<<strong>br</strong> />
integralistas como casamentos, batizados, almoços com familiares uniformizados, eleições internas,<<strong>br</strong> />
grupos escolares mantidos pela AIB, grupos em marchas cívicas, portraits de dirigentes locais e<<strong>br</strong> />
nacionais.<<strong>br</strong> />
Já as imagens do setor “Comunismo” são compostas por 1.178 fotografias apreendidas ou<<strong>br</strong> />
produzidas pela polícia e registra diferentes momentos da vida do partido e das lutas políticas e<<strong>br</strong> />
sociais no Brasil, de 1922 a 1983. Entre alguns temas retratados encontram-se: Revolta Comunista<<strong>br</strong> />
de 1935, imprensa partidária, crimes atribuídos ao PCB, identificação policial, campanhas pela paz<<strong>br</strong> />
no pós-guerra, acompanhamento de funcioná<strong>rio</strong>s soviéticos em visita ao Rio de Janeiro, campanha<<strong>br</strong> />
pela posse do presidente João Goulart. Apreensões em gráficas clandestinas do PCB durante o<<strong>br</strong> />
Estado Novo, campanha de anistia a Luiz Carlos Prestes bem como comícios populares, congressos<<strong>br</strong> />
sindicais e movimentos comunitá<strong>rio</strong>s em bairros e favelas são também assuntos presentes.<<strong>br</strong> />
Outro conjunto temático integrante do Fundo Polícias Políticas e que em sua maioria registra<<strong>br</strong> />
como cená<strong>rio</strong> a cidade do Rio de Janeiro são as fotografias provenientes do DOPS/GB e do DGIE,<<strong>br</strong> />
que correspondem ao período de 1961 a 1983. São imagens que documentam, em sua maioria,<<strong>br</strong> />
manifestações oposicionistas ao regime militar como passeatas estudantis, movimentos sindicais,<<strong>br</strong> />
pichações de palavras de ordem, bem como danos causados por atentados a bomba e ainda<<strong>br</strong> />
manifestações políticas pela abertura e anistia de 1978 a 1982. São negativos fotográficos preto e<<strong>br</strong> />
<strong>br</strong>anco em variados formatos<<strong>br</strong> />
O acervo fotográfico é integrado, ainda, por fichas de identificação policial de presos e<<strong>br</strong> />
detidos de todas as delegacias. São cerca de 70 mil envelopes contendo fichas datilografadas,