flexibilidade de entrega na montadora e postponement - Ppga.com.br

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(1992, p.143), tratava-se do “preço mercado menos”, ao invés do “preço fornecedor<br />
mais”.<br />
Para atingir o preço meta, a montadora utilizava técnicas como a engenharia de<br />
valor e a análise de valor, para reduções adicionais de custos. Outro conceito é o<br />
kaizen, ou seja, o melhoramento contínuo, onde cada operador era dono do processo:<br />
ele opinava sobre prováveis ganhos que o processo poderia ter, com mudanças que<br />
só poderiam ser percebidas por quem realmente participava da produção. Com isto,<br />
pequenas melhorias somadas iam se transformando em valores significativos, ao<br />
longo dos meses e anos. Ainda, esta melhoria contínua era estimulada enormemente<br />
pela curva do aprendizado. Com isto, os produtos produzidos pelos fornecedores<br />
“enxutos” tinham seu preço cada vez menor.<br />
Outra prática da produção enxuta é a presença de residentes do fornecedor na<br />
montadora, que auxiliam no acompanhamento de problemas de qualidade,<br />
resolvendo-os com antecedência ou a tempo de não prejudicar a produção.<br />
As mudanças no mix de produção também ocorriam e eram acompanhadas pela<br />
montadora, pelos fornecedores e seus residentes.<br />
Para que a Toyota fizesse seu sistema just in time funcionar, era primordial que<br />
os volumes produzidos se mantivessem os mais estáveis possíveis. É essencial a<br />
uniformidade de produção, ou como se diz em japonês, heijunka. Assegurar os<br />
volumes de produção é assegurar faturamento constante para os fornecedores.<br />
A produção enxuta precisa passar sempre grande parte de seus afazeres para<br />
seus fornecedores, mas tentam, de alguma forma, minimizar estes custos, pois<br />
acreditam que a eficiência de um é conseqüentemente a eficiência dos dois.<br />
2.3.2 Os Relacionamentos de Parceria<br />
Devido às mudanças ambientais apresentadas nos itens anteriores, o<br />
relacionamento montadora / fornecedor caminhava cada vez mais para uma relação<br />
de parceria, ao invés da tradicional relação de competidores.<br />
Segundo Leavy (1994, p.35), o perfil principal da perspectiva tradicional do<br />
relacionamento comprador/fornecedor pode ser resumida conforme abaixo:<br />
• Compradores e fornecedores como competidores.<br />
• Jogo de “perde-ganha” para ambas as partes.<br />
• Foco principal na visão da margem de lucro