Na Itália, Lula incentiva investimentos no Brasil ... - Comunità italiana

comunidade
La Befana
vem aí
No Brasil, é difícil imaginar um Natal sem Papai Noel. Na Itália, porém, quem
dá presente é uma bruxinha que recompensa as crianças de bom comportamento
Diz a Bíblia que, há muitos
séculos, o rei Herodes decretou
que todos os meninos
nascidos em um determinado
ano deveriam ser sacrificados,
pois era seu desejo matar
a criança que chegaria predestinada
a ser o futuro “Rei”. Reza
uma lenda italiana que uma das
mães que perdeu seu filho nesse
massacre ficou tão chocada que
não conseguiu chorar. Tão pouco
aceitou a morte do seu menino.
Ela o procurou desesperadamente
por toda a casa. Como não o encontrou,
convenceu-se de que a
criança estava desaparecida. Colocou
os pertences dele numa toalha,
presa a uma vara, que carregou
no ombro, e partiu procurando
pela criança de casa em casa.
Depois de alguns dias, ela viu
uma criança. Convencida de que
encontrara seu filho, depositou
a toalha e os pertences no pé da
manjedoura onde a criança dormia.
O jovem pai olhou a face daquela
estranha. Imaginou quantos
anos a mulher estaria em busca do
filho, pois sua aparência estava
bastante envelhecida. A criança
na manjedoura era Jesus Cristo.
Mais tarde, Ele chamou a mulher
de La Befana. Em sua homenagem,
estabeleceu-se que, uma
noite do ano, aquela mulher teria
todas as crianças do mundo para
Nay r a Garofle
Bonecos representam as várias faces de La Befana
si. Nessa noite, ela seria capaz de
visitar cada uma, trazendo roupas
e brinquedos. A noite é a de
5 de janeiro. É por isso que, na
manhã de 6 de janeiro, as crianças
de toda a Itália encontram as
suas meias cheias de doces por
cada boa ação, ou um pedaço de
carvão, se elas tiverem sido más
ao longo do ano anterior.
La Befana é um nome derivado
da palavra Epifania, celebração
cristã em lembrança à visita
dos Reis Magos a Jesus. A
origem da personagem mítica se
perde no tempo. Mas ainda hoje
se apresenta como uma idosa
que veste capa escura, um avental
com bolso, um xale, lenço ou
capuz na cabeça e calça um par
de chinelos gastos.
O ítalo-brasileiro Ermanno
Vallinoto Termini, de 30 anos,
cresceu sob a cultura da “bruxinha”.
Seu pai, italiano de Roma,
fez questão de preservar esta fábula
nos natais da família.
— Passei muitos natais na
Itália quando era criança
e, por isso, cresci acreditando
que a Befana era
de verdade e que Papai
Noel não existia. Ela é uma
bruxinha velha e muito feia, mas
boazinha, por isso nunca senti
medo — revela o paulistano.
Entretanto, por ter nascido no
Brasil, as noites de Natal desse
administrador de empresas nunca
passaram em branco porque os
avós lhe davam presentes.
— O momento mais esperado,
mesmo, era a manhã de 6 de janeiro.
Quando eu acordava e via o
quarto cheio de presentes. É uma
recordação muito boa. Agora é a
vez de fazer o mesmo com a minha
filha que tem um ano e meio —
conta ele que mora em São Paulo.
Já a ítalo-brasileira Mirella
Guida não gosta nem um pouco da
Befana. Carioca, ela mora há quatro
anos e meio no sul da Itália,
vivendo hoje em Lucera. Pela primeira
vez, vai passar o Natal longe
do Brasil e admite que não está
muito entusiasmada com isso.
— Aqui na Itália, os preparativos
não são tão grandes como no
Brasil. A decoração das casas e das
ruas é muito mais discreta. O Papai
Noel não faz parte da cultura
italiana e não é comum a troca de
presentes. Geralmente, o presente
é um envelope de dinheiro dado
pelos mais velhos — relata a especialista
em marketing enológico.
Sobre a Befana, Mirella confessa
ter dificuldade para entender
essa tradição com a qual seu
marido italiano foi criado. Para
ela, a imagem da “bruxinha” é o
oposto do Papai Noel.
— Meu marido diz que cresceu
ouvindo que essa velha iria colocá-lo
dentro de um saco e levá-lo
embora se ele não se comportasse.
Para as crianças comportadas
ela traz doces, para as outras, traz
carvão ou planeja um seqüestro.
Prefiro o bom velhinho — afirma.
Mirella conta que pretende
adaptar a fábula quando tiver filhos.
Vai dizer para eles que Papai
Noel dá presentes no Natal e
Mamãe Noel, doces em janeiro.
— Nada de velha malvada
raptando meus filhos — diz, às
risadas.
Ao contrário dela, no Brasil,
Termini espera a data com ansiedade
quando a Befana visitará pela
primeira vez sua pequena Elena.
— Em termos de preservação
da cultura, acho que o povo
italiano é o pior de todos porque
não se preserva quase nada —
diz ele que tenta manter as tradições
da família.
Delirio Tour
Beppe Grillo, comico tuttofare dai risvolti
politico-sociali nato a Genova
nel 1948 si fermerà a Firenze
con il suo nuovo spettacolo dal nome “Delirio
Tour”. Nome questo uscito da un intervento
di qualche tempo fa di Grillo: “Non
abbiamo alternative alla democrazia fai da
te, all’autogoverno, alla partecipazione ad
ogni decisione che riguarda la collettività.
Appassionata
Per i grandi appassionati di cavalli e non
solo, ritorna in Italia e per la precisione
a Firenze il più grande evento equestre d’Europa.
Dal 23 al 25 gennaio presso il Mandela
Forum sarà possibile ammirare nobili cavalieri
ed eleganti destrieri impegnati in esibizioni
di equitazione classica come anche di
effetti speciali che stimoleranno la curiosità
degli spettatori. I biglietti partono da 20,00
euro fino ad arrivare agli 80,00 per i tavoli
gold collocati a bordo pista dove è previsto
un buffet. Informazioni: www.bitconcerti.it
Si deve uscire dal delirio e rientrare nella
realtà”. Sarà un’unica tappa, il 30 gennaio,
in cui lo showman darà spazio ai temi a lui
più cari: dai dipendenti dei cittadini, ossia
i parlamentari, alle politiche economiche
italiane, dalla rinascita dell’idea nucleare
italiana, fino al grande debito pubblico del
Bel Paese. Biglietti: 18-27 euro. www.mandelaforum.it
Sei personaggi
in cerca d’autore
Torna sul prestigioso palcoscenico del Teatro
“La Pergola” di Firenze la stagione invernale
dedicata a Luigi Pirandello. Dal 27 gennaio
al 1° febbraio la Compagnia del Teatro Carcano
presenterà l’opera dal titolo “Sei personaggi in
cerca d’autore”. Un classico del teatro italiano
esploso negli anni Venti e da allora punto di
riferimento per chi si è voluto cimentare nell’arte
teatrale.Tra gli attori Giulio Bosetti, Antonio
Salines e Silvia Ferretti. Info: www.pergola.firenze.it.
Prezzi da 14,50 a 29,00 euro.
Firenze
Giordano Iapalucci
1988: Vent’anni prima,
vent’anni dopo
Inaugurata presso le sale espositive del
Centro per l’Arte Contemporanea di Prato
“Luigi Pecci”, la mostra “1988: Vent’anni prima,
vent’anni dopo” curata da Marco Bazzini
si concluderà il 15 febbraio. La rassegna
propone un viaggio attraverso quarant’anni di
arte italiana alla ricerca di testimoniare i diversi
periodi e fasi legati al mondo artistico e
creativo in una diretta e continua dialettica.
Saranno presenti opere di Michelangelo Pistoletto,
Andrea Salvino, Michele Dantini e molti
altri. Ingresso 5 euro. Aperto tutti i giorni
(martedì chiuso) dalle 10.00 alle 19.00. Info
www.centropecci.it
Faces
In una mostra del tutto innovativa per
ciò che riguarda lo scenario italiano,
a Lucca viene proposta una mostra dove
verrà ripercorsa la storia della fotografia
del ritratto durante il XX° secolo. Si
tratterà di circa 150 opere di 17 diversi
artisti, da Ugo Mulas a Andy Warhol, da
Arnold Newman fino a Adam Broomberg
& Oliver Chanarin. Opere che provengono
per lo più da fondazioni e musei privati
come il Museum o Modern Art di New
York, la Maison Européenne de la Photographie
di Parigi e molti altri. Evento visitabile
fino al 31 gennaio presso la Fondazione
Centro Studi sull’Arte Ragghianti
a Lucca. Entrata euro 7, interi, e 5, ridotti,
dalle 10.00 alle 19.30.
56 C o m u n i t à I t a l i a n a / De z e m b r o 2008
D e z e m b r o 2008 / Co m u n i t à I t a l i a n a 57