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luzcâmeraação
Meu Mundo em Perigo, de José Eduardo Belmonte, é o único concorrente de Brasília
Quarentão em
Festival de Brasília revisita sua própria história e adota tom
POR CRISTIANO TORRES
Quatro décadas de luta não cansaram
o velho de guerra Festival de Brasília
do Cinema Brasileiro. Mais importante
evento do gênero no país, é o único a
apresentar um número restrito de filmes
– apenas seis longas e 12 curtas – para
que possam ser discutidos de forma
aprofundada em debates abertos ao
público. Nada mais coerente, já que a
proposta é sempre estimular o debate
e a formação de espectadores críticos
diante da Sétima Arte.
Além de discutir um pouco de sua
história, este ano o festival ganha um
tom mais intimista. Os filmes selecionados
têm um perfil mais pessoal e menos
político, característica que marcava o
festival desde sua primeira edição, em
1965, durante a ditadura militar. “Escolhemos
algumas obras-primas que saem
do viés político. As pessoas devem discutir
mais cinema, mais roteiro, em obras
com características mais pessoais, subjetivas”,
explica Fernando Adolfo, organizador
do festival desde 1965 e integrante
da comissão julgadora.
Seis longas inéditos no Brasil serão
a principal atração em 2007: Amigos de
risco, de Daniel Bandeira (PE), Anabazys,
de Paloma Rocha e Joel Pizzini (RJ), Chega
de saudade, de Laís Bodanzky (SP),
Cleópatra, de Júlio Bressane (RJ), Falsa
loura, de Carlos Reichenbach (SP), e
Meu mundo em perigo, de José Eduardo
Belmonte (DF). Deles, apenas dois –
Cleópatra e Anabasys – já foram vistos,
mas apenas no Festival de Veneza, em
setembro.
Paulo Emilio Salles Gomes, crítico
e fundador do festival, já falecido, será
homenageado com um seminário. Também
será lançado um livro sobre os 40
anos do festival. Essa feição comemorativa
se estende às cerimônias de abertura
e fechamento, com exibição de filmes
de outras edições: os raros Proezas do Sa-
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