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águanaboca<br />
Consulado<br />
gaúcho<br />
A proximidade com a Esplanada dos Ministérios<br />
garante clientela vip à mais nova galeteria da cidade<br />
POR LÚCIA LEÃO<br />
FOTOS RODRIGO OLIVEIRA<br />
Poucos, entre os muitos restaurantes<br />
inaugurados nos últimos tempos em<br />
Brasília, tiveram ascensão tão rápida à<br />
condição de referência em cozinha regional<br />
e, ato contínuo, de ponto de encontro<br />
de forasteiros que por dever de<br />
ofício vivem parte dos seus dias na capital<br />
federal. Pois foi o que aconteceu com<br />
a Galeteria Beira Lago. Menos de um<br />
mês da casa aberta, o aroma do galeto<br />
na brasa com polenta frita invadiu a Esplanada<br />
dos Ministérios e, como aquela<br />
fumacinha hipnótica dos desenhos animados,<br />
atraiu vários escalões dos três<br />
poderes para almoços que às vezes mais<br />
parecem reuniões das bancadas do Rio<br />
Grande do Sul na Câmara e no Senado.<br />
“É muito bom e está bem perto do<br />
Congresso. Em cinco minutos a gente<br />
está aqui”, atesta o deputado gaúcho<br />
Beto Albuquerque, que, como o ministro<br />
da Agricultura, o<br />
paranaense Reynold<br />
Stephanes, já se tornou<br />
freguês. Deputados, senadores, ministros<br />
do Executivo e dos tribunais superiores,<br />
todos vizinhos do Setor de<br />
Clubes Sul, estão entre os clientes que<br />
garantem, diariamente, a ocupação de<br />
boa parte das mesas da Galeteria Beira<br />
Lago. Mas é o típico caso daquele ditado:<br />
“Atirou no que viu, acertou no que<br />
não viu”.<br />
POR INCRÍVEL QUE PAREÇA, NÃO ERA<br />
essa a clientela que estava na mira dos<br />
empresários Marcos Gaiola e João<br />
Miranda quando resolveram fechar o<br />
restaurante Cabana da Árvore, de culinária<br />
goiano-mineira, e abrir o novo e<br />
pretensioso empreendimento em seu<br />
lugar. Ou não é pretensioso, num<br />
mercado gastronômico<br />
cada dia<br />
mais competitivo<br />
como o de Brasília,<br />
abrir um restaurante de 1.500 m 2 e<br />
capacidade para 400 clientes<br />
“Queríamos um lugar para reunir<br />
famílias, um segmento no qual Brasília,<br />
apesar do enorme crescimento do setor<br />
gastronômico, ainda é carente. E não há<br />
nada com mais vocação para isso do que<br />
uma galeteria”, garante Marcos Gaiola,<br />
respondendo à pergunta inevitável sobre<br />
como a parceria de um goiano (ele<br />
próprio) com um paulista (o sócio Miranda)<br />
resultou num restaurante típico<br />
das colônias italianas do sul do país,<br />
com as quais nenhum dos dois tem a<br />
menor relação.<br />
“Nós andamos muito, especialmente<br />
por Porto Alegre, para conhecer o negócio<br />
e montar nossa equipe. A senhora,<br />
que é da terra, sabe: o que a gente serve<br />
aqui, lá tem em qualquer lugar”, explicou-se,<br />
desta vez, João Miranda, a uma<br />
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