Ledur - Relatorio GV Pesquisa.pdf
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relativas a processos. Malhotra e Sharma (2002) listaram as decisões chave que são dependentes<br />
da integração interfuncional entre estas duas áreas. Entre estas pode-se destacar: desenvolvimento<br />
de produto, previsões no médio prazo, gestão da demanda na cadeia de suprimentos e integração<br />
operacional. Todos estes aspectos são chave para a gestão de produtos de marca própria.<br />
O’Leary-Kelly e Flores (2002) mostraram que para empresas que buscam uma estratégia de<br />
qualidade superior, o aumento da integração entre operações e marketing no processo de<br />
desenvolvimento de novos produtos melhora o desempenho final. Também, Hausman,<br />
Montgomery e Roth (2002) mostraram que a integração entre as duas áreas melhora o<br />
desempenho final da empresa. No contexto de produtos de marca própria, pode-se trazer esta<br />
discussão para as questões de desempenho que envolvam os critérios competitivos usuais, ou<br />
seja, como a informação vinda do cliente pode melhorar o desempenho em relação a questões<br />
como qualidade, custo e inovação no produto de marca própria.<br />
3 Hipóteses do estudo quantitativo com o consumidor final<br />
Um dos construtos mais amplos associados à decisão do consumidor em optar pela marca própria<br />
é o risco desta decisão (RICHARDSON, JAIN, DICK, 1996; NARASIMHAN, WILCOX, 1998;<br />
BATRA; SINHA, 2000). Narasimhan e Wilcox (1998) ao discutir assimetria de preferência por<br />
marcas afirmam que além da percepção de qualidade diferenciada e da imagem de marca<br />
construída pelos investimentos em marketing pelos fabricantes, o risco percebido afeta a<br />
preferência do consumidor. O risco pode ser decomposto em vários construtos que podem ser<br />
analisados independentemente como desenvolvido principalmente por Batra e Sinha (2000). O<br />
primeiro destes construtos se refere à probabilidade de errar, ou seja, a freqüência com que a<br />
decisão de comprar a marca própria pode ser a opção errada para o consumidor. Este construto<br />
foi operacionalizado como o grau de variabilidade de qualidade percebido na categoria de<br />
produtos em questão (VQ), seguindo Batra e Sinha (2000) que encontraram uma relação negativa<br />
entre esta variabilidade e a propensão de compra de MP. Raju, Sethuraman e Dhar (1995)<br />
investigaram o efeito na marca própria de um conjunto de variáveis e concluíram que a marca<br />
própria se saem melhor em categorias onde a qualidade de produto é alta e que a variabilidade de<br />
qualidade é baixa. Assim, para categorias onde o consumidor percebe uma ampla faixa de<br />
variação de qualidade entre as alternativas, ele sentir-se-ia numa posição de maior risco em<br />
escolher a marca própria, já que ela poderia ter uma qualidade sensivelmente inferior. A hipótese<br />
formulada foi: