A Formação de Jogadoras de Andebol na Associação de ... - DigitUMa
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Conforme refere Miguel Roca (1986), o primeiro momento caracteriza-se pela<br />
passagem do An<strong>de</strong>bol do exterior para os recintos cobertos. Esta passagem levou a uma<br />
adaptação dos sistemas <strong>de</strong>fensivos adoptados no campo <strong>de</strong> 11, que privilegiavam a <strong>de</strong>fesa em<br />
todo o campo, como no Futebol, com <strong>de</strong>fesas, médios e atacantes. Esta <strong>de</strong>fesa, no An<strong>de</strong>bol <strong>de</strong><br />
sete revelou-se pouco eficaz pelas adaptações do ataque ao tipo <strong>de</strong> jogo no pavilhão. A<br />
utilização do drible foi uma das principais dificulda<strong>de</strong>s da <strong>de</strong>fesa, que então recuou para um<br />
sistema 3:3, inicialmente adoptado pelos suecos. Esta <strong>de</strong>fesa revelou-se eficaz numa primeira<br />
fase, até haver uma evolução do ataque que se adaptou e criou mecanismos para ultrapassa-la.<br />
O aparecimento <strong>de</strong> meios tácticos como os bloqueios e as entradas, reforçaram a necessida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> nova adaptação da <strong>de</strong>fesa. A solução passou por recuar ainda mais a <strong>de</strong>fesa, surgindo o 5:1<br />
sueco, a que se seguiu a escola rome<strong>na</strong>, com um dispositivo táctico <strong>de</strong>nomi<strong>na</strong>do 6:0.<br />
A partir <strong>de</strong>ste momento, a envergadura vai ganhando índices <strong>de</strong> importância elevados,<br />
chegando ao auge da utilização <strong>de</strong>sta característica física no anos 76/80. O mesmo autor refere<br />
que até ao ano <strong>de</strong> 1976, a única modificação dig<strong>na</strong> <strong>de</strong> registo, foi a introdução <strong>de</strong> um novo<br />
sistema <strong>de</strong>fensivo, o 3:2:1, que apareceu por parte <strong>de</strong> um trei<strong>na</strong>dor jugoslavo, Vlado Stenzel,<br />
que apareceu timidamente nos Jogos Olímpicos <strong>de</strong> Munique em1972 (Miguel Roca, 1986).<br />
A partir daqui passou-se a uma maior individualização <strong>de</strong>fensiva, que levaram a que os<br />
sistemas <strong>de</strong>fensivos se tor<strong>na</strong>ssem mais ágeis e com maior profundida<strong>de</strong>, tor<strong>na</strong>ndo o jogo mais<br />
rápido, menos estático e mais espectacular (Miguel Roca, 1986).<br />
2.2. Caracterização do An<strong>de</strong>bol<br />
Numa <strong>de</strong>finição actual, Cruz (2007) caracteriza o jogo <strong>de</strong> An<strong>de</strong>bol como sendo um<br />
jogo <strong>de</strong>sportivo colectivo <strong>de</strong> oposição/colaboração jogado quase em exclusivo com as mãos,<br />
em espaços partilhado por duas equipas com situações <strong>de</strong> carácter intenso, <strong>de</strong>termi<strong>na</strong>das pela<br />
colaboração com os companheiros <strong>de</strong> equipa e em luta com os adversários, on<strong>de</strong> a existência<br />
<strong>de</strong> contacto físico está bem presente <strong>na</strong> disputa complexa <strong>de</strong> movimentos, com e sem bola,<br />
executado sob condições variáveis em espaço reduzido.<br />
Por sua vez, no seu estudo, Moreira (2001) afirma que o An<strong>de</strong>bol proporcio<strong>na</strong> aos seus<br />
jogadores situações ricas, em que as condições se alteram permanentemente pelo facto do<br />
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