A Formação de Jogadoras de Andebol na Associação de ... - DigitUMa
A Formação de Jogadoras de Andebol na Associação de ... - DigitUMa
A Formação de Jogadoras de Andebol na Associação de ... - DigitUMa
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
Segundo Aagaard (2007), uma boa <strong>de</strong>fesa e um bom guarda-re<strong>de</strong>s, são condições<br />
fundamentais para ser bem sucedido no contra-ataque. A autora referiu a Noruega, a selecção<br />
campeã da competição estudada, como sendo a equipa que menos golos consentiu por jogo.<br />
Ainda em relação às <strong>de</strong>fesas, foi constatado que quase todas as equipas apresentavam um<br />
sistema <strong>de</strong>fensivo preferencial, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente do adversário. Essa preferência recaía no<br />
6:0 <strong>na</strong>s doze equipas primeiras classificadas do Campeo<strong>na</strong>to. Destaca ainda a autora, a<br />
alternância dos sistemas <strong>de</strong>fensivos adoptados pela Alemanha, referindo que esta selecção foi a<br />
que mais vezes o fez. Um aspecto importante observado e relatado, refere-se às <strong>de</strong>fesas muito<br />
activas e com um <strong>de</strong>sejo sempre presente <strong>de</strong> conquistar a posse <strong>de</strong> bola. A análise termi<strong>na</strong> com<br />
a ênfase dada pela autora <strong>de</strong> que uma <strong>de</strong>fesa “ofensiva” é muito mais importante que uma<br />
<strong>de</strong>fesa “passiva”.<br />
Hergeirsson (2008), ao a<strong>na</strong>lisar o Campeo<strong>na</strong>to da Europa <strong>de</strong> 2008, refere que a equipa<br />
campeã (Di<strong>na</strong>marca), teve a melhor <strong>de</strong>fesa do campeo<strong>na</strong>to e utilizou um 6:0 muito activo e<br />
dinâmico, que promoveu a utilização do contra-ataque e a concretização <strong>de</strong> golos em situações<br />
vantajosas. Afirma ainda que os Guarda-re<strong>de</strong>s subiram os seus níveis <strong>de</strong> eficácia perante os<br />
campeo<strong>na</strong>tos anteriores.<br />
Tuma (2008) refere, <strong>na</strong> análise do Campeo<strong>na</strong>to da Europa <strong>de</strong> sub18, no qual observou<br />
muitas semelhanças com o Campeo<strong>na</strong>to da Europa <strong>de</strong> Seniores, que as <strong>de</strong>fesas apresentaram<br />
uma habilida<strong>de</strong> para resolver as situações <strong>de</strong> 1x1 e que as <strong>de</strong>fesas preferenciais adoptadas<br />
foram o 5:1 e o 6:0. Segundo o autor, o sistema <strong>de</strong>fensivo 3:2:1 foi a terceira <strong>de</strong>fesa mais<br />
utilizada, <strong>de</strong>fesa esta que foi utilizada pelos vencedores da prova. Segundo o autor, os contraataques<br />
perfizeram 20% dos golos marcados no campeo<strong>na</strong>to.<br />
A utilização preferencial do 6:0, também é referida <strong>na</strong> análise ao VII Campeo<strong>na</strong>to da<br />
Europa <strong>de</strong> femininos. Das doze equipas melhores classificadas, <strong>de</strong>z recorreram<br />
preferencialmente a esse sistema <strong>de</strong>fensivo e só duas a sistemas mais profundos (3:2:1 e 3:3).<br />
De notar que todas as equipas abordam mais do que um sistema <strong>de</strong>fensivo. Aagaard (2007)<br />
refere também uma utilização acentuada dos contra-ataques, relativamente ao campeo<strong>na</strong>to<br />
anterior.<br />
A investigação científica no âmbito do An<strong>de</strong>bol é relativamente recente em Portugal,<br />
tendo-se verificado uma evolução significativa com o <strong>de</strong>senvolvimento dos cursos superiores<br />
universitários, <strong>na</strong> área do Desporto.<br />
24