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o controle de materiais através do sistema informatizado ... - Feevale

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CENTRO UNIVERSITÁRIO FEEVALE<br />

ADALBERTO BORGES<br />

O CONTROLE DE MATERIAIS ATRAVÉS DO SISTEMA<br />

INFORMATIZADO EM UMA INDÚSTRIA FARMACÊUTICA<br />

Novo Hamburgo<br />

2009


ADALBERTO BORGES<br />

O CONTROLE DE MATERIAIS ATRAVÉS DO SISTEMA<br />

INFORMATIZADO EM UMA INDÚSTRIA FARMACÊUTICA<br />

Trabalho <strong>de</strong> conclusão <strong>de</strong> curso<br />

apresenta<strong>do</strong> como requisito parcial à<br />

obtenção <strong>do</strong> grau <strong>de</strong> Bacharel em<br />

Administração <strong>de</strong> empresas pelo Centro<br />

Universitário <strong>Feevale</strong><br />

Professor Orienta<strong>do</strong>r: Carlos Henrique Schwartzhaupt<br />

Novo Hamburgo<br />

2009


ADALBERTO BORGES<br />

Trabalho <strong>de</strong> Conclusão <strong>do</strong> Curso <strong>de</strong> Administração – Habilitação<br />

Administração <strong>de</strong> Empresas, com título O CONTROLE DE MATERIAIS ATRAVÉS<br />

DO SISTEMA INFORMATIZADO EM UMA INDÚSTRIA FARMACÊUTICA,<br />

submetida ao corpo <strong>do</strong>cente <strong>do</strong> Centro Universitário <strong>Feevale</strong>, como requisito<br />

necessário para a obtenção <strong>do</strong> grau <strong>de</strong> Bacharel em Administração <strong>de</strong> Empresas.<br />

Aprova<strong>do</strong> por:<br />

__________________________<br />

Profº Ms.Carlos Henrique Schwartzhaupt<br />

__________________________<br />

Professor (Banca Examina<strong>do</strong>ra)<br />

__________________________<br />

Professor (Banca Examina<strong>do</strong>ra)<br />

Novo Hamburgo, Junho <strong>de</strong> 2009.


AGRADECIMENTOS<br />

Agra<strong>de</strong>ço a Deus, por estar sempre<br />

presente em minha vida. A minha esposa que me<br />

<strong>de</strong>u apoio incondicional enten<strong>de</strong>n<strong>do</strong> minhas<br />

ausências por estes anos, pela oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

concluir mais esta etapa <strong>de</strong> minha vida que<br />

também se esten<strong>de</strong> também para minhas filhas.<br />

Também agra<strong>de</strong>ço aos professores que<br />

estiveram este tempo repassan<strong>do</strong> conhecimentos<br />

preciosos, pelas disposições em estarem nos<br />

finais <strong>de</strong> semana <strong>de</strong> bom gosto dispensan<strong>do</strong><br />

também <strong>do</strong> convívio com seus entes queri<strong>do</strong>s em<br />

especial ao professor Carlos Henrique<br />

Schwartzhaupt, que muito colaborou para a<br />

realização <strong>de</strong>ste trabalho. Esten<strong>do</strong> também o<br />

agra<strong>de</strong>cimento aos colegas que se tornaram<br />

amigos e por muitas vezes me auxiliaram a<br />

realizar vários trabalhos.<br />

Agra<strong>de</strong>ço a meus pais que sempre me<br />

incentivaram crescer em conhecimento na busca<br />

<strong>do</strong> bem estar pessoal, profissional e familiar. A<br />

empresa Multilab pela confiança em disponibilizar<br />

o conteú<strong>do</strong> para que fosse possível a realização<br />

<strong>de</strong>ste trabalho. Tenho muito a agra<strong>de</strong>cer a<br />

<strong>Feevale</strong> pela oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> estar nestes anos<br />

<strong>de</strong>sfrutan<strong>do</strong> <strong>de</strong> condições favoráveis para o<br />

exercício <strong>do</strong> aprendiza<strong>do</strong> acadêmico.


RESUMO<br />

Este trabalho aborda a importância <strong>de</strong> ter um <strong>sistema</strong> informatiza<strong>do</strong> para um<br />

<strong>controle</strong> eficiente <strong>do</strong>s estoques <strong>de</strong> <strong>materiais</strong>, e ser um fiel alia<strong>do</strong> ao gestor no<br />

processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão na administração <strong>de</strong> <strong>materiais</strong>. Percebeu-se que a informação,<br />

aliada a recursos da tecnologia aten<strong>de</strong> aos preceitos operacionais e gerenciais das<br />

organizações. A forma como da<strong>do</strong>s são processa<strong>do</strong>s até ser gerada a informação é<br />

<strong>de</strong> suma importância para que a <strong>de</strong>cisão seja tomada corretamente <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong><br />

ambiente inseri<strong>do</strong>. Também tem como objetivo conceituar o que é o <strong>sistema</strong> <strong>de</strong><br />

informação e a administração <strong>de</strong> <strong>materiais</strong>, mostran<strong>do</strong> suas importâncias e<br />

benefícios para as empresas que implantam corretamente um <strong>sistema</strong> informatiza<strong>do</strong><br />

<strong>de</strong> gestão para <strong>controle</strong> <strong>de</strong> <strong>materiais</strong> como diferencial e como ferramenta<br />

fundamental no processo <strong>de</strong>cisório da administração operacional. Para um melhor<br />

entendimento, apresenta-se o estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> caso em uma indústria farmacêutica.<br />

Palavras-Chave: Sistema. Informação. Materiais. Controle.


ABSTRACT<br />

This work approaches the importance of having a computer data system in or<strong>de</strong>r to<br />

have an efficient control of the supplies of materials and to be a faithful office ally to<br />

the manager in the process of <strong>de</strong>cision in the materials management. It has been<br />

perceived that information, allied to technological resources, takes care of the<br />

operational and managerial rules of the organizations. The form that the data is<br />

processed is of utmost importance. It allows information to be generated so that the<br />

<strong>de</strong>cision is taken correctly, according to its environment. Also this work has aims to<br />

appraise the system of information as well as the materials management. It shows<br />

how important it is and the benefits for the companies that implant a Management<br />

Information System. Also highlights the importance of correctly controlling of<br />

Materials as a distinguished and basic tool for <strong>de</strong>cision process in operations. For a<br />

better un<strong>de</strong>rstanding, this term paper presents a case study of a pharmaceutical<br />

company.<br />

Word-Key: System. Information. Materials.Control.


ÍNDICE DE FIGURAS<br />

FIGURA 1 - OS COMPONENTES DE UM SISTEMA DE INFORMAÇÃO ......................................16<br />

FIGURA 2 – ESTRUTURA DE PROCESSOS E SIG ..............................................................19<br />

FIGURA 3 - FUNÇÕES ADMINISTRATIVAS.........................................................................21<br />

FIGURA 4 - ESTRUTURA DO PCP...................................................................................24<br />

FIGURA 5 - O CONTROLE DOS ESTOQUES COMO ELO NA CADEIA DE SUPRIMENTOS.............27<br />

FIGURA 6 - ATUALIZAÇÃO DOS ESTOQUES DO MÊS ..........................................................40<br />

FIGURA 7 - CRIAÇÃO BASE DADOS PARA O PLANO MESTRE PRODUÇÃO............................41<br />

FIGURA 8 - SOFTWARE DE MRP....................................................................................42<br />

FIGURA 9 - NECESSIDADES DE MATERIAIS VIA SISTEMA....................................................43<br />

FIGURA 10 - QUANTIDADES POR LOTE (INSUMOS AEST) .................................................45<br />

FIGURA 11 - PROPRIEDADES DO ITEM EMB0656............................................................46<br />

FIGURA 12 - SUGESTÃO DE COMPRA DE MATERIAL..........................................................47


ÍNDICE DE QUADROS<br />

QUADRO 1 - RECURSOS E PRODUTOS DOS SISTEMAS DE INFORMAÇÕES...........................15<br />

QUADRO 2 - MISSÃO, VISÃO, VALORES DA EMPRESA ......................................................37<br />

QUADRO 3 - ANÁLISE DOS RESULTADOS.........................................................................50


ÍNDICE DE GRÁFICOS<br />

GRÁFICO 1 - NÍVEL DE PRODUTO REPROVADO ................................................................49


SUMÁRIO<br />

INTRODUÇÃO ..........................................................................................................12<br />

1 SISTEMA DE INFORMAÇÕES..............................................................................15<br />

1.1 CONCEITOS DE SISTEMA DE INFORMAÇÕES ......................................16<br />

1.1.1 Da<strong>do</strong>s <strong>de</strong> um <strong>sistema</strong>..............................................................................18<br />

1.2 CONCEITOS DE SIG – SISTEMA DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS..........18<br />

1.2.1 A Estrutura <strong>do</strong> SIG ..................................................................................20<br />

2 A INFORMAÇÃO NA ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS ...................................21<br />

2.1 PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO .......................................22<br />

2.1.1 Estrutura <strong>do</strong> PCP.....................................................................................23<br />

2.1.2 Plano mestre <strong>de</strong> produção – PMP (MPS)...............................................24<br />

2.1.3 Planejamento das necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>materiais</strong> – MRP..........................26<br />

2.1.4 Controle e armazenagem <strong>do</strong>s <strong>materiais</strong>................................................26<br />

3 METODOLOGIA ....................................................................................................29<br />

3.1 DELINEAMENTO DA PESQUISA...................................................................29<br />

3.1.1 Quanto aos objetivos..............................................................................30<br />

3.1.2 Quanto aos procedimentos ....................................................................31<br />

3.1.3 Quanto à abordagem <strong>do</strong> problema ........................................................32<br />

3.1.3.1 População e amostra ..........................................................................32<br />

3.1.3.2 Coletas <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s................................................................................33<br />

3.1.3.3 Análises <strong>do</strong>s Da<strong>do</strong>s ............................................................................34<br />

4 ESTUDO DE CASO ...............................................................................................36<br />

4.1 HISTÓRICO DA EMPRESA ............................................................................36<br />

4.2 SISTEMAS INFORMATIZADOS UTILIZADOS PARA CONTROLE DOS<br />

MATERIAIS NA MULTILAB..................................................................................38<br />

4.2.1 A administração <strong>do</strong>s <strong>materiais</strong> <strong>através</strong> <strong>do</strong>s <strong>sistema</strong>s vigentes..........39<br />

4.2.2 Limitações <strong>do</strong>s <strong>sistema</strong>s atuais.............................................................44


11<br />

4.3 EVIDÊNCIAS DO ESTUDO DE CASO............................................................50<br />

CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................................51<br />

REFERÊNCIAS.........................................................................................................53<br />

APÊNDICES..............................................................................................................57<br />

APÊNDICE – A: AUTORIZAÇÃO PARA USO DOS DADOS DA EMPRESA..........58<br />

APÊNDICE – B: VISTA AÉREA DA EMPRESA MULTILAB ...................................60


INTRODUÇÃO<br />

O presente trabalho trata sobre o uso <strong>do</strong> <strong>sistema</strong> informatiza<strong>do</strong> na área <strong>de</strong><br />

<strong>materiais</strong> em uma indústria farmacêutica. Em virtu<strong>de</strong> da competitivida<strong>de</strong> <strong>de</strong> hoje se faz<br />

necessário tomar <strong>de</strong>cisões no momento certo, para ter uma melhor disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

produtos e clientes satisfeitos, conforme evi<strong>de</strong>ncia<strong>do</strong> por Ballou (2006, p.26) “Um<br />

produto ou serviço tem pouco valor se não estiver disponível aos clientes no tempo e no<br />

lugar em que eles <strong>de</strong>sejam consumi-lo”.<br />

Uma vez necessário ter um <strong>controle</strong> eficiente buscou-se i<strong>de</strong>ntificá-lo <strong>através</strong> <strong>de</strong><br />

um estu<strong>do</strong> <strong>do</strong> <strong>sistema</strong>, por isso se faz necessário ter um <strong>controle</strong> <strong>de</strong> informações<br />

eficiente, segun<strong>do</strong> isso, S. Morris et al. (1998, p.83) afirmam que:<br />

Um avanço importante <strong>de</strong>ssa perfectiva é a abordagem da mo<strong>de</strong>lagem <strong>do</strong>s<br />

fluxos <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s da organização. As organizações <strong>de</strong>veriam mapear que tipos<br />

<strong>de</strong> informação são necessários para quem e, então projetar <strong>sistema</strong>s <strong>de</strong><br />

informação que segurem que a informação atinja as pessoas da maneira mais<br />

eficiente possível.<br />

Partin<strong>do</strong> <strong>de</strong>stas concepções dadas à relevância <strong>do</strong> tema aborda<strong>do</strong>, buscou-se<br />

respon<strong>de</strong>r: “Como um <strong>sistema</strong> informatiza<strong>do</strong> a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong> po<strong>de</strong> ajudar uma indústria<br />

farmacêutica no <strong>controle</strong> <strong>do</strong>s <strong>materiais</strong>?”.<br />

O objetivo geral <strong>do</strong> trabalho propõe estudar o uso <strong>do</strong> <strong>sistema</strong> <strong>de</strong> informações no<br />

<strong>controle</strong> <strong>do</strong>s <strong>materiais</strong> em uma indústria farmacêutica. Quan<strong>do</strong> se opta por ter um<br />

<strong>sistema</strong> <strong>de</strong> informação projeta-se tomar <strong>de</strong>cisões, isto é evi<strong>de</strong>ncia<strong>do</strong> por Oliveira (1999,<br />

p.29) que afirma: “[...] A informação é o produto da análise <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s existentes na<br />

empresa, <strong>de</strong>vidamente registra<strong>do</strong>s, classifica<strong>do</strong>s, organiza<strong>do</strong>s e relaciona<strong>do</strong>s e<br />

interpreta<strong>do</strong>s [...] para transmitir conhecimento e permitir a tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão<br />

otimizada”.<br />

Para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong> trabalho, o objetivo principal foi <strong>de</strong>smembra<strong>do</strong> nos<br />

seguintes objetivos específicos:<br />

<br />

I<strong>de</strong>ntificar a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ter um <strong>sistema</strong> <strong>de</strong> informação para o <strong>controle</strong><br />

<strong>de</strong> <strong>materiais</strong>;


13<br />

Analisar as dificulda<strong>de</strong>s existentes no <strong>sistema</strong> da organização estudada no<br />

<strong>controle</strong> das informações sobre os <strong>materiais</strong>;<br />

I<strong>de</strong>ntificar possíveis melhorias para o <strong>controle</strong> <strong>de</strong> <strong>materiais</strong> em uma indústria<br />

farmacêutica.<br />

Para respon<strong>de</strong>r o problema levantou uma hipótese: Conforme Freitas e<br />

Prodanov, (2009, p. 99). “Hipótese <strong>de</strong> um trabalho científico é uma suposição que<br />

fazemos na tentativa <strong>de</strong> explicar o que <strong>de</strong>sconhecemos e o que preten<strong>de</strong>mos<br />

<strong>de</strong>monstrar [...]”.<br />

Com os elementos que nortearão possíveis respostas ao problema <strong>de</strong>ste<br />

estu<strong>do</strong> formulou-se a seguinte hipótese:<br />

A existência <strong>de</strong> uma divergência <strong>de</strong> informações nos estoques <strong>de</strong> <strong>materiais</strong><br />

por intermédio <strong>de</strong> uma análise <strong>do</strong> <strong>controle</strong> <strong>de</strong> <strong>materiais</strong> no <strong>sistema</strong> informatiza<strong>do</strong><br />

da empresa, que po<strong>de</strong>rá afetar a produção da empresa.<br />

Para a contextualização e <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>ste trabalho também foram<br />

obtidas informações por meio <strong>de</strong> uma abordagem aplicada, qualitativa explicativa em<br />

uma indústria farmacêutica gaúcha, a Multilab Indústria e Comércio <strong>de</strong> Produtos<br />

Farmacêuticos Ltda, localizada em São Jerônimo (RS), na qual foi realiza<strong>do</strong> um estu<strong>do</strong><br />

<strong>de</strong> caso durante o primeiro semestre <strong>de</strong> 2009, a pesquisa se <strong>de</strong>u <strong>através</strong> da análise<br />

referente à amostra <strong>de</strong> um item que faz parte da população <strong>do</strong>s <strong>materiais</strong> utiliza<strong>do</strong>s<br />

para a produção <strong>de</strong> medicamentos. Essa análise serviu <strong>de</strong> base para as principais<br />

conclusões <strong>de</strong>ste estu<strong>do</strong>.<br />

O presente trabalho ficou estrutura<strong>do</strong> em 4 capítulos, distribuí<strong>do</strong>s para facilitar<br />

seu entendimento. No primeiro capítulo é apresenta<strong>do</strong> o referencial teórico sobre o qual<br />

o trabalho foi embasa<strong>do</strong>, apresentam-se as teorias sobre Sistema <strong>de</strong> Informação, bem<br />

como os processos <strong>de</strong> <strong>controle</strong>s internos informatiza<strong>do</strong>s utiliza<strong>do</strong>s na empresa para o<br />

<strong>controle</strong> <strong>de</strong> <strong>materiais</strong>, e os procedimentos <strong>do</strong>s Sistemas <strong>de</strong> informação. No segun<strong>do</strong><br />

capítulo segue-se o referencial teórico sobre: o planejamento da produção, a<br />

necessida<strong>de</strong> e <strong>controle</strong> <strong>do</strong>s <strong>materiais</strong> para um bom gerenciamento <strong>de</strong> seus estoques e<br />

posterior utilização no processo produtivo.<br />

No terceiro capítulo é apresentada a meto<strong>do</strong>logia utilizada no trabalho, a partir<br />

<strong>do</strong>s conceitos teóricos utiliza<strong>do</strong>s, e o <strong>de</strong>lineamento da pesquisa sua aplicação para a


14<br />

realização nesse trabalho. No quarto capítulo, é então apresenta<strong>do</strong> o Estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> Caso<br />

na indústria farmacêutica já citada, e as aplicações <strong>do</strong> <strong>controle</strong> <strong>de</strong> <strong>materiais</strong> <strong>através</strong> <strong>de</strong><br />

seu <strong>sistema</strong> informatiza<strong>do</strong>.<br />

Por fim encerra-se com as consi<strong>de</strong>rações finais, bem como o resgate <strong>do</strong>s<br />

objetivos traça<strong>do</strong>s. Espera-se que o estu<strong>do</strong> proposto possa contribuir para novas visões<br />

e entendimentos sobre o tema, colaboran<strong>do</strong> para atingir melhores <strong>controle</strong>s <strong>através</strong> da<br />

compreensão em se estabelecer da<strong>do</strong>s precisos <strong>de</strong> estoques <strong>de</strong> <strong>materiais</strong> em um<br />

<strong>sistema</strong> informatiza<strong>do</strong>.


1 SISTEMA DE INFORMAÇÕES.<br />

Nesse capitulo trata-se primeiramente sobre a conceituação sobre os Sistemas<br />

<strong>de</strong> Informações, <strong>de</strong>pois foram levanta<strong>do</strong>s os conceitos sobre os da<strong>do</strong>s <strong>de</strong> um <strong>sistema</strong> ,<br />

e em seguida a sua importância para a tomar <strong>de</strong>cisões (SIG), e também on<strong>de</strong> é<br />

possível a aplicação <strong>de</strong> um <strong>sistema</strong> informatiza<strong>do</strong> <strong>de</strong> gestão. Serão utiliza<strong>do</strong>s os<br />

embasamentos teóricos <strong>de</strong> diversos autores, utilizan<strong>do</strong> livros, artigos e outros.<br />

Para se abordar os <strong>sistema</strong>s, se <strong>de</strong>vem notar que os mesmos <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m <strong>de</strong><br />

uma série <strong>de</strong> recursos conforme aborda<strong>do</strong> por O’Brien (2004, p.11) e que estão<br />

<strong>de</strong>staca<strong>do</strong>s no Quadro 1:<br />

Recursos Humanos<br />

Especialistas: analistas <strong>de</strong> <strong>sistema</strong>s, programa<strong>do</strong>res, opera<strong>do</strong>res <strong>de</strong> computa<strong>do</strong>r.<br />

Usuários Finais: to<strong>do</strong>s os <strong>de</strong>mais que utilizam <strong>sistema</strong>s <strong>de</strong> informação.<br />

Recursos <strong>de</strong> Hardware<br />

Máquinas: computa<strong>do</strong>res monitores <strong>de</strong> ví<strong>de</strong>o, disco magnético, impressoras, Scaners<br />

óticos.<br />

Mídias: disquetes, fita magnética, discos óticos, cartões <strong>de</strong> plástico, formulários <strong>de</strong> papel.<br />

Recursos <strong>de</strong> Software<br />

Programas: programas <strong>de</strong> <strong>sistema</strong>s operacionais, programas <strong>de</strong> planilhas eletrônicas,<br />

programas <strong>de</strong> processamento <strong>de</strong> textos, programa <strong>de</strong> folha <strong>de</strong> pagamento.<br />

Procedimentos: procedimentos <strong>de</strong> entrada <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s, procedimentos <strong>de</strong> correção <strong>de</strong><br />

erros, procedimentos <strong>de</strong> distribuição <strong>de</strong> contracheques.<br />

Recursos <strong>de</strong> Da<strong>do</strong>s<br />

Descrição <strong>de</strong> produtos, cadastro <strong>de</strong> clientes, arquivos <strong>de</strong> funcionários, banco <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s<br />

<strong>de</strong> estoque.<br />

Recursos <strong>de</strong> Re<strong>de</strong><br />

Meio <strong>de</strong> comunicação, processa<strong>do</strong>res <strong>de</strong> comunicações, acesso a re<strong>de</strong>s a Software <strong>de</strong><br />

<strong>controle</strong>.<br />

Produtos <strong>de</strong> informação<br />

Relatórios administrativos e <strong>do</strong>cumentos empresariais utilizan<strong>do</strong> texto e <strong>de</strong>monstrativos<br />

gráficos.<br />

Quadro 1 - Recursos e produtos <strong>do</strong>s Sistemas <strong>de</strong> informações<br />

Fonte: Elabora<strong>do</strong> pelo acadêmico, com base nas premissas apresentadas por O’Brien (2004, p.11).


16<br />

1.1 CONCEITOS DE SISTEMA DE INFORMAÇÕES<br />

A teoria sobre <strong>sistema</strong>s <strong>de</strong> informações tem sofri<strong>do</strong> diversas mudanças com o<br />

<strong>de</strong>correr <strong>do</strong>s anos, uma vez em que há o surgimento <strong>de</strong> novas tecnologias que<br />

permitem o avanço das informações e as várias novas tendências para o<br />

<strong>de</strong>senvolvimento das aplicações <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s que po<strong>de</strong>m se tornar em vantagens<br />

competitivas, conforme afirma O’Brien (2004, p.20) “[...] <strong>sistema</strong>s <strong>de</strong> informação<br />

estratégicos po<strong>de</strong>m auxiliar a fornecer produtos e serviços que possibilitem a uma<br />

empresa uma vantagem comparativa sobre seus concorrentes”. A seguir segue alguns<br />

conceitos <strong>de</strong> outros autores:<br />

Conforme Oliveira (1999, p.23) <strong>sistema</strong> <strong>de</strong> informação po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>fini<strong>do</strong> como:<br />

“[...] um conjunto <strong>de</strong> partes interagentes e in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes que conjuntamente, formam<br />

um to<strong>do</strong>, com <strong>de</strong>termina<strong>do</strong> objetivo e efetuam uma <strong>de</strong>terminada função”.<br />

Ainda sobre a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> <strong>sistema</strong>s <strong>de</strong> informação po<strong>de</strong>mos <strong>de</strong>stacar que “É a<br />

disposição das partes <strong>de</strong> um to<strong>do</strong>, <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma estrutura organizada, com a<br />

finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> executar tarefas”. (CRUZ, 2007, p.55).<br />

No ainda nesse contexto, Leal apud (GIL, 1999, p.14) <strong>de</strong>fine que “os <strong>sistema</strong>s<br />

<strong>de</strong> informação compreen<strong>de</strong>m um conjunto <strong>de</strong> recursos humanos, <strong>materiais</strong>,<br />

tecnológicos e financeiros agrega<strong>do</strong>s segun<strong>do</strong> uma seqüência lógica para o<br />

processamento <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s e a correspon<strong>de</strong>nte tradução em informações”.<br />

Os <strong>sistema</strong>s passam por um processo, conforme mostrada por OLIVEIRA<br />

(1999), na Figura 1:<br />

Figura 1 - Os componentes <strong>de</strong> um <strong>sistema</strong> <strong>de</strong> informação<br />

Fonte: Oliveira (1999 p.24).


17<br />

Conforme observa<strong>do</strong>, na figura 1, os objetivos passam por um processo que é<br />

chama<strong>do</strong> realimentação, cita<strong>do</strong> por Oliveira, (1999 p.24). “Esse processa<strong>do</strong>r é a<br />

maneira pela qual os elementos componentes interagem no senti<strong>do</strong> <strong>de</strong> produzir as<br />

saídas <strong>de</strong>sejadas”. Neste processo após as saídas, os <strong>controle</strong>s e avaliações servem<br />

para verificar se as mesmas estão corretas, que é feita por meio <strong>de</strong> uma realimentação,<br />

ou seja, “[...] um processo <strong>de</strong> comunicação que reage a cada entrada <strong>de</strong> informação<br />

incorporan<strong>do</strong> resulta<strong>do</strong> da ação resposta <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ada por meio <strong>de</strong> nova informação”.<br />

(OLIVEIRA, 1999 p.24).<br />

Embora esteja inserida <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um <strong>sistema</strong> dinâmico, o <strong>sistema</strong> ainda assim<br />

precisa ter uma forma <strong>de</strong> constante mudança entre si para que atinja a sua finalida<strong>de</strong>.<br />

O conjunto <strong>do</strong>s elementos interliga<strong>do</strong>s transforma as entradas em saídas. Para Oliveira<br />

(1999, p.28) “mediante a ocorrência <strong>de</strong> certas entradas po<strong>de</strong>-se prever as saídas por<br />

intermédio <strong>de</strong> uma correlação entre ambas (entradas e saídas)”.<br />

O <strong>sistema</strong> é a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong> <strong>de</strong> tal forma a não cometer erros que possam<br />

comprometer os resulta<strong>do</strong>s espera<strong>do</strong>s na administração <strong>do</strong>s recursos utiliza<strong>do</strong>s.<br />

Conforme Leal (2008) “Um <strong>do</strong>s maiores <strong>de</strong>safios <strong>do</strong>s <strong>sistema</strong>s <strong>de</strong> informações é<br />

assegurar <strong>de</strong> forma confiável a qualida<strong>de</strong> e agilida<strong>de</strong> da informação que é<br />

imprescindível para as organizações e seus gestores”.<br />

Porém, se as informações <strong>do</strong> <strong>sistema</strong> não estiverem a<strong>de</strong>quadas e<br />

suficientemente corretas, o uso <strong>do</strong>s <strong>sistema</strong>s <strong>de</strong> informações po<strong>de</strong> trazer até prejuízos,<br />

ao invés <strong>de</strong> aumentar a produtivida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um individuo ou <strong>de</strong> uma empresa.<br />

“Se a tecnologia usada não estiver suficientemente madura, estável, ou for<br />

<strong>de</strong>satualizada para aquilo que se propõe fazer, vai comprometer o<br />

conhecimento e, por conseguinte, entrosamento entre ela e o usuário. Isto, na<br />

maioria das vezes indisponibiliza a objetivida<strong>de</strong> <strong>do</strong> uso <strong>de</strong> qualquer dispositivo<br />

que a princípio <strong>de</strong>veria facilitar a execução da tarefa”. (Cruz 2007, p.43).<br />

Sobre <strong>do</strong>s conceitos aborda<strong>do</strong>s sobre os <strong>sistema</strong>s <strong>de</strong> informações, conforme<br />

<strong>de</strong>scritos pelos autores nota-se que os mesmos são compostos por vários fatores ou<br />

uma seqüência <strong>de</strong>les, que a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong>s corretamente contribuem eficazmente para se<br />

obter um bom fluxo das informações em algum processo.


18<br />

1.1.1 Da<strong>do</strong>s <strong>de</strong> um <strong>sistema</strong><br />

Da<strong>do</strong> po<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> qualquer elemento analisa<strong>do</strong> em sua forma bruta,<br />

que sozinho não possibilita uma compreensão completa <strong>de</strong> uma situação, sobre isso<br />

Oliveira (1999) cita a “matéria prima” que necessita ser trabalhada <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>termina<strong>do</strong> contexto para, que <strong>de</strong> forma sistêmica e or<strong>de</strong>nada, po<strong>de</strong> transformar-se no<br />

“produto acaba<strong>do</strong>”, representa<strong>do</strong> pela informação. O’Brien (2004, p.12) também<br />

<strong>de</strong>screve “Da<strong>do</strong>s são fatos ou observações crus normalmente sobre fenômenos físicos<br />

ou transações <strong>de</strong> negócios”. Ainda O’Brien (2004, p.12) <strong>de</strong>fine que “O conceito <strong>de</strong><br />

recursos <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s tem si<strong>do</strong> amplia<strong>do</strong> pelos gerentes e profissionais <strong>de</strong> <strong>sistema</strong>s <strong>de</strong><br />

informação. Eles percebem que os da<strong>do</strong>s constituem um valioso recurso<br />

organizacional”. Po<strong>de</strong>-se dizer que para se formular o banco <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s <strong>de</strong> um <strong>sistema</strong><br />

<strong>de</strong>ve-se ter uma abordagem sobre os mesmos nas análises feitas nas empresas.<br />

1.2 CONCEITOS DE SIG – SISTEMA DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS<br />

Esse tópico aborda o SIG que significa, Sistema <strong>de</strong> informações gerenciais e o<br />

qual tem diversos conceitos entre os quais <strong>de</strong>stacar conforme Oliveira apud<br />

(SCHWART, 1970, p.04).<br />

“É um <strong>sistema</strong> <strong>de</strong> pessoas equipamentos, <strong>do</strong>cumentos e comunicações que<br />

coleta, valida, executa operações transforma, armazena, recupera e apresenta<br />

da<strong>do</strong>s para uso no planejamento, orçamento contabilida<strong>de</strong>, <strong>controle</strong> e em<br />

outros processos gerenciais para vários propósitos administrativos”.<br />

Os <strong>sistema</strong>s <strong>de</strong> apoio também servem para tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão com qualida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> mo<strong>do</strong> a filtrar e analisar a informação e <strong>de</strong>scobrir soluções estratégicas. Para Leal<br />

(2008, p.25 apud BATISTA 2005) “[...] po<strong>de</strong>m ser consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s os <strong>sistema</strong>s, os que<br />

possuem interativida<strong>de</strong> com as ações <strong>do</strong> usuário, oferecen<strong>do</strong> da<strong>do</strong>s e mo<strong>de</strong>los para a<br />

solução <strong>de</strong> problemas semi-estrutura<strong>do</strong>s e focan<strong>do</strong> a tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão”.


19<br />

É necessário ajustar os da<strong>do</strong>s nos processos <strong>de</strong> forma estruturada para que as<br />

<strong>de</strong>cisões sejam tomadas corretamente, conforme Oliveira (1999), isso para que não<br />

tenham conseqüências <strong>de</strong>sagradáveis. Esta estrutura <strong>do</strong> processo <strong>do</strong> SIG po<strong>de</strong> ser<br />

visto na Figura 2:<br />

Figura 2 - Estrutura <strong>de</strong> processos e SIG<br />

Fonte: Oliveira (1999, p. 35)<br />

Na figura mostrada po<strong>de</strong>-se notar que os processos 1 e 2 levam ativida<strong>de</strong>s e<br />

informações que seguem por vários pontos, como também em uma organização que<br />

leva as informações <strong>através</strong> <strong>de</strong> seus setores, até chegar as <strong>de</strong>cisões e os resulta<strong>do</strong>s,<br />

com isso a importância <strong>do</strong> SIG nas organizações é gran<strong>de</strong> uma vez que segue uma<br />

estrutura, on<strong>de</strong> os <strong>sistema</strong>s <strong>de</strong> informações vão além <strong>do</strong> que apenas po<strong>de</strong>riam<br />

consi<strong>de</strong>rar, como coletar da<strong>do</strong>s e transformá-los em informações que levam a <strong>de</strong>cisão.<br />

A qualida<strong>de</strong> da informação é uma característica <strong>de</strong> tornar produtos e serviços valiosos<br />

para a organização.(Leal, 2008)<br />

As atribuições abaixo <strong>de</strong>stacam a importância da qualida<strong>de</strong> na informação para<br />

o gestor da empresa. Leal (2008), cita essas necessida<strong>de</strong>s:<br />

Dimensão <strong>do</strong> tempo;<br />

Prontidão;<br />

Aceitação;<br />

Freqüência;<br />

Perío<strong>do</strong>;<br />

O tipo <strong>de</strong> informação que <strong>de</strong>ve ser;<br />

A informação <strong>de</strong>ve ser fornecida quan<strong>do</strong> for necessária.<br />

A informação <strong>de</strong>ve estar atualizada quan<strong>do</strong> for fornecida.


20<br />

A informação <strong>de</strong>ve ser fornecida tantas vezes forem necessárias.<br />

A informação po<strong>de</strong> ser fornecida sobre perío<strong>do</strong>s passa<strong>do</strong>s, presentes e<br />

futuros.<br />

As atribuições acima po<strong>de</strong>m dirigir as informações <strong>de</strong> maneira com que as<br />

mesmas possam chegar <strong>de</strong> maneira em que no momento da tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão a<br />

mesma possa ser a mais acertada possível.<br />

1.2.1 A Estrutura <strong>do</strong> SIG<br />

A tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão <strong>através</strong> <strong>do</strong> SIG baseia-se <strong>através</strong> <strong>de</strong> três níveis, <strong>de</strong><br />

acor<strong>do</strong> com Oliveira (1999), o estratégico, tático e o operacional.<br />

Ainda conforme Oliveira (1999), o planejamento Estratégico tem como base às<br />

ações ou investimentos futuros, ou seja, em longo prazo. “[...] que consi<strong>de</strong>ra a interação<br />

entre as informações <strong>do</strong> ambiente empresarial (estão fora da empresa) e as<br />

informações internas da empresa”. (OLIVEIRA 1999, p.136)<br />

O planejamento Tático <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com Oliveira (1999) tem por finalida<strong>de</strong><br />

aperfeiçoar uma situação futura <strong>de</strong>sejada <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminada empresa“. No processo<br />

<strong>de</strong>cisório po<strong>de</strong>ria chamar <strong>de</strong> médio prazo.<br />

O planejamento Operacional é o <strong>de</strong> curto prazo, conforme Cruz (2007, p.37)<br />

“[...] nada mais é <strong>do</strong> que o <strong>de</strong>s<strong>do</strong>bramento <strong>do</strong> plano estratégico em ações que serão<br />

realizadas no dia-a-dia, por meio das ativida<strong>de</strong>s que compõe o processo <strong>de</strong> produção”.<br />

Nessa parte <strong>do</strong> capítulo apenas conceituou-se o SIG e seus níveis <strong>de</strong><br />

planejamento, sua aplicação será vista mais adiante <strong>de</strong>ntro da estrutura <strong>do</strong> PCP.


2 A INFORMAÇÃO NA ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS<br />

O capitulo presente mostra a aplicação <strong>do</strong> uso <strong>do</strong> <strong>sistema</strong> <strong>de</strong> informação na<br />

administração <strong>do</strong>s <strong>materiais</strong>, <strong>através</strong> <strong>do</strong> setor <strong>de</strong> Planejamento e <strong>controle</strong> <strong>de</strong> produção<br />

e suas ferramentas <strong>de</strong> trabalho. Ainda que as empresas possam ter um <strong>controle</strong> <strong>de</strong><br />

suas informações sem o uso da tecnologia, para Leal (2008) além <strong>de</strong>sse <strong>controle</strong><br />

também se faz necessário ter um acompanhamento, por meio <strong>de</strong> <strong>sistema</strong> informatiza<strong>do</strong>,<br />

sobre isso ainda <strong>de</strong>staca que:<br />

As empresas sempre tiveram a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> fazer os <strong>controle</strong>s, seja<br />

financeiro, <strong>de</strong> produção ou <strong>de</strong> estoques. E esses <strong>controle</strong>s eram feitos <strong>de</strong> forma<br />

manual, <strong>através</strong> <strong>de</strong> fichas arquivadas em armários, acumulan<strong>do</strong> gran<strong>de</strong><br />

quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> papéis e dificultava a consulta rápida por gestores para adquirir<br />

alguma informação relativa ao <strong>controle</strong> daquele setor. Um exemplo é o que<br />

aconteceu com a Revolução Industrial, on<strong>de</strong> as empresas trocaram a<br />

manufatura para a utilização <strong>de</strong> máquinas o que aumentou em larga escala a<br />

produção, geran<strong>do</strong> com isso os estoques e sen<strong>do</strong> controla<strong>do</strong>s por fichas <strong>de</strong><br />

prateleiras, ou seja, um <strong>sistema</strong> <strong>de</strong> informações simples controla<strong>do</strong> por<br />

pessoas.<br />

Embora o <strong>sistema</strong> informatiza<strong>do</strong> possa ser extremamente importante para o<br />

fluxo das informações necessárias, vale <strong>de</strong>stacar como cita<strong>do</strong> anteriormente por Leal<br />

(2008) “[...] um <strong>sistema</strong> <strong>de</strong> informações simples controla<strong>do</strong>s por pessoas”. Estas<br />

pessoas que administram o <strong>sistema</strong> <strong>de</strong>vem também seguir o fluxo das funções<br />

administrativas conforme exemplificadas por Cruz (1987 apud Chiavenato, 2007) na<br />

Figura 3 a seguir:<br />

Figura 3 - Funções administrativas<br />

Fonte: Cruz (2007 p.28).


22<br />

As funções administrativas representadas na figura 4 estão colocadas pelo<br />

autor pelo fato que essas funções estão também conforme um mo<strong>de</strong>lo proposto <strong>de</strong> para<br />

a administração das informações em um <strong>sistema</strong> na área funcional da administração <strong>de</strong><br />

<strong>materiais</strong>, conforme Oliveira (1999, p.63) esse mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> propostas <strong>de</strong>ve seguir:<br />

Planejamento <strong>de</strong> <strong>materiais</strong> e equipamentos;<br />

Programação das necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>materiais</strong> e equipamentos;<br />

Análise <strong>de</strong> estoques (classificação ABC, lote econômico, estoque <strong>de</strong><br />

segurança etc...);<br />

Normalização e padronização;<br />

Orçamento <strong>de</strong> compras.<br />

A seguir serão <strong>de</strong>monstradas as ativida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> PCP propostas para a<br />

administração <strong>de</strong> <strong>materiais</strong>.<br />

2.1 PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO<br />

Para ter um <strong>controle</strong> da <strong>de</strong>manda <strong>do</strong>s <strong>materiais</strong> para uso produtivo, é<br />

necessário um planejamento elabora<strong>do</strong> e controla<strong>do</strong> da produção conforme Arnold<br />

(2006, p.231) “Significa prever os itens necessários a seu planejamento da produção,<br />

tais como orçamentos, planejamento <strong>de</strong> mão <strong>de</strong> obra, Lead time 1 longo, e itens <strong>de</strong><br />

suprimento <strong>de</strong> estoque”<br />

A importância <strong>do</strong> <strong>sistema</strong> ter um bom fluxo passa pela gestão da produção<br />

<strong>através</strong> <strong>do</strong> Planejamento e Controle da Produção (PCP) para a tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão, <strong>de</strong><br />

acor<strong>do</strong> com Correa et al. (2001, p.22) “[...] para cumprirem seu papel <strong>de</strong> suporte ao<br />

atingimento <strong>do</strong>s objetivos estratégicos da organização, <strong>de</strong>vem ser capazes <strong>de</strong> apoiar o<br />

toma<strong>do</strong>r <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões”.<br />

1 Lead Time: abrange a medição <strong>do</strong> tempo necessário para completar o ciclo <strong>de</strong> produção <strong>de</strong><br />

produto <strong>de</strong>termina<strong>do</strong>


23<br />

2.1.1 Estrutura <strong>do</strong> PCP<br />

O Planejamento e Controle da Produção <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com Correa et al (2001,<br />

p.36) <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m <strong>de</strong> “[...] algum tipo <strong>de</strong> visão a<strong>de</strong>quada <strong>do</strong> futuro para que hoje possa<br />

tomar a <strong>de</strong>cisão a<strong>de</strong>quada que produza o feito espera<strong>do</strong> no futuro”. Essa visão <strong>de</strong><br />

futuro po<strong>de</strong> <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>r <strong>de</strong> <strong>sistema</strong>s <strong>de</strong> previsão, que, portanto <strong>de</strong>verão ser eficazes.<br />

Para visualizar essas visões o Planejamento e Controle da Produção mantêm uma<br />

estrutura que se segue conforme os três níveis já menciona<strong>do</strong>s que estão na estrutura<br />

<strong>do</strong> SIG, os níveis: Estratégico, tático e operacional conforme exemplifica<strong>do</strong> por Marinho<br />

et al. (2001):<br />

Nível Estratégico: Esse nível é composto pelo Plano <strong>de</strong> Negócios, que é um<br />

processo <strong>de</strong> planejamento que trata principalmente <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões agregadas que<br />

requerem visão <strong>de</strong> longo prazo <strong>do</strong> negócio. O resulta<strong>do</strong> <strong>de</strong>sse nível é um conjunto <strong>de</strong><br />

planos coerentes que servirão <strong>de</strong> metas para os diversos setores da empresa. O<br />

segun<strong>do</strong> módulo é <strong>de</strong>nomina<strong>do</strong> <strong>de</strong> Plano Mestre <strong>de</strong> Produção (MPS), que é o<br />

responsável por elaborar o plano <strong>de</strong> produção para cada produto final, ou seja, ele<br />

promove a <strong>de</strong>sagregação <strong>do</strong> plano <strong>de</strong> longo prazo, <strong>de</strong> forma que as <strong>de</strong>cisões <strong>de</strong> curto e<br />

médio prazo estejam coerentes com o mesmo.<br />

Nível Tático: Esse nível é forma<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>do</strong>is módulos: Planejamento das<br />

Necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Materiais (MRP) e Planejamento das Necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Capacida<strong>de</strong><br />

(CRP). Ambos os módulos tem como objetivo, gerar um plano viável e <strong>de</strong>talha<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />

produção e compras. O MRP calcula as necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>materiais</strong> a partir <strong>do</strong><br />

estabelecimento <strong>do</strong>s produtos acaba<strong>do</strong>s, ou seja, ele <strong>de</strong>termina as quantida<strong>de</strong>s, e<br />

momentos <strong>de</strong> liberação e vencimento das or<strong>de</strong>ns <strong>de</strong> produção. Uma vez verificada a<br />

viabilida<strong>de</strong> em termos <strong>de</strong> <strong>materiais</strong>, o plano <strong>de</strong> produção é inseri<strong>do</strong> no módulo <strong>de</strong><br />

cálculo <strong>de</strong> capacida<strong>de</strong> (CRP). On<strong>de</strong> esse, calcula a viabilida<strong>de</strong> <strong>do</strong> plano <strong>de</strong> produção<br />

em termos <strong>de</strong> capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> produção. É necessário um processo interativo entre eles,<br />

<strong>de</strong> forma a produzir um plano <strong>de</strong>talha<strong>do</strong> <strong>de</strong> <strong>materiais</strong> e capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> produção.<br />

Nível Operacional: As informações que foram obtidas no nível tático são<br />

inseridas nos <strong>do</strong>is módulos restantes: Controle <strong>de</strong> Chão <strong>de</strong> Fábrica (SFC) e Compras.


24<br />

Eles são os responsáveis por garantir que o plano <strong>de</strong> <strong>materiais</strong> <strong>de</strong>talha<strong>do</strong>, seja<br />

cumpri<strong>do</strong> da forma mais fiel possível. O SFC é o responsável pela seqüência das<br />

or<strong>de</strong>ns, em um da<strong>do</strong> perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> planejamento, e pelo <strong>controle</strong> da produção<br />

propriamente dito no nível <strong>de</strong> chão <strong>de</strong> fábrica. O módulo <strong>de</strong> Compras controla as<br />

or<strong>de</strong>ns <strong>de</strong> compras <strong>de</strong> <strong>materiais</strong>.<br />

Para ilustrar esta estrutura <strong>do</strong> Planejamento e <strong>controle</strong> da produção, bem como<br />

on<strong>de</strong> estão inseri<strong>do</strong>s os níveis: Estratégico, Tático e Operacional segue Figura 4:<br />

Figura 4 - Estrutura <strong>do</strong> PCP<br />

Fonte: Marinho et al. (2001, apud Correa, 1997).<br />

2.1.2 Plano mestre <strong>de</strong> produção – PMP (MPS)<br />

O Planejamento <strong>de</strong> produtos para produção e <strong>de</strong> compras são<br />

conseqüênciadas <strong>através</strong> <strong>de</strong> um Software <strong>do</strong> Plano Mestre <strong>de</strong> Produção (PMP) ou MPS<br />

em inglês Master Production Planning. Para Correa et al. (2001, p.206) “O MPS<br />

coor<strong>de</strong>na a <strong>de</strong>manda <strong>do</strong> merca<strong>do</strong> com recursos internos da empresa <strong>de</strong> forma a<br />

programar taxas a<strong>de</strong>quadas <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> produtos finais”.


25<br />

Muitas vezes o plano mestre necessita <strong>de</strong> uma revisão, por isso conforme,<br />

Correa et al. (2001, p.206) “[...] os dirigentes principais <strong>de</strong> cada função se reúnem, pelo<br />

menos uma vez, e <strong>de</strong>senvolvem um plano para cada área <strong>de</strong> negocio, sincronizar os<br />

volumes agrega<strong>do</strong>s <strong>de</strong> produção com as <strong>de</strong>mandas <strong>do</strong> merca<strong>do</strong>, normalmente também<br />

tratadas <strong>de</strong> forma agregada”.<br />

O Plano Mestre <strong>de</strong> Produção <strong>de</strong>ve ser altera<strong>do</strong> em curto prazo para aten<strong>de</strong>r às<br />

suas necessida<strong>de</strong>s; ten<strong>do</strong> em vista as flutuações <strong>de</strong> capacida<strong>de</strong> <strong>do</strong> <strong>sistema</strong> fabril,<br />

sempre quan<strong>do</strong> necessário. O gerenciamento com o PMP, bem como o planejamento<br />

da programação da produção se faz por meio <strong>de</strong> um <strong>sistema</strong> informatiza<strong>do</strong>, que calcula<br />

to<strong>do</strong>s as necessida<strong>de</strong>s, Correa et al. (2009, p.220), comentam que “Não adianta<br />

absolutamente nada ter um <strong>sistema</strong> caríssimo se [...] as pessoas que o gerenciam não<br />

conheçam a lógica por trás <strong>de</strong>les e não sabem como tirar <strong>de</strong>les o máximo que po<strong>de</strong>m<br />

oferecer”.<br />

Entre as funções básicas <strong>do</strong> PMP conforme Correa et al. (2001), po<strong>de</strong>-se<br />

<strong>de</strong>stacar:<br />

Planejar as necessida<strong>de</strong>s futuras <strong>de</strong> capacida<strong>de</strong> produtiva da organização;<br />

Planejar os <strong>materiais</strong> compra<strong>do</strong>s;<br />

Planejar os níveis a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong>s <strong>de</strong> estoques <strong>de</strong> matérias primas, semiacaba<strong>do</strong>s<br />

e produtos finais, nos pontos certos;<br />

Programar ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> produção para garantir que os recursos produtivos<br />

envolvi<strong>do</strong>s estejam sen<strong>do</strong> utiliza<strong>do</strong>s, em cada momento, nas coisas certas e<br />

prioritárias;<br />

Ser capaz <strong>de</strong> saber e <strong>de</strong> informar corretamente a respeito da situação<br />

corrente <strong>de</strong> recursos (pessoas, equipamentos, instalações, <strong>materiais</strong>) e das<br />

or<strong>de</strong>ns (<strong>de</strong> compra e produção);<br />

Ser capaz <strong>de</strong> prometer os menores prazos possíveis aos clientes e <strong>de</strong>pois<br />

fazer cumprir;<br />

Ser capaz <strong>de</strong> reagir eficazmente.


26<br />

2.1.3 Planejamento das necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>materiais</strong> – MRP<br />

A sigla MRP em inglês Manufacturing Resources Planning, é um Software que<br />

tem por objetivo as necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>materiais</strong> e <strong>de</strong> trabalho necessários para suprir<br />

<strong>de</strong>termina<strong>do</strong> conjunto <strong>de</strong> aplicações <strong>de</strong> um plano mestre <strong>de</strong> produção (CORRÊA et al,.<br />

2001). O MRP, a principio ajudava a comprar apenas o necessário para a produção <strong>do</strong><br />

momento, não visan<strong>do</strong> às necessida<strong>de</strong>s futuras. Com intuito <strong>de</strong> suprir estas<br />

necessida<strong>de</strong>s e resolver seu grau <strong>de</strong> imprecisão, foi aperfeiçoa<strong>do</strong> o planejamento por<br />

capacida<strong>de</strong> crian<strong>do</strong> o MRP II, que se diferencia <strong>do</strong> MRP ou MRP I, na verda<strong>de</strong> é mais<br />

<strong>do</strong> que um cálculo <strong>de</strong> necessida<strong>de</strong> e capacida<strong>de</strong>. Conforme Corrêa et al. (2001, p.139).<br />

“O MRP II diferencia-se <strong>do</strong> MRP pelo tipo <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> planejamento que orienta;<br />

enquanto o MRP orienta as <strong>de</strong>cisões <strong>do</strong> que, quan<strong>do</strong> e quanto produzir e comprar, o<br />

MRP II engloba também as <strong>de</strong>cisões referentes a como produzir, ou seja, com que<br />

recursos”.<br />

Ainda sobre o MRP para Marinho et al. (1984 apud WIGHT, 2001).”O MRP II é<br />

um <strong>sistema</strong> que apresenta uma lógica estruturada <strong>de</strong> planejamento, on<strong>de</strong> prevê uma<br />

seqüência hierárquica <strong>de</strong> cálculo, com verificações e <strong>de</strong>cisões, visan<strong>do</strong> chegar a um<br />

plano <strong>de</strong> produção que seja viável, tanto em termos <strong>de</strong> disponibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>materiais</strong><br />

como <strong>de</strong> capacida<strong>de</strong> produtiva”.<br />

Também o MRP po<strong>de</strong> informar a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> matérias-primas necessárias ao<br />

atendimento da programação da produção. Em seguida, envia uma programação para<br />

a etapa <strong>do</strong> processo produtivo. (MARINHO et al., 2001),<br />

2.1.4 Controle e armazenagem <strong>do</strong>s <strong>materiais</strong><br />

O planejamento logístico <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com Ballou (2006) procura resolver<br />

questões que envolvem os níveis <strong>de</strong> serviços aos clientes, localização <strong>de</strong> instalações,<br />

<strong>de</strong>cisões sobre o estoque e <strong>de</strong>cisões sobre transportes. Porém, o nível <strong>de</strong> atendimento


27<br />

ao cliente po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>terminante para que as outras áreas também possam ser<br />

ajustadas. Mais que qualquer outro fator o nível <strong>de</strong> serviço logístico proporciona<strong>do</strong> aos<br />

clientes afeta radicalmente o projeto <strong>do</strong> <strong>sistema</strong>.<br />

O planejamento <strong>de</strong> <strong>materiais</strong> está intimamente liga<strong>do</strong> ao gerenciamento <strong>de</strong><br />

estoques. O planejamento <strong>de</strong> <strong>materiais</strong> tem como função, portanto, reduzir os<br />

investimentos em estoques, maximizar os níveis <strong>de</strong> atendimento aos clientes e<br />

produção da indústria, em benefício <strong>do</strong>s lucros da empresa (CHIAVENATO, 1987).<br />

Cabe a empresa julgar os riscos futuros e a<strong>do</strong>tar políticas para a administração<br />

da produção e seus componentes. Destaca-se que, “Sob tais circunstâncias o analista<br />

<strong>do</strong> <strong>sistema</strong> tem a responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> efetuar estu<strong>do</strong>s que aju<strong>de</strong>m a administração a<br />

avaliar o risco [...]”. (MAGEE, 1977, p.292).<br />

A logística também chamada <strong>de</strong> Ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> suprimentos ou Ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong><br />

produção, que é constituída <strong>de</strong> etapas, também chamadas <strong>de</strong> canais logísticos Ballou<br />

(2006). Ainda <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com Ballou (2006) a logística <strong>de</strong> produção é um conjunto <strong>de</strong><br />

ativida<strong>de</strong>s funcionais (transportes, <strong>controle</strong> <strong>de</strong> estoques, etc) que se repetem inúmeras<br />

vezes ao longo <strong>do</strong> canal pelo qual matérias primas são convertidas em produtos<br />

po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> ser repetidas varias vezes até chegar ao merca<strong>do</strong>. Sen<strong>do</strong> assim, as ativida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> <strong>controle</strong> <strong>de</strong> estoques, <strong>de</strong> recebimento e armazenagem, po<strong>de</strong> transformar-se em<br />

produtos acaba<strong>do</strong>s até chegar aos clientes como mostradas na Figura 5:<br />

Figura 5 - O <strong>controle</strong> <strong>do</strong>s estoques como elo na ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> suprimentos<br />

Fonte: Ballou (2006, p.272).


28<br />

Ainda referente a ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> suprimentos conforme Levi e Kaminsky, (2003) ela<br />

é também um conjunto <strong>de</strong> fatores utiliza<strong>do</strong>s para integrar eficientemente fornece<strong>do</strong>res,<br />

fabricantes, <strong>de</strong>pósitos e armazéns, <strong>de</strong> forma que a merca<strong>do</strong>ria seja produzida e<br />

distribuída na quantida<strong>de</strong> certa, para a localização e tempo certos <strong>de</strong> forma a minimizar<br />

os custos globais pelo uso <strong>do</strong> <strong>sistema</strong> e ao mesmo tempo em que atinge o nível <strong>de</strong><br />

serviço <strong>de</strong>seja<strong>do</strong>.


3 METODOLOGIA<br />

O uso da meto<strong>do</strong>logia é segun<strong>do</strong> Prodanov e Freitas (2009, p.20) “[...] a<br />

aplicação <strong>do</strong> méto<strong>do</strong> <strong>através</strong> <strong>de</strong> técnicas. Constitui o procedimento que <strong>de</strong>ve seguir<br />

to<strong>do</strong> o conhecimento cientifico, para comprovar sua verda<strong>de</strong> e ensiná-la”.<br />

Para Prodanov e Freitas (2009, p.80) a meto<strong>do</strong>logia:<br />

É entendida como uma disciplina que consiste em estudar e avaliar os vários<br />

méto<strong>do</strong>s disponíveis, i<strong>de</strong>ntifican<strong>do</strong> as limitações <strong>de</strong> suas utilizações. A<br />

meto<strong>do</strong>logia, em um nível aplica<strong>do</strong> examina e avalia as técnicas <strong>de</strong> pesquisa,<br />

bem como a geração ou verificação <strong>de</strong> novos méto<strong>do</strong>s que conduzem à<br />

captação e ao processamento <strong>de</strong> informações com vistas à resolução <strong>de</strong><br />

problemas <strong>de</strong> investigação.<br />

O uso da meto<strong>do</strong>logia na aplicação da pesquisa e <strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong> trabalho<br />

apresenta<strong>do</strong> tem uma gran<strong>de</strong> importância, pois é <strong>através</strong> <strong>de</strong>la que foi possível alcançar<br />

a<strong>de</strong>quadamente a pesquisa. Segun<strong>do</strong> Lakatos e Marconi (2002, p.25) a pesquisa,<br />

portanto é “Um procedimento formal, com méto<strong>do</strong> <strong>de</strong> pensamento reflexivo, que requer<br />

um tratamento cientifico e se constitui no caminho para se conhecer a realida<strong>de</strong> ou para<br />

<strong>de</strong>scobrir verda<strong>de</strong>s parciais”.<br />

Para uma pesquisa po<strong>de</strong>m-se utilizar diversos méto<strong>do</strong>s, Gil (2002, p.20) afirma<br />

que “[...] a elaboração <strong>de</strong> um projeto <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> inúmeros fatores” espera-se então<br />

que os méto<strong>do</strong>s escolhi<strong>do</strong>s estejam coerentes com o <strong>de</strong>lineamento da pesquisa em<br />

relação aos seus objetivos e o problema aborda<strong>do</strong>.<br />

3.1 DELINEAMENTO DA PESQUISA<br />

O <strong>de</strong>lineamento refere-se ao planejamento da pesquisa em sua dimensão mais<br />

ampla, envolven<strong>do</strong> diagramação, previsão <strong>de</strong> análise e interpretação <strong>de</strong> coleta <strong>de</strong><br />

da<strong>do</strong>s, consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> o ambiente em que são coleta<strong>do</strong>s e as formas <strong>de</strong> <strong>controle</strong> das<br />

variáveis envolvidas.


Para <strong>de</strong>linear a pesquisa foram utilizadas conforme <strong>de</strong>scritas por Prodanov e<br />

Freitas (2009) as pesquisas bibliográficas “fontes <strong>de</strong> papel”, a partir <strong>de</strong> <strong>materiais</strong> já<br />

existentes, e também da<strong>do</strong>s por meio da pesquisa experimental, que é utilizada “[...]<br />

quan<strong>do</strong> <strong>de</strong>terminamos um objeto <strong>de</strong> estu<strong>do</strong>, selecionamos as variáveis que seriam<br />

capazes <strong>de</strong> influenciá-lo <strong>de</strong>finimos as formas <strong>de</strong> <strong>controle</strong> e <strong>de</strong> observação <strong>do</strong>s efeitos<br />

que a variável produz no objeto”. (PRODANOV; FREITAS 2009, p.71).<br />

3.1.1 Quanto aos objetivos<br />

Para abordar os objetivos da pesquisa, utilizou-se para a parte referente ao<br />

embasamento teórico a pesquisa exploratória, pois se buscou ter um conhecimento<br />

mais profun<strong>do</strong> sobre o tema aborda<strong>do</strong>, <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com isso, Gil (2002, p.41) afirma que<br />

as pesquisas exploratórias “[...] têm como objetivo proporcionar maior familiarida<strong>de</strong> com<br />

o problema, com vistas a torná-lo mais explícito ou a constituir hipóteses”.<br />

Ainda sobre a pesquisa exploratória, a mesma se <strong>de</strong>u a partir <strong>de</strong> buscas <strong>de</strong><br />

<strong>materiais</strong> já publica<strong>do</strong>s como forma <strong>de</strong> se aprofundar mais sobre o assunto, e assim<br />

acrescentar este conhecimento ao trabalho.<br />

Após o embasamento teórico a pesquisa se <strong>de</strong>u por meio <strong>de</strong> um estu<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />

caso no ambiente real <strong>do</strong> estu<strong>do</strong>, o qual se obteve as informações para a coleta <strong>de</strong><br />

da<strong>do</strong>s por meio da pesquisa <strong>de</strong>scritiva explicativa, <strong>através</strong> da observação na busca <strong>do</strong><br />

encontro das idéias teóricas e práticas. Sobre isto Prodanov e Freitas: (2009, p.117)<br />

comentam que “[...] normalmente, as observações são feitas no ambiente real, com o<br />

registro <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s à medida que forem ocorren<strong>do</strong> [...]” Busca-se então o encontro <strong>do</strong><br />

que se esperava, pois se preten<strong>de</strong>u se estabelecer relações entre técnicas e as<br />

variáveis vistas.


3.1.2 Quanto aos procedimentos<br />

O procedimento científico técnico, <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com Prodanov e Freitas (2009) é a<br />

maneira pela qual obtemos os da<strong>do</strong>s necessários para a elaboração da pesquisa. O<br />

<strong>de</strong>lineamento <strong>do</strong> estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> caso em uma indústria farmacêutica.<br />

Sobre uma abordagem <strong>do</strong> estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> caso Yin (2005 apud Oliveira) <strong>de</strong>staca<br />

ainda que, em geral, o estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> caso se aplica com mais freqüência às áreas das<br />

ciências sociais e humanas, <strong>de</strong>stacan<strong>do</strong>-se a psicologia, a sociologia, a ciência política,<br />

a economia e a administração. Para Prodanov e Freitas (2009) o estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> caso<br />

representa uma estratégia preferida quan<strong>do</strong> o pesquisa<strong>do</strong>r tem pouco <strong>controle</strong> sobre os<br />

eventos e o foco encontra-se inseri<strong>do</strong> em algum contexto da vida real.<br />

No estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> caso utilizou-se a pesquisa explicativa pela técnica da<br />

observação com intuito <strong>de</strong> buscar <strong>de</strong>ntro da empresa em que se fez o estu<strong>do</strong>, as<br />

informações que serviram <strong>de</strong> base para o mesmo. Gil (2002, p.42) afirma que:<br />

As pesquisas explicativas nas ciências naturais valem-se quase exclusivamente<br />

<strong>do</strong> méto<strong>do</strong> experimental. Nas ciências sociais, aplicação <strong>de</strong>ste méto<strong>do</strong> revestese<br />

<strong>de</strong> muitas dificulda<strong>de</strong>s, razão pela qual se recorre também a outros méto<strong>do</strong>s,<br />

sobretu<strong>do</strong> ao observacional.<br />

Para se estudar o <strong>sistema</strong> <strong>de</strong> gestão informatiza<strong>do</strong> da empresa, seguiu-se às<br />

orientações <strong>de</strong> Lakatos e Marconi (2002) para a <strong>de</strong>limitação da pesquisa. Foi feita<br />

amostragem <strong>de</strong> um item da família das embalagens, que serve para elaboração <strong>do</strong><br />

processo produtivo na fabricação <strong>de</strong> medicamentos.<br />

Procurou-se <strong>de</strong>screver as “divergências” concentran<strong>do</strong>-se em uma análise que<br />

reflete o conteú<strong>do</strong> <strong>de</strong>ssas divergências em seu ambiente natural, isto é que; “[...] po<strong>de</strong><br />

abranger to<strong>do</strong> o âmbito no qual o fato se <strong>de</strong>senrola” (Lakatos e Marconi, 2002, p.29).<br />

Os itens ficaram agrupa<strong>do</strong>s em dimensões e valores resumi<strong>do</strong>s para refletir as<br />

necessida<strong>de</strong>s da empresa. Assim, obteve-se uma relação cruzada entre os inci<strong>de</strong>ntes<br />

críticos e o que era espera<strong>do</strong>.


3.1.3 Quanto à abordagem <strong>do</strong> problema<br />

Para abordagem <strong>do</strong> problema proposto <strong>de</strong> como um <strong>sistema</strong> informatiza<strong>do</strong><br />

a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong> po<strong>de</strong> ajudar uma indústria farmacêutica no <strong>controle</strong> <strong>do</strong>s <strong>materiais</strong>, usou-se a<br />

pesquisa quantitativa e também qualitativa. Para a fase <strong>de</strong> levantamento <strong>de</strong><br />

informações sobre a análise <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s a partir das informações coletadas, a pesquisa<br />

quantitativa se mostrou <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> utilida<strong>de</strong>, também a maneira como foi conduzida,<br />

permitiu que os da<strong>do</strong>s fossem relaciona<strong>do</strong>s entre si, ajudan<strong>do</strong> na compreensão das<br />

questões reveladas na pesquisa qualitativa.<br />

A pesquisa qualitativa justificou-se pelo interesse <strong>de</strong> compreen<strong>de</strong>r e relacionar<br />

em relação às informações sobre os <strong>materiais</strong> ofereci<strong>do</strong>s pelo <strong>sistema</strong> <strong>de</strong> gestão da<br />

empresa. Também permitiu uma indagação inicial <strong>de</strong> quais os pontos mais<br />

consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s na avaliação <strong>do</strong> <strong>sistema</strong> <strong>de</strong> gestão utiliza<strong>do</strong>. A pesquisa qualitativa<br />

entendida por Prodanov e Freitas (2009 p.141) “O ambiente natural é fonte direta para<br />

coleta <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s, interpretação <strong>de</strong> fenômenos e atribuição <strong>de</strong> significa<strong>do</strong>s”. e,<br />

caracterizada por Lakatos e Marconi (2002, p.143) [...] consiste na elaboração <strong>de</strong> uma<br />

série <strong>de</strong> instruções que facilitam a classificação <strong>de</strong>sses elementos em tipos importantes<br />

para a pesquisa “.<br />

As relações cruzadas <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s quantitativos, com o confronto com as<br />

informações obtidas pela investigação qualitativa, serviram <strong>de</strong> base para a retirada <strong>de</strong><br />

conclusões e possíveis respostas para o problema <strong>do</strong> estu<strong>do</strong>.<br />

3.1.3.1 População e amostra<br />

Utilizou-se nesta parte da pesquisa a técnica <strong>de</strong> amostragem não probabilística<br />

intencional com base nas informações já disponíveis. Isso para investigar uma<br />

população <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong> universo da questão-problema formulada. Prodanov e Freitas<br />

(2009) recomendam o uso <strong>de</strong> amostra, para que esta seja a representação da


população. Preocupou-se em trabalhar com uma amostra a qual é um item <strong>do</strong><br />

subconjunto da família das embalagens, referente à análise <strong>de</strong> <strong>materiais</strong> utiliza<strong>do</strong>s na<br />

produção <strong>de</strong> medicamentos. Ainda sobre amostra, é conceituada:<br />

Amostra é à parte da população ou <strong>do</strong> universo, selecionada <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com<br />

uma regra ou um plano. Refere-se ao subconjunto <strong>do</strong> universo ou da população<br />

por meio <strong>do</strong> qual estabelecemos ou estimamos as características <strong>de</strong>sse<br />

universo ou <strong>de</strong>ssa população. A amostra po<strong>de</strong> ser probabilística e nãoprobabilística.<br />

(Prodanov e Freitas 2009, p.109) grifo <strong>do</strong> autor.<br />

Sobre os tipos <strong>de</strong> amostras, as probabilísticas conforme Freitas e Prodanov<br />

(2009, p.109) tem: “[...] por <strong>de</strong>finição, originar uma generalização estatística, por apoiarse<br />

em cálculo estatístico”. Enquanto a amostra não-probabilística ainda conforme<br />

Prodanov e Freitas (2009) são compostas <strong>de</strong> forma aci<strong>de</strong>ntal ou intencional.<br />

No estu<strong>do</strong> utilizou-se a amostragem não-probabilistica, pois, já se tinha a base<br />

das informações disponíveis para ser consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> representativo <strong>de</strong>ntro da população.<br />

Conforme Freitas e Prodanov (2009, p.109) Amostras não-probabilistica (não-causais)<br />

“[...] requer consi<strong>de</strong>rável conhecimento da população e <strong>do</strong> subconjunto seleciona<strong>do</strong>”.<br />

Dentro das amostras selecionadas foram escolhidas intencionalmente, por<br />

julgar ter um bom conhecimento das mesmas <strong>de</strong>ntro da população no universo<br />

estuda<strong>do</strong>. O objetivo é <strong>de</strong>monstrar os efeitos que ocorrem nas amostras po<strong>de</strong>m ocorrer<br />

também na população. Freitas e Prodanov (2009, p.110) confirmam esta idéia “[...]<br />

incluir na amostra com a mesma proporção com que ocorrem na população, os seus<br />

diversos elementos”.<br />

3.1.3.2 Coletas <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s<br />

A análise <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s se <strong>de</strong>u a partir <strong>de</strong> <strong>do</strong>cumentações, observações e registros<br />

internos da empresa estudada, o uso <strong>do</strong> <strong>sistema</strong> informatiza<strong>do</strong> na gestão <strong>de</strong> <strong>materiais</strong><br />

disponibiliza<strong>do</strong>s pela mesma durante o tempo da coleta <strong>do</strong>s mesmos. Lakatos e<br />

Marconi (2002, p.143) sobre a coleta <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s;


Etapa da pesquisa em que se inicia a aplicação <strong>do</strong>s instrumentos elabora<strong>do</strong>s e<br />

das técnicas selecionadas, a fim <strong>de</strong> se efetuar a coleta <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s previstos. É<br />

tarefa cansativa e toma, quase sempre, mais tempo <strong>do</strong> que se espera. Exige <strong>do</strong><br />

pesquisa<strong>do</strong>r, paciência, perseverança e esforço pessoal, além <strong>do</strong> cuida<strong>do</strong>so<br />

registro <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s e <strong>de</strong> um bom preparo anterior.<br />

Com a análise <strong>do</strong>cumental <strong>de</strong> registros possibilitou inferências e também a<br />

busca das informações obtidas por outras fontes. Nesse caso, a utilização <strong>de</strong><br />

<strong>do</strong>cumentos e registros internos, além da <strong>de</strong>scrição das ativida<strong>de</strong>s disponibilizadas pela<br />

Multilab Indústria e Comércio <strong>de</strong> Produtos Farmacêuticos Ltda, foi fonte para a<br />

<strong>de</strong>terminação da população-alvo e da amostra, para evi<strong>de</strong>nciar as <strong>de</strong>ficiências <strong>do</strong><br />

<strong>sistema</strong> informatiza<strong>do</strong> utiliza<strong>do</strong>, e até mesmo para a <strong>de</strong>finição das conclusões para o<br />

estu<strong>do</strong>. Segun<strong>do</strong> Lakatos e Marconi (2002, p.25) “A amostra é uma parcela<br />

convenientemente selecionada <strong>do</strong> universo (população); um subconjunto <strong>do</strong> universo “.<br />

Para <strong>de</strong>monstrar a amostra escolhida para o estu<strong>do</strong> utilizou-se também fazer<br />

<strong>de</strong>monstrações <strong>através</strong> <strong>de</strong> tabelas, figuras e gráficos para <strong>de</strong>monstrar as idéias.<br />

Através <strong>de</strong>stas coletas, obteve-se um rico acúmulo <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s que incluíam<br />

informações como: família <strong>de</strong> produtos, consumo médio, valores e estoque médio, bem<br />

como e por dimensões <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>. Com tal quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s e provin<strong>do</strong>s <strong>de</strong><br />

consi<strong>de</strong>rável diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> clientes obteve-se uma base qualificada <strong>de</strong> elementos para<br />

análise e interpretação.<br />

A técnica da observação, utilizada foi assistemática por ser, espontânea e<br />

consistir em utilizar fatos da realida<strong>de</strong> inserida e a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma redução da<br />

<strong>de</strong>turpação <strong>do</strong> tema.<br />

3.1.3.3 Análises <strong>do</strong>s Da<strong>do</strong>s<br />

Neste tópico a pesquisa foi dividida em duas partes, para se ter uma melhor<br />

compreensão <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s, conforme, Lakatos e Marconi (2002, p.35) “Analise e<br />

interpretação, são duas ativida<strong>de</strong>s distintas, mas estreitamente relacionadas e, como<br />

processo, envolvem duas operações [...]”.


Para a análise <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s buscou-se o <strong>de</strong>talhamento <strong>do</strong>s mesmos entre o que<br />

foi, obti<strong>do</strong> e as hipóteses formuladas, tipo causa e o efeito. Para esta analise utilizou-se<br />

a síntese <strong>através</strong> <strong>de</strong> três níveis conforme, Lakatos e Marconi (1974, apud TRUJILLO,<br />

2002, p.35) a quais são:<br />

Interpretação: Verificação das relações entre as variáveis, para ampliar os<br />

conhecimentos;<br />

Explicação: Esclarecimento sobre a origem variável <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte e<br />

necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> encontrar a variável antece<strong>de</strong>nte;<br />

Especificação: Explicação sobre até que ponto as relações entre as<br />

variáveis in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes e <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes são válidas.<br />

Na interpretação <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s buscou-se um melhor esclarecimento obten<strong>do</strong> uma<br />

ligação com a teoria <strong>através</strong> das hipóteses e problema levanta<strong>do</strong> verifican<strong>do</strong> assim a<br />

estrutura <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s, evitan<strong>do</strong> confusões entre as afirmações, <strong>de</strong>feitos <strong>de</strong> lógica e<br />

procedimentos ina<strong>de</strong>qua<strong>do</strong>s.


4 ESTUDO DE CASO<br />

Esse capítulo abordará o Estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> caso foi <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong> na empresa Multilab<br />

Indústria e Comércio <strong>de</strong> Produtos Farmacêuticos Ltda <strong>de</strong> São Jerônimo (RS). A<br />

empresa foi escolhida por ser o local <strong>de</strong> trabalho <strong>do</strong> autor, e por possuir as informações<br />

necessárias para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong> estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> caso no que tange ao <strong>controle</strong> <strong>do</strong>s<br />

<strong>materiais</strong>. As informações apresentadas neste capítulo baseiam-se em análises<br />

explicativas <strong>através</strong> <strong>do</strong>s processos observa<strong>do</strong>s nos <strong>do</strong>cumentos e <strong>materiais</strong><br />

disponibiliza<strong>do</strong>s pela empresa, a qual a partir <strong>de</strong>ste ponto passa a ser tratada somente<br />

por “Multilab”. As informações sobre a empresa foram obtidas <strong>através</strong> <strong>de</strong> seus <strong>sistema</strong>s<br />

informatiza<strong>do</strong>s, informativos e também no seu Website.<br />

4.1 HISTÓRICO DA EMPRESA<br />

O Laboratório Multilab foi funda<strong>do</strong> por Genésio Cervo em 1988, em Porto<br />

Alegre em resposta a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> oferecer produtos que não vinham mais sen<strong>do</strong><br />

oferta<strong>do</strong>s por laboratórios farmacêuticos tradicionais. Foi no final da década <strong>de</strong> 80,<br />

especificamente, quan<strong>do</strong> medicamentos <strong>do</strong> tipo “oficinais” 2 <strong>de</strong>ixavam <strong>de</strong> ser produzi<strong>do</strong>s.<br />

O funda<strong>do</strong>r da empresa visualizou esta carência como uma oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> merca<strong>do</strong> a<br />

ser explora<strong>do</strong>.<br />

Em 1994, a empresa contava com uma área territorial <strong>de</strong> 1.200m² e 30<br />

funcionários. A linha <strong>de</strong> produtos encontrava-se em ascensão, uma vez que além <strong>do</strong>s<br />

medicamentos “oficinais”, passava também a produzir medicamentos <strong>do</strong> tipo<br />

2 Medicamentos Oficinais - são aqueles prepara<strong>do</strong>s na própria farmácia, <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com normas<br />

e <strong>do</strong>ses estabelecidas por Farmacopéias ou formulários e com uma <strong>de</strong>signação uniforme. Ex.: Óleo <strong>de</strong><br />

Mocotó, Elixir Paregórico (PORTAL DA FARMÁCIA, 2009).


37<br />

“similares” 3 . Com a expansão da linha <strong>de</strong> produtos, logo foi percebi<strong>do</strong> que a área física<br />

seria insuficiente. Em 1999, foi tomada uma das <strong>de</strong>cisões mais importantes da<br />

empresa: <strong>de</strong>senvolver um projeto <strong>de</strong> fábrica própria, <strong>de</strong> alta produtivida<strong>de</strong> e em uma<br />

gran<strong>de</strong> área territorial que não limitasse futuras expansões. Nesse perío<strong>do</strong> a empresa<br />

transferiu-se para o município <strong>de</strong> São Jerônimo, a 60 km da capital gaúcha (MULTILAB,<br />

2009).A primeira linha <strong>de</strong> produção da Multilab na nova se<strong>de</strong> começou a funcionar, em<br />

uma nova planta industrial regulamentada pela Agência Nacional <strong>de</strong> Vigilância Sanitária<br />

(ANVISA). A Unida<strong>de</strong> I, com mais <strong>de</strong> 6.000m² <strong>de</strong> área produtiva e 80 funcionários,<br />

produzia: comprimi<strong>do</strong>s, cápsulas, semi-sóli<strong>do</strong>s e líqui<strong>do</strong>s. (MULTILAB, 2009). A<br />

empresa tem o seu plano <strong>de</strong> negócios <strong>de</strong>fini<strong>do</strong> para fabricar medicamentos, bem como<br />

suas metas as quais <strong>de</strong>stacam-se no Quadro 2:<br />

Missão<br />

Produzir e <strong>de</strong>senvolver produtos farmacêuticos que atendam às necessida<strong>de</strong>s da<br />

população, oferecen<strong>do</strong> soluções que busquem a excelência, com responsabilida<strong>de</strong><br />

e respeito aos colabora<strong>do</strong>res.<br />

Visão<br />

Soluções para a melhoria da saú<strong>de</strong>.<br />

Valores<br />

Qualida<strong>de</strong> em to<strong>do</strong>s os itens produzi<strong>do</strong>s.<br />

Inovação tecnológica constante para o incremento da produtivida<strong>de</strong>.<br />

Condições dignas <strong>de</strong> trabalho para os colabora<strong>do</strong>res.<br />

Valorização <strong>do</strong> ser humano.<br />

União <strong>de</strong> opiniões e idéias na busca <strong>do</strong> objetivo comum.<br />

União <strong>de</strong> opiniões e idéias na busca <strong>do</strong> objetivo comum.<br />

Lucro como objetivo <strong>de</strong> to<strong>do</strong> o trabalho executa<strong>do</strong> <strong>de</strong> maneira correta e consciente.<br />

Respeito ao meio ambiente.<br />

Quadro 2 - Missão, Visão, Valores da empresa<br />

Fonte: Da<strong>do</strong>s coleta<strong>do</strong>s pelo autor – histórico da empresa (MULTILAB, 2009).<br />

3 Medicamento Similar – aquele que contém o mesmo ou os mesmos princípios ativos,<br />

apresenta a mesma concentração, forma farmacêutica, via <strong>de</strong> administração, posologia e indicação<br />

terapêutica, preventiva ou diagnóstica, <strong>do</strong> medicamento <strong>de</strong> referência registra<strong>do</strong> no órgão fe<strong>de</strong>ral<br />

responsável pela vigilância sanitária (ANVISA, 2009)


38<br />

Hoje em dia a estrutura fabril conta com 3 unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> produção e mais <strong>de</strong> 600<br />

colabora<strong>do</strong>res operan<strong>do</strong> em três turnos, produzin<strong>do</strong> mais <strong>de</strong> uma centena <strong>de</strong><br />

medicamentos <strong>do</strong>s tipos “Similares” e “Genéricos 4 ”<br />

Para os próximos anos, está previsto o investimento <strong>de</strong> mais R$ 50 milhões,<br />

para construção da Unida<strong>de</strong> IV, <strong>de</strong>stinada a produção <strong>de</strong> medicamentos para o<br />

merca<strong>do</strong> hospitalar e novo Centro <strong>de</strong> Distribuição.<br />

4.2 SISTEMAS INFORMATIZADOS UTILIZADOS PARA CONTROLE DOS MATERIAIS<br />

NA MULTILAB.<br />

A empresa possui <strong>sistema</strong>s informatiza<strong>do</strong>s que interagem com seu banco <strong>de</strong><br />

da<strong>do</strong>s e realizam o processo <strong>de</strong> administração <strong>do</strong>s <strong>materiais</strong>. Conforme Oliveira (1999,<br />

p.50) os <strong>sistema</strong>s servem para “[...] ter efetiva integração das fontes <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s e <strong>do</strong>s<br />

mo<strong>de</strong>los, incluin<strong>do</strong> interações a<strong>de</strong>quadas com o processamento <strong>de</strong> transações e com<br />

os <strong>sistema</strong>s <strong>de</strong> gerenciamento <strong>de</strong> bases <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s”<br />

Atualmente existem quatro <strong>sistema</strong>s vigentes para o <strong>controle</strong> <strong>do</strong>s <strong>materiais</strong> na<br />

Multilab <strong>de</strong>scritos como:<br />

Sistema SOLBASE: recebe o lançamento das atualizações da produção e<br />

estoques <strong>de</strong> produtos acaba<strong>do</strong>s, para servir <strong>de</strong> base na realização <strong>do</strong> Plano<br />

Mestre <strong>de</strong> Produção;<br />

Sistema SGM: <strong>sistema</strong> <strong>de</strong> gestão Multilab, utiliza<strong>do</strong> para gerar novos lotes<br />

<strong>de</strong> produção <strong>do</strong>s produtos da empresa e também para a realização <strong>do</strong> PMP<br />

(Plano Mestre <strong>de</strong> Produção) a partir <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s forneci<strong>do</strong>s pelo Sistema<br />

SOLBASE<br />

Programa MRP: o MRP (Planejamento das Necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Materiais) é<br />

um <strong>sistema</strong> auxiliar utiliza<strong>do</strong> após a aplicação <strong>do</strong>s lotes <strong>de</strong> produção no <strong>sistema</strong><br />

4<br />

Medicamento Genérico: O medicamento genérico é aquele que contém o mesmo fármaco<br />

(princípio ativo), na mesma <strong>do</strong>se e forma farmacêutica, é administra<strong>do</strong> pela mesma via e com a mesma<br />

indicação terapêutica <strong>do</strong> medicamento <strong>de</strong> referência no país, apresentan<strong>do</strong> a mesma segurança que o<br />

medicamento <strong>de</strong> referência no país, po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> este ser intercambiável. (ANVISA, 2009)


39<br />

SGM. Nele são geradas as quantida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>materiais</strong> a serem utilizadas, para<br />

cada lote <strong>de</strong> produto a ser produzi<strong>do</strong>;<br />

Sistema MAXIPROD: é utiliza<strong>do</strong> após a execução <strong>do</strong> programa MRP,<br />

sugerin<strong>do</strong> as quantida<strong>de</strong>s necessárias para compra <strong>de</strong> <strong>materiais</strong>, as quais foram<br />

geradas no procedimento menciona<strong>do</strong> anteriormente. Também serve para<br />

cadastro <strong>de</strong> produtos, e ainda exibe as médias <strong>de</strong> consumo <strong>do</strong>s <strong>materiais</strong><br />

referente aos meses anteriores. Por fim elabora a emissão das requisições <strong>de</strong><br />

compra <strong>de</strong> <strong>materiais</strong>.<br />

Contu<strong>do</strong>, a empresa encontra-se em processo <strong>de</strong> migração <strong>do</strong>s seus <strong>sistema</strong>s<br />

vigentes para um novo <strong>sistema</strong> único e integra<strong>do</strong>, o SAP. Sua aplicação não será vista<br />

no estu<strong>do</strong>, pois se encontra em fase <strong>de</strong> implantação e ainda não dispõe <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s<br />

suficientes para realizar uma análise.<br />

4.2.1 A administração <strong>do</strong>s <strong>materiais</strong> <strong>através</strong> <strong>do</strong>s <strong>sistema</strong>s vigentes<br />

Neste tópico acompanha-se o caminho percorri<strong>do</strong> pelos <strong>sistema</strong>s<br />

informatiza<strong>do</strong>s para a administração <strong>do</strong>s <strong>materiais</strong> na Multilab, <strong>através</strong> da observação<br />

<strong>do</strong>s mesmos para produção <strong>de</strong> medicamentos, na empresa.<br />

Para realizar a programação <strong>do</strong>s <strong>materiais</strong> <strong>do</strong> mês vigente se utilizam os<br />

<strong>sistema</strong>s da empresa, já menciona<strong>do</strong>s nos tópicos anteriores. Esses <strong>sistema</strong>s são<br />

usa<strong>do</strong>s em uma forma seqüencial, <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> a exportar as informações <strong>do</strong>s mesmos por<br />

etapas. Esse processo é realiza<strong>do</strong> pelo Setor <strong>de</strong> PCP (Planejamento e <strong>controle</strong> da<br />

produção) que, conforme Correa et al. (2001) o PCP é o que tenta programar a<br />

produção <strong>de</strong> forma a manter suas taxas <strong>de</strong> produção o mais estável possível, com a<br />

mínima formação <strong>de</strong> estoques.<br />

O respectivo processo inicia-se com a confirmação pelo Setor <strong>de</strong> Logística, a<br />

fim <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificar se foram efetua<strong>do</strong>s to<strong>do</strong>s os lançamentos <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s produtos<br />

acaba<strong>do</strong>s no mês. O primeiro programa a ser utiliza<strong>do</strong> foi o SOLBASE no intuito <strong>de</strong><br />

gerar um relatório com os da<strong>do</strong>s da produção <strong>do</strong> mês. Esse relatório serve como base,


40<br />

para referenciar os lotes <strong>de</strong> produção já encerra<strong>do</strong>s. O procedimento também serve<br />

para uma avaliação das metas <strong>do</strong> mês conseguinte, que refere-se ao perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> um<br />

mês <strong>de</strong> produção, conta<strong>do</strong> <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o primeiro ao último dia <strong>do</strong> próximo mês, este<br />

procedimento é <strong>de</strong>monstra<strong>do</strong> na Figura 6:<br />

Figura 6 - Atualização <strong>do</strong>s estoques <strong>do</strong> mês<br />

Fonte: Da<strong>do</strong>s coleta<strong>do</strong>s pelo autor – <strong>sistema</strong> da empresa SOLBASE (MULTILAB, 2009)<br />

Observa-se na figura 6, as datas inseridas referentes ao perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> produção<br />

entre 1º <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 2008 até 30 <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 2008, a partir disso o <strong>sistema</strong><br />

SOLBASE então calcula as informações para gerar um relatório com as metas para o<br />

próximo mês. Logo após gerar esse relatório com as novas metas inicia-se a segunda<br />

etapa <strong>do</strong> processo. Para isso utiliza-se o programa SGM on<strong>de</strong> é cria<strong>do</strong> um novo PMP, a<br />

partir das informações <strong>do</strong> programa SOLBASE. Conforme, Correa et al. (2001), o


41<br />

registro básico <strong>do</strong> PMP tem um suporte <strong>de</strong> informação para a tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão sobre<br />

os produtos acaba<strong>do</strong>s em quantida<strong>de</strong>s e os tempos a serem produzi<strong>do</strong>s.<br />

A criação <strong>do</strong> novo PMP é feita no programa SGM com a geração <strong>de</strong> um novo<br />

perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> vendas, verifica-se o procedimento <strong>de</strong> inserção <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s <strong>de</strong> um novo mês<br />

<strong>através</strong> <strong>do</strong> <strong>sistema</strong> informatiza<strong>do</strong> já menciona<strong>do</strong>. Po<strong>de</strong>-se notar que já foram inseri<strong>do</strong>s<br />

os novos perío<strong>do</strong>s <strong>de</strong> vendas referentes aos meses <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2008 e também <strong>de</strong><br />

janeiro <strong>de</strong> 2009 conforme Figura 7:<br />

Figura 7 - Criação base da<strong>do</strong>s para o Plano Mestre Produção<br />

Fonte: Da<strong>do</strong>s coleta<strong>do</strong>s pelo autor – <strong>sistema</strong> da empresa SGM (MULTILAB, 2009)<br />

Após a criação <strong>do</strong> novo PMP com as novas metas, é efetuada a aplicação <strong>do</strong>s<br />

lotes <strong>de</strong> produção, ou seja, efetua-se a inserção da programação <strong>de</strong> cada produto a ser


42<br />

fabrica<strong>do</strong> nos próximos meses, conforme os novos perío<strong>do</strong>s <strong>de</strong> vendas visualiza<strong>do</strong>s<br />

anteriormente, essa parte <strong>do</strong> procedimento também é realiza<strong>do</strong> pelo programa SGM<br />

Após a aplicação <strong>do</strong>s lotes <strong>de</strong> produção, utiliza-se o MRP para realizar uma<br />

nova etapa no processo. O programa é atualiza<strong>do</strong> <strong>através</strong> <strong>do</strong> Software para que possa<br />

conter os da<strong>do</strong>s para as necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>materiais</strong> e lotes programa<strong>do</strong>s. Para Correa<br />

et al. (2001), os principais cadastros necessários no MRP incluem: cadastro mestre <strong>de</strong><br />

item, <strong>de</strong> estrutura <strong>de</strong> produto, cadastro <strong>de</strong> locais, <strong>de</strong> centro <strong>de</strong> produtivos, <strong>de</strong><br />

calendários e <strong>de</strong> cadastros <strong>de</strong> roteiros. A visualização <strong>do</strong> Software MRP da Multilab<br />

segue <strong>através</strong> da Figura 8:<br />

Figura 8 - Software <strong>de</strong> MRP<br />

Fonte: Da<strong>do</strong>s coleta<strong>do</strong>s pelo autor – software da empresa (MULTILAB, 2009)


43<br />

O uso <strong>do</strong> MRP da Multilab consiste somente conforme visualiza<strong>do</strong> na figura 8, o<br />

processo limita-se a abrir o <strong>sistema</strong> e teclar “Processar MRP”, então o mesmo cria os<br />

da<strong>do</strong>s <strong>de</strong> necessida<strong>de</strong>s que são migra<strong>do</strong>s automaticamente aos outros programa<strong>do</strong>s<br />

utiliza<strong>do</strong>s e então se fecha o programa. Após a atualização <strong>do</strong> MRP, então se obtêm os<br />

da<strong>do</strong>s atualiza<strong>do</strong>s para as necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>materiais</strong> para as novas metas <strong>de</strong><br />

produção <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com os lotes já cadastra<strong>do</strong>s e programa<strong>do</strong>s <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com o PMP<br />

no programa SGM. As verificações <strong>de</strong>ssas necessida<strong>de</strong>s são chamadas <strong>de</strong> requisições<br />

<strong>de</strong> compra <strong>de</strong> <strong>materiais</strong>, um exemplo é o item “ROT0228” que aparece na figura 9 na<br />

primeira coluna RCM como “SUG0208” e na coluna “Qt RCM” aparece à quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

393,84 milheiros <strong>de</strong> bulas para o dia 03 <strong>de</strong> março <strong>de</strong> 2009 conforme foi sugerida<br />

compra a pelo <strong>sistema</strong>, conforme <strong>de</strong>monstra<strong>do</strong> na Figura 9:<br />

Figura 9 - Necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>materiais</strong> via <strong>sistema</strong><br />

Fonte: Da<strong>do</strong>s coleta<strong>do</strong>s pelo autor – Software <strong>de</strong> necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>materiais</strong> da empresa (2009)


44<br />

4.2.2 Limitações <strong>do</strong>s <strong>sistema</strong>s atuais<br />

A abordagem utilizada para observar as limitações <strong>do</strong>s <strong>sistema</strong>s foi uma<br />

amostragem Intencional. Foi seleciona<strong>do</strong> um item da família das embalagens, um<br />

cartucho para embalagem <strong>de</strong> medicamentos. Na amostra <strong>do</strong> cartucho utiliza<strong>do</strong> foi<br />

encontrada divergência <strong>de</strong> informações. Cruz (2007) cita que as divergências ou falhas<br />

são estudadas pelo mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> relacionamento cíclico que, estuda o comportamento <strong>de</strong><br />

qualquer empresa <strong>através</strong> <strong>de</strong> três elementos: as pessoas que participam da empresa,<br />

os processos que <strong>de</strong>vem ser executa<strong>do</strong>s, e a tecnologia da informação.<br />

Os <strong>sistema</strong>s utiliza<strong>do</strong>s atualmente po<strong>de</strong>m gerar divergências <strong>de</strong> informações,<br />

pois uma informação divergente em um <strong>do</strong>s <strong>sistema</strong>s acarreta uma reação nos <strong>de</strong>mais,<br />

como visto no tópico anterior cada processo em um <strong>sistema</strong> acaba influencian<strong>do</strong> na<br />

próxima etapa. Conforme Oliveira (1999, p.94) um <strong>sistema</strong> <strong>de</strong>ve “[...] auxiliar a empresa<br />

na tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão por meio <strong>de</strong> informações que sejam: confiáveis; na quantida<strong>de</strong><br />

a<strong>de</strong>quada; na época a<strong>de</strong>quada; com custo compatível com o volume e o nível da<br />

qualida<strong>de</strong> das informações”. Conforme uma análise da necessida<strong>de</strong> da amostra<br />

escolhida referente ao cartucho utiliza<strong>do</strong> para embalagem cujo código é “EMB0656”<br />

houve a constatação <strong>de</strong> uma divergência, vinda <strong>do</strong> <strong>sistema</strong> MAXIPROD. Para os lotes<br />

<strong>de</strong> produção nº 906353, 906354, 906355 é referente ao mês <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 2009<br />

conforme <strong>de</strong>signa<strong>do</strong>s em sua “nomenclatura <strong>de</strong> lote 5 ”, e se necessitam <strong>de</strong> 4.480<br />

cartuchos para cada lote, o mesmo acontece com os lotes 907219, 907220 e 907221<br />

que se referem ao mês <strong>de</strong> julho, isso fica, evi<strong>de</strong>ncia<strong>do</strong> na Figura 8 intitulada como<br />

“INSUMOS (AEST 400)” na coluna “Aplicação”:<br />

5 A nomenclatura <strong>de</strong> lote refere-se ao nº <strong>do</strong> lote que é <strong>de</strong>signa<strong>do</strong> da seguinte maneira, por<br />

exemplo: lote 906353, o nº “9” refere-se ao ano 2009, o nº “06” refere-se ao mês <strong>de</strong> junho e o nº “353”<br />

refere-se a seqüência <strong>de</strong> lotes aplica<strong>do</strong>s para produzir no mês <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 2009.


45<br />

Figura 10 - Quantida<strong>de</strong>s por lote (Insumos AEST)<br />

Fonte: Da<strong>do</strong>s coleta<strong>do</strong>s pelo autor – Sistema MAXIPROD (MULTILAB, 2009)<br />

Ao analisar as necessida<strong>de</strong>s conforme a próxima figura intitulada “Estoque da<br />

MULTILAB” verifica-se ao somar das quantida<strong>de</strong>s da coluna “Qt (Un.)” que 2.215<br />

unida<strong>de</strong>s com mais 15.700 unida<strong>de</strong>s que aparecem logo abaixo e chegam a um total <strong>de</strong><br />

17.915 unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cartuchos, dispostos em estoque, porém nota-se que as 15.700<br />

unida<strong>de</strong>s estão <strong>de</strong>scritos como “Tipo - Reprova<strong>do</strong>s 6 ” conforme a Figura 11:<br />

6 Os Itens tipo reprova<strong>do</strong>s são aqueles passaram por um setor chama<strong>do</strong> <strong>controle</strong> <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong><br />

o qual os analisou e encontrou inconformida<strong>de</strong>s que impossibilitam o uso <strong>do</strong>s mesmos na produção.<br />

Então os rejeita para o uso e <strong>de</strong>screve como reprova<strong>do</strong>s.


46<br />

Figura 11 - Proprieda<strong>de</strong>s <strong>do</strong> item EMB0656<br />

Fonte: Da<strong>do</strong>s coleta<strong>do</strong>s pelo autor – Sistema MAXIPROD (MULTILAB, 2009)<br />

De acor<strong>do</strong> com a figura 11, o <strong>sistema</strong> MAXIPROD não <strong>de</strong>veria incluir os itens<br />

reprova<strong>do</strong>s <strong>do</strong> estoque no momento da sugestão da compra das necessida<strong>de</strong>s. A<br />

quantida<strong>de</strong> <strong>do</strong> item “EMB0656” que <strong>de</strong>veria ser comprada para complementar a<br />

produção para os meses <strong>de</strong> junho e julho seria <strong>de</strong> 24.665 unida<strong>de</strong>s, que é a<br />

necessida<strong>de</strong> total para a produção, 26.880 unida<strong>de</strong>s, (referentes a soma das 4.480<br />

unida<strong>de</strong>s multiplicada pelos 6 lotes a produzir) menos a quantida<strong>de</strong> disposta no<br />

almoxarifa<strong>do</strong> aprovada para o uso 2.215 unida<strong>de</strong>s. Porém não é o que se observa na<br />

figura 12, on<strong>de</strong> po<strong>de</strong>-se verificar que na linha “SUG0168” a quantida<strong>de</strong> disposta na<br />

coluna “Qt RCM” (Quantida<strong>de</strong> da requisição <strong>de</strong> compra) é <strong>de</strong> apenas 8.945, o que<br />

evidência que o <strong>sistema</strong> somou além <strong>do</strong>s 2.215 unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cartuchos dispostas para o<br />

estoque, também os 15.700 unida<strong>de</strong>s reprovadas, uma vez que a soma <strong>do</strong> estoque <strong>do</strong>


47<br />

item aprova<strong>do</strong> e reprova<strong>do</strong> são 17.915 unida<strong>de</strong>s, que subtraí<strong>do</strong>s da necessida<strong>de</strong> total,<br />

são a quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> 8.945 unida<strong>de</strong>s, a qual foi sugerida pelo <strong>sistema</strong>, i<strong>de</strong>ntifican<strong>do</strong><br />

assim então que existe uma divergência <strong>de</strong> informações no <strong>sistema</strong>, referente ao<br />

estoque <strong>do</strong> produto e a sugestão <strong>de</strong> compra <strong>do</strong> item “EMB0656”.<br />

Figura 12 - Sugestão <strong>de</strong> compra <strong>de</strong> material<br />

Fonte: Da<strong>do</strong>s coleta<strong>do</strong>s pelo autor – Sistema MAXIPROD (MULTILAB, 2009)<br />

Nota-se, portanto, que existe divergência no <strong>sistema</strong> MAXIPROD a qual<br />

<strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ia uma reação nos <strong>de</strong>mais <strong>sistema</strong>s em virtu<strong>de</strong> <strong>do</strong>s mesmos estarem<br />

interliga<strong>do</strong>s a cada etapa <strong>do</strong> processo na administração <strong>do</strong>s <strong>materiais</strong>.<br />

Sobre essas limitações e a relação entre elas Cruz (2007, p.39) cita que<br />

“Qualquer <strong>de</strong>sses elementos que estiver <strong>de</strong>sajusta<strong>do</strong>, <strong>de</strong>sregula<strong>do</strong> ou falhan<strong>do</strong>,


48<br />

intrínseca ou extrinsecamente, ocasiona perdas que comprometem to<strong>do</strong> o conjunto, e<br />

não somente o elemento <strong>de</strong>sequilibra<strong>do</strong>”.<br />

As falhas acontecidas nos <strong>sistema</strong>s que competem a administração da<br />

tecnologia da informação po<strong>de</strong>m acontecer por diversos fatores entre eles conforme<br />

cita<strong>do</strong>s por Cruz (2007, p.41):<br />

Falta <strong>de</strong> maturida<strong>de</strong>. Tecnologia sem maturida<strong>de</strong> não consegue<br />

correspon<strong>de</strong>r aos princípios pelos quais tenha si<strong>do</strong> escolhida;<br />

Falta <strong>de</strong> atualização. Toda tecnologia que não estiver atualizada;<br />

Falta <strong>de</strong> conhecimento. Quan<strong>do</strong> o usuário tenta <strong>de</strong>scobrir como funciona<br />

<strong>de</strong>termina<strong>do</strong> programa, por si só, está <strong>de</strong>sperdiçan<strong>do</strong> tempo e gastan<strong>do</strong> muito<br />

dinheiro. Muito mais <strong>do</strong> que custaria o treinamento;<br />

Falta <strong>de</strong> entrosamento. O fato <strong>do</strong> usuário não se entrosar com <strong>de</strong>terminada<br />

tecnologia coloca em risco o potencial <strong>de</strong> aproveitamento da mesma;<br />

Falta <strong>de</strong> disponibilida<strong>de</strong>. Não adianta termos <strong>de</strong>cidi<strong>do</strong>s que <strong>de</strong>terminada<br />

tecnologia é mais a<strong>de</strong>quada para suportar um processo se ela ainda não estiver<br />

disponível.<br />

Falta <strong>de</strong> objetivida<strong>de</strong>. Muitas vezes, o trabalho <strong>de</strong> escolher a tecnologia que<br />

irá suportar um processo fica comprometi<strong>do</strong> pela falta <strong>de</strong> objetivida<strong>de</strong> da equipe.<br />

Falta <strong>de</strong> direcionamento. Muitas vezes, o erro cometi<strong>do</strong> pelas equipes <strong>de</strong><br />

planejamento <strong>de</strong> Tecnologia da Informação é o <strong>de</strong> falta <strong>de</strong> direção para assumir<br />

as tarefas mais elementares como, por exemplo: compra implantação,<br />

treinamento etc.<br />

Conforme o levantamento feito por (CRUZ, 2007) a empresa Multilab po<strong>de</strong>ria<br />

averiguar com o intuito <strong>de</strong> <strong>de</strong>scobrir a causa das divergências encontradas à empresa.<br />

Para se observar o quanto po<strong>de</strong>ria ser afetada a produção <strong>do</strong>s meses <strong>de</strong> Junho<br />

e Julho <strong>de</strong> 2009 se houvesse uma divergência nas informações <strong>do</strong> <strong>sistema</strong> MAXIPROD<br />

<strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com as necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>materiais</strong> observadas anteriormente, verifica-se a<br />

quantida<strong>de</strong> <strong>do</strong> item “EMB0656” que estão reprova<strong>do</strong>s e não servem para a produção,<br />

conforme gráfico 1:


49<br />

Produto EMB0656<br />

16000<br />

15700<br />

15500<br />

15000<br />

Quantida<strong>de</strong><br />

14500<br />

14000<br />

13500<br />

13440 13440<br />

13000<br />

12500<br />

12000<br />

Junho Julho Reprova<strong>do</strong>s<br />

Gráfico 1 - Nível <strong>de</strong> produto reprova<strong>do</strong><br />

Fonte: Da<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s pela pesquisa acadêmica, com base em da<strong>do</strong>s da empresa.<br />

Observa-se que a quantida<strong>de</strong> reprovada no gráfico referente ao item<br />

“EMB0656” é maior que toda a quantida<strong>de</strong> <strong>do</strong> mês inteiro <strong>de</strong> junho e ainda uma parte<br />

<strong>do</strong> mês <strong>de</strong> julho, o que significa se não fosse observada a divergência, na necessida<strong>de</strong><br />

<strong>do</strong> produto a produção, nesses meses po<strong>de</strong>ria estar comprometida. Ficou evi<strong>de</strong>ncia<strong>do</strong><br />

que o <strong>sistema</strong> MAXIPROD não <strong>de</strong>scarta os itens reprova<strong>do</strong>s no estoque no momento<br />

da sugestão <strong>de</strong> <strong>materiais</strong> para a compra.


50<br />

4.3 EVIDÊNCIAS DO ESTUDO DE CASO<br />

Com o estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> caso elabora<strong>do</strong>, foi possível realizar uma análise da lacuna<br />

existente nos <strong>sistema</strong>s atuais da empresa que po<strong>de</strong>m acarretar informações incorretas<br />

para o <strong>controle</strong> <strong>do</strong>s estoques <strong>de</strong> <strong>materiais</strong> na produção <strong>de</strong> medicamentos. Conforme o<br />

Quadro 3:<br />

EVIDÊNCIAS DO ESTUDO<br />

Nos canais <strong>de</strong> Informações para o <strong>controle</strong> <strong>de</strong> <strong>materiais</strong> atuais, encontram-se<br />

divergências <strong>de</strong> informações, conforme evi<strong>de</strong>ncia<strong>do</strong>s a partir <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s levanta<strong>do</strong>s pelo<br />

estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> caso com base nas informações <strong>do</strong> <strong>sistema</strong> informatiza<strong>do</strong> da empresa.<br />

Essas divergências po<strong>de</strong>m acarretar atrasos na produção e entregas. De acor<strong>do</strong><br />

com Correa et al. (2001, p.116) se “[...] se a informação da alteração <strong>do</strong> produto não for<br />

refletida no <strong>sistema</strong> <strong>de</strong> gestão o resulta<strong>do</strong> é falta na linha e atraso na entrega”.<br />

Existe uma necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> acompanhamento <strong>do</strong>s usuários ao <strong>sistema</strong> para<br />

garantia <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s corretos e informação mais confiável. Cruz (2007) cita que uma das<br />

fontes <strong>de</strong> <strong>de</strong>sequilibro <strong>de</strong> tecnologia da informação é a falta <strong>de</strong> treinamento as pessoas<br />

para operar o novo dispositivo. O’brien (2004, p.11) cita que, os usuários finais <strong>do</strong> <strong>sistema</strong><br />

são, “[...] Pessoas que gastam a maior parte <strong>de</strong> seu tempo se comunican<strong>do</strong>, colaboran<strong>do</strong><br />

em equipes e em grupos <strong>de</strong> trabalho e crian<strong>do</strong>, utilizan<strong>do</strong> e distribuin<strong>do</strong> informações”.<br />

A necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> integralizar os <strong>sistema</strong>s <strong>de</strong> gestão atuais, e uma revisão em<br />

suas ferramentas a fim <strong>de</strong> que não ocorram as divergências e para que se tenha um único<br />

<strong>sistema</strong> eficiente. Para Cruz (2007, p.209) “Hoje é necessário gerenciar to<strong>do</strong>s os passos<br />

que envolvem a implementação <strong>de</strong> um novo <strong>sistema</strong>, como forma <strong>de</strong> garantir o sucesso <strong>do</strong><br />

projeto e da empresa”.<br />

Quadro 3 - Análise <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s<br />

Fonte: Da<strong>do</strong>s coleta<strong>do</strong>s pelo autor


CONSIDERAÇÕES FINAIS<br />

Ao término <strong>de</strong>ste trabalho, verificou-se que os Controles <strong>do</strong>s Materiais <strong>através</strong><br />

<strong>de</strong> Sistema Informatiza<strong>do</strong> são <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> importância para a empresa Multilab Indústria<br />

e Comércio <strong>de</strong> Produtos Farmacêuticos Ltda, pois po<strong>de</strong> contemplar ter um melhor<br />

<strong>controle</strong> na administração <strong>do</strong>s mesmos.<br />

Verificou-se ainda que o Sistema <strong>de</strong>ve ser bem estrutura<strong>do</strong>, e bem atualiza<strong>do</strong>,<br />

pois foram apresenta<strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s <strong>de</strong>monstra<strong>do</strong>s no <strong>sistema</strong> com variáveis diferentes<br />

daquelas que ele <strong>de</strong>veria informar e os mesmos geraram conflitos <strong>de</strong> informações no<br />

arquivo <strong>do</strong> banco <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s da empresa.<br />

Com relação ao objetivo geral procurou-se levantar os pontos em que se<br />

verifica a necessida<strong>de</strong> <strong>do</strong> uso <strong>do</strong>s Sistemas Informatiza<strong>do</strong>s para a empresa Multilab,<br />

realizar o <strong>controle</strong> <strong>do</strong>s estoques <strong>de</strong> <strong>materiais</strong> com o objetivo, para administrar seus<br />

recursos <strong>de</strong> matérias primas.<br />

Através das constatações realizadas analisou-se o problema, e se confirmou à<br />

hipótese construída <strong>de</strong> que por meio da análise realizada <strong>do</strong> <strong>controle</strong> <strong>de</strong> <strong>materiais</strong><br />

po<strong>de</strong>-se averiguar que há necessida<strong>de</strong> ter um <strong>sistema</strong> informatiza<strong>do</strong> mais preciso.<br />

Para se obter bons resulta<strong>do</strong>s na empresa Multilab, é necessário que boa parte<br />

<strong>de</strong>sses venham <strong>de</strong> sua a<strong>de</strong>quada estruturação interna, <strong>de</strong> seus da<strong>do</strong>s estarem bem<br />

dispostos, e estoques equilibra<strong>do</strong>s. Buscan<strong>do</strong> melhorias conforme os objetivos<br />

específicos traça<strong>do</strong>s para o Sistema <strong>de</strong> Informação para Controle <strong>de</strong> <strong>materiais</strong> da<br />

Multilab, conforme com o que foi apresenta<strong>do</strong> e visan<strong>do</strong> dar uma continuida<strong>de</strong> ao<br />

trabalho <strong>de</strong>staca-se:<br />

a) A utilização <strong>de</strong> um <strong>controle</strong> programa<strong>do</strong> <strong>de</strong> manutenção <strong>do</strong> Sistema<br />

Informatiza<strong>do</strong> a fim <strong>de</strong> se ter uma melhor avaliação <strong>do</strong>s técnicos <strong>de</strong> TI, para uma<br />

análise na verificação se os da<strong>do</strong>s estão realmente corretos dispostos aos seus<br />

usuários.<br />

b) Integrar os <strong>sistema</strong>s <strong>de</strong> <strong>controle</strong> <strong>de</strong> <strong>materiais</strong> com áreas tal como:<br />

Almoxarifa<strong>do</strong>, PCP e Produção a terem uma correta distribuição das informações,<br />

<strong>através</strong> <strong>de</strong> treinamentos sobre ferramentas <strong>do</strong> <strong>sistema</strong>, lançamentos <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s para não


52<br />

ocorrer discrepâncias por erro humano, pois estes grupos, são aqueles que mais<br />

utilizam o <strong>sistema</strong>.<br />

c) Substituir os vários <strong>sistema</strong>s utiliza<strong>do</strong>s hoje em dia pela empresa por apenas<br />

um que possa conter as informações necessárias para a “Gestão <strong>do</strong>s Materiais”, assim<br />

ten<strong>do</strong> um melhor aproveitamento <strong>do</strong> tempo, estar menos suscetível as divergências<br />

pelas diversas ferramentas existentes. Aproveitar a implementação <strong>de</strong> um novo<br />

<strong>sistema</strong> que já está em fase <strong>de</strong> elaboração o SAP.<br />

Para este estu<strong>do</strong>, po<strong>de</strong>-se afirmar que existiram dificulda<strong>de</strong>s em <strong>de</strong>stacar as<br />

divergências <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s encontradas na empresa, pois o <strong>sistema</strong> Informatiza<strong>do</strong> da<br />

mesma disfarça o problema uma vez que os da<strong>do</strong>s aparentemente corretos em uma<br />

parte, mas na verda<strong>de</strong> traduziam incorretamente aquilo que se interpretava.<br />

O presente estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> caso po<strong>de</strong>rá servir <strong>de</strong> base para novos estu<strong>do</strong>s e<br />

pesquisas mais aprofundadas sobre o assunto referente as possíveis divergências <strong>de</strong><br />

informações nos <strong>sistema</strong>s <strong>de</strong> gestão , em outras organizações uma vez que existem<br />

<strong>sistema</strong>s informatiza<strong>do</strong>s na maioria das empresas.


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http://www.administra<strong>do</strong>res.com.br/sigesuaimportanciaparatomada<strong>de</strong><strong>de</strong>cisao acesso<br />

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acesso em: 06 <strong>de</strong><br />

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tecnologia para alcançar o sucesso. Traduzi<strong>do</strong> por Alana Madureira. São Paulo: Futura,<br />

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http://www.anvisa.gov.br/medicamentos/conceito.htm#1.1<br />

http://www.portalfarmacia.com.br/farmacia/principal/conteu<strong>do</strong>.asp?id=1754


APÊNDICES


APÊNDICE – A: AUTORIZAÇÃO PARA USO DOS DADOS DA EMPRESA


APÊNDICE – B: VISTA AÉREA DA EMPRESA MULTILAB

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