1 O ensino a distância e a educação à presença ... - USP
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O 14<strong>ensino</strong> a distância e a educação à presença: contribuições psicanalíticas a propósito da formação não-presencial de professores<br />
Pesquisas e Desenvolvimento Tecnológico), INPE (Instituto Nacional de Pesquisas<br />
Espaciais) e Ministério da Educação (Ibid.: 313). Nesta década por meio da difusão<br />
televisiva e radiofônica, mais de 17 mil adultos se “alfabetizaram a distância”, mas<br />
poucos passavam nos Exames Supletivos de Capacitação Ginasial e de Madureza<br />
(ALONSO, 1996: 214). Com a popularização e barateamento da gravação de programas<br />
de rádio e televisão, várias instituições passaram a produzir material midiático para<br />
educação de adultos, especialmente para a alfabetização, cada qual à sua maneira. A<br />
década de 1980 foi caracterizada principalemente pelas iniciativas que se interessavam<br />
pela demanda não atendida da rede de <strong>ensino</strong> fundamental II e pela demanda de<br />
analfabetos em regiões de difícil deslocamento geográfico 11 , como a experiência do<br />
Projeto Seringueiro, veiculado pela Rádio Cruzeiro do Sul, no Acre em parceria com a<br />
Rádio Nacional, de Brasília.<br />
De 1985 a 1995, o <strong>ensino</strong> a distância, antes utilizado para suprimento de<br />
demanda não-atendida na alfabetização de adultos, no treinamento e aperfeiçoamento<br />
profissional (inclusive de professores) ou em regiões de difícil deslocamento, foi<br />
realocado destas finalidades para os cursos de graduação e pós-graduação, mais<br />
precisamente como suporte complementar para a formação inicial de professores, a<br />
princípio sem pretensão de formação integral a distância. A transformação dos cursos<br />
técnicos, antes oferecidos em nível de <strong>ensino</strong> médio, em cursos de licenciatura curta e a<br />
interrupção de oferta de formação de professores no <strong>ensino</strong> médio, o extinto Magistério,<br />
expandiu sobremaneira a oferta de cursos a distância. Conforme diminuia a demanda de<br />
alunos que não haviam cursado o <strong>ensino</strong> fundamental I e II, o número de iniciativas de<br />
<strong>ensino</strong> a distância também diminuia nesses níveis e migrava para os posteriores<br />
(ROMISZOWSKI, 2004). Este período coincide com o período seguinte à<br />
compulsoriedade legal da matrícula de crianças e adolescentes na educação básica<br />
presencial.<br />
11 Algumas regióes do Brasil não apenas se caracterizam por terem considerável área fluvial, como também<br />
pela dificuldade de transposição dessa área, pois muitas vezes os rios correm paralelos e portanto são vias<br />
separadas por vegetação densa, ou o fluxo de correntezas constitui verdadeiro impedimento para acesso à<br />
edificações escolares de grande e médio porte ou mesmo torna inexequível o trabalho itinerante do<br />
professor. Esse aspecto foi-me esclarecido em encontro com pesquisadoras da UnB, na oportunidade de<br />
compartilharmos pesquisas sobre <strong>ensino</strong> a distância durante o VII Colóquio Internacional do LEPSI, em<br />
2008. Nossos trabalhos est(ar)ão publicados nos anais do encontro.