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Modelo prático para tomada de decisão ética em questões ...

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Estudos52Na Organização A, as questões<strong>em</strong>ergentes foram gerenciadas <strong>de</strong>forma pró-ativa, com um sofisticadonível <strong>de</strong> pesquisa <strong>de</strong> clima realizadaregularmente. O gerenciamento <strong>de</strong>questões <strong>em</strong>ergentes foi mais simétricodo que na Organização B, porquecontato freqüente foi mantido comgrupos no ambiente organizacional, eeste contato foi utilizado <strong>para</strong>propósitos <strong>de</strong> pesquisa <strong>de</strong> clima, b<strong>em</strong>como <strong>para</strong> criação e manutenção <strong>de</strong>relacionamentos. Por ex<strong>em</strong>plo, umgestor <strong>de</strong> questões <strong>em</strong>ergentes naOrganização A <strong>de</strong>screveu o relacionamentoda companhia comativistas <strong>de</strong> organizações que lutamcontra a Aids: “Nosso princípio seria terrelacionamentos constantes com eles.Caracterizaríamos os relacionamentoscomo positivos porque as discussõescontinuam. Mas o fato <strong>de</strong> você falarsobre o assunto é um bom sinal e é issoque serviu <strong>de</strong> base, durante a últimadécada, <strong>de</strong> nosso relacionamento comas pessoas infectadas pelo vírus da Aids”.O processo típico <strong>de</strong> gerenciamento<strong>de</strong> questões <strong>em</strong>ergentes naOrganização A é formal; envolve o uso<strong>de</strong> um mo<strong>de</strong>lo. Esse mo<strong>de</strong>lo requerque os gestores <strong>de</strong> questões <strong>em</strong>ergentescui<strong>de</strong>m dos assuntos “estabelecendorelacionamentos <strong>de</strong> confiançaatravés da comunicação, feedback eaprendizado.” O mo<strong>de</strong>lo multifásico és<strong>em</strong>elhante aos mo<strong>de</strong>los discutidospelos estudiosos do gerenciamento <strong>de</strong>questões <strong>em</strong>ergentes (Buchholz, Evans,& Wagley, 1989; Chase, 1977; Cheney& Vibbert, 1987; Crable & Vibbert, 1985;Ewing, 1997; J. E. Grunig & Repper,1992; Heath & Nelson, 1986; Jones &Chase, 1979; Lauzen, 1997), que geralmenteinclu<strong>em</strong> estimativas, i<strong>de</strong>ntificaçãodas questões <strong>em</strong>ergentes, coleta<strong>de</strong> informações, estratégia epriorida<strong>de</strong>s, planejamento <strong>de</strong> ação,impl<strong>em</strong>entação e avaliação.A primeira priorida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ambas asorganizações, uma vez i<strong>de</strong>ntificado oassunto <strong>em</strong>ergente, é coletar fatos arespeito <strong>de</strong>le. Questões <strong>em</strong>ergentes <strong>de</strong>significância mais séria do que aativida<strong>de</strong> diária requer<strong>em</strong> que sejamontada uma equipe. A equipe normalmenteconsiste <strong>de</strong> vários gestores<strong>de</strong> questões <strong>em</strong>ergentes, um especialista<strong>de</strong> produto ou cientistapesquisador, um advogado e umrepresentante do <strong>de</strong>partamento financeiro.A coleta <strong>de</strong> dados sobre oprobl<strong>em</strong>a é uma questão continua. Aesta altura as organizações diverg<strong>em</strong>quanto ao tratamento do processo,conforme discutirei na próxima perguntainvestigativa.O gerenciamento <strong>de</strong> questões<strong>em</strong>ergentes na Organização B foi <strong>de</strong>natureza mais reativa do que naOrganização A. Os gestores da OrganizaçãoB contaram-me que nãomantêm relações freqüentes comm<strong>em</strong>bros da mídia ou públicos com oobjetivo <strong>de</strong> coleta <strong>de</strong> informações,mas “confiam totalmente na associação<strong>de</strong> indústrias <strong>para</strong> taisinformações.” Os gestores <strong>de</strong> questões<strong>em</strong>ergentes da Organização B foramfreqüent<strong>em</strong>ente informados <strong>de</strong> questõesatravés <strong>de</strong> telefon<strong>em</strong>as da mídiasolicitando comentários a respeito <strong>de</strong>processos legais ou queixas <strong>de</strong> consumidores,colocando-os numa circunstânciareacionária e menos trágica doque se os assuntos tivess<strong>em</strong> sido i<strong>de</strong>ntificados,rastreados e planejados comantecedência. A Organização B freqüent<strong>em</strong>enteteve <strong>de</strong> se engajar <strong>em</strong>gerenciamento <strong>de</strong> crise por conta dafalta da pesquisa <strong>de</strong> clima. A OrganizaçãoA é claramente mais próativano gerenciamento <strong>de</strong> questões<strong>em</strong>ergentes do que a Organização Bao manter comunicação simétricacom os públicos, buscando osassuntos e planejando como gerenciarquestões <strong>em</strong>ergentes.Ambas as organizações confiaramna <strong>tomada</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão grupal numaequipe <strong>de</strong> questões <strong>em</strong>ergentes. Umdos participantes da Organização Bexplicou: “Na maioria das vezesconcordávamos. Consigo me l<strong>em</strong>brarEstudos, revista s<strong>em</strong>estral do Curso <strong>de</strong> Jornalismo e Relações Públicas da Universida<strong>de</strong> Metodista <strong>de</strong> São Paulo

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