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Modelo prático para tomada de decisão ética em questões ...

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Estudos60Como organização,estamos sendoconsistentes ao adotara ética numa <strong>de</strong>cisão?Estamos consi<strong>de</strong>randotodas as questõeséticas inerentes a uma<strong>de</strong>cisão?A <strong>de</strong>ontologia ébaseada no agent<strong>em</strong>oral do indivíduo, eesse aspecto da teoriaconfere uma gran<strong>de</strong>responsabilida<strong>de</strong> aogestor <strong>de</strong> questões<strong>em</strong>ergentes.bais. As organizações participantes<strong>de</strong>sta pesquisa eram gran<strong>de</strong>s, <strong>em</strong>pregando<strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> milhares <strong>de</strong>pessoas e ambas tinham sua se<strong>de</strong>principal nos Estados Unidos. Essasconsi<strong>de</strong>rações po<strong>de</strong>riam auferir se ecomo o mo<strong>de</strong>lo po<strong>de</strong>ria ser aplicado<strong>em</strong> organizações menores ou comse<strong>de</strong> <strong>em</strong> outros países. Por ex<strong>em</strong>plo,organizações menores po<strong>de</strong>riam nãoser tão equipadas <strong>para</strong> <strong>de</strong>dicar t<strong>em</strong>poe recursos necessários <strong>para</strong> realizaruma análise ética profunda.Organizações com se<strong>de</strong> <strong>em</strong> paísess<strong>em</strong> uma base ética judaico-cristã (DeGeorge, 1999) po<strong>de</strong>m achar difícilimpl<strong>em</strong>entar o mo<strong>de</strong>lo. Um <strong>de</strong>safio<strong>em</strong> particular po<strong>de</strong>ria vir a surgir ao setentar aplicar o mo<strong>de</strong>lo <strong>em</strong> socieda<strong>de</strong>scoletivistas, como a China, porcausa <strong>de</strong> sua confiança na autonomiaindividual. Assim sendo, uma futurapesquisa <strong>de</strong>ve testar este mo<strong>de</strong>lo <strong>em</strong>negócios fora do eixo oci<strong>de</strong>ntal antes<strong>de</strong> tentar impl<strong>em</strong>entá-lo <strong>em</strong> taisorganizações.Além disso, a amostrag<strong>em</strong> estudadanesta pesquisa po<strong>de</strong>ria influenciaro resultado do estudo porcausa <strong>de</strong> um preconceito voluntárionas duas organizações participantes.Essas duas organizações têm a ética<strong>em</strong> alta consi<strong>de</strong>ração e <strong>de</strong>sejam sercorporações éticas. Pelo fato <strong>de</strong> elasser<strong>em</strong> geralmente reputadas como asduas mais éticas na indústria farmacêutica,po<strong>de</strong>-se assumir que os participantessentiram pouco ou nenhumt<strong>em</strong>or <strong>em</strong> tomar parte <strong>de</strong>ste estudo.Cuidado <strong>de</strong>ve existir quando divulgamosas conclusões aqui apresentadas<strong>para</strong> organizações com diferentesestruturas <strong>de</strong> <strong>tomada</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisãoética ou menor ênfase <strong>em</strong> ética. Esteestudo <strong>de</strong> caso com<strong>para</strong>tivo é umestudo <strong>de</strong> ex<strong>em</strong>plares e não se po<strong>de</strong>generalizar por toda a indústria.As organizações que preferiramnão participar <strong>de</strong>ste estudo po<strong>de</strong>m ter<strong>de</strong>clinado por causa do t<strong>em</strong>or <strong>em</strong> terum pesquisador observando <strong>de</strong> pertosua ética. Uma organização, tão fechada<strong>em</strong> sua estrutura que eu nãopu<strong>de</strong> apurar o nome <strong>de</strong> ninguém no<strong>de</strong>partamento <strong>de</strong> relações públicas,não me permitiu conexão com esse<strong>de</strong>partamento por telefone. Estudaressa organização certamente resultaria<strong>em</strong> contrapontos <strong>para</strong> muitos dosdados neste estudo. Organizaçõescom uma visão <strong>de</strong> mundo assimétricasão fechadas e resistentes à mudança;ao não permitir<strong>em</strong> acesso, elasreforçam seu status quo. Infelizmente,são talvez as organizações com amaior necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> aconselhamentoético que optam por não participar<strong>de</strong>ssa pesquisa. Pesquisas futuras<strong>de</strong>veriam incluir organizações que sãomenos que ex<strong>em</strong>plares na ética, cujasculturas organizacionais não valorizam aética como central <strong>para</strong> a organizaçãoou que colocam pouca ênfase naética na <strong>tomada</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão.Por que as organizações<strong>de</strong>v<strong>em</strong> usar este mo<strong>de</strong>loprático?Gestores <strong>de</strong> questões <strong>em</strong>ergentes<strong>de</strong>v<strong>em</strong> integrar <strong>de</strong>cisões <strong>de</strong> negócioscom ética. Para se manter<strong>em</strong> viáveis,os negócios precisam que <strong>de</strong>cisõessejam <strong>tomada</strong>s, políticas sejam lançadas,questões <strong>em</strong>ergentes sejamresolvidas. Os gestores receb<strong>em</strong> a responsabilida<strong>de</strong><strong>de</strong> analisar as questõese tomar as <strong>de</strong>cisões corretas. Emrelação a muitos participantes <strong>de</strong>steestudo, as opções não eram preto oubranco, mas cinza. O mo<strong>de</strong>lo práticopermite que gestores <strong>de</strong> questões<strong>em</strong>ergentes realiz<strong>em</strong> uma análise profunda,sist<strong>em</strong>ática dos aspectos éticos<strong>de</strong> uma <strong>de</strong>cisão e entendam essa<strong>de</strong>cisão e suas ramificações, a partir<strong>de</strong> uma multiplicida<strong>de</strong> <strong>de</strong> perspectivas.In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nt<strong>em</strong>ente <strong>de</strong> qual<strong>para</strong>digma ético é impl<strong>em</strong>entado,realizar uma análise rigorosa <strong>em</strong>etódica <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões éticas asseguraque seja <strong>tomada</strong> uma <strong>de</strong>cisão maissólida do que quando se usa umaEstudos, revista s<strong>em</strong>estral do Curso <strong>de</strong> Jornalismo e Relações Públicas da Universida<strong>de</strong> Metodista <strong>de</strong> São Paulo

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