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Edição 115 download da revista completa - Logweb

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54 | edição nº<strong>115</strong> | Set | 2011 |Multimo<strong>da</strong>lDexheimer, <strong>da</strong> Dex Log: asentregas são os maioresproblemas para o setor, sejapara lojas ou e-commerceAntonio de Oliveira.Logística personaliza<strong>da</strong> paraca<strong>da</strong> caso, espécie de produtoe ca<strong>da</strong> estrutura de empresa semostra como fator importantepara uma logística benfeita.A uniformi<strong>da</strong>de de processosadquiridos pelo setor muitas vezesculmina com gargalos logísticos efalhas. A aquisição de tecnologiasiguais para enfoques diferentesé capaz de travar operações, pornão serem as mais indica<strong>da</strong>se alinha<strong>da</strong>s para aquele setor.Outro fator fun<strong>da</strong>mental é aespecialização <strong>da</strong> mão de obra.O alinhamento entre tecnologiae equipe precisa ser feito, poisa mão de obra muitas vezesé responsável por operaçõescomo recebimento, conferência,armazenagem, movimentações eseparações, e não adianta investirem sistemas e equipamentos se aequipe não está bem integra<strong>da</strong> eintera<strong>da</strong> com os fatores tecnológicosdisponíveis e, também, se doscolaboradores não for cobra<strong>da</strong> amesma quali<strong>da</strong>de de serviço exigi<strong>da</strong><strong>da</strong> tecnologia investi<strong>da</strong>. “Ocritério, portanto, de uma centralde distribuição do varejo é bastanteradical no quesito quali<strong>da</strong>de,e como as margens são sempreaperta<strong>da</strong>s e a competitivi<strong>da</strong>de émuito próxima, estes pontos devemsempre estar alinhados, a fimde buscar uma agili<strong>da</strong>de e temponas operações e, consequentemente,custos interessantes. Istofaz com que o setor varejista sejatão diferente dos demais segmentoshoje existentes no mercado”,<strong>completa</strong> Oliveira.Maiores problemasAs maiores deficiências <strong>da</strong>logística supermercadista seencontram no transporte dosprodutos e suas influências na entrega<strong>da</strong> mercadoria. Falhas nasrodovias, com a má conservaçãode estra<strong>da</strong>s, geram congestionamentosem locais urbanos eacabam atrapalhando a entregafinal <strong>da</strong> mercadoria. “As entregasprecisam estar alinha<strong>da</strong>s àsnecessi<strong>da</strong>des e aos horários dosclientes, sendo indispensável procuraralternativas diferencia<strong>da</strong>spara atender o mercado”, afirmaRosane, <strong>da</strong> Cootravale. “Semdúvi<strong>da</strong>, por parte do governo,seria necessário investimentosem infraestrutura e pavimentaçãonas estra<strong>da</strong>s”, continua.As entregas são os maioresproblemas para o setor, deacordo com Dexheimer, <strong>da</strong> DexLog. Seja a entrega para lojas oupara e-commerce, o transporteinterrompido por fatores externosatrasam o cronograma e atrapalhamto<strong>da</strong> a cadeia. “A legislaçãode rodízio de veículos, de limitede tamanho de veículos, de horáriosespecíficos de circulação,de compras pelo e-commerce e,ain<strong>da</strong>, a aplicação <strong>da</strong> Lei 13.747,que estabelece <strong>da</strong>ta e turno paraa entrega de mercadorias, nocaso dos supermercados, complicamto<strong>da</strong> a logística”, explicaele. “Essas leis foram cria<strong>da</strong>s porburocratas sentados atrás de umamesa, que nunca entraram ouacompanharam uma operaçãologística de perto, que o máximoque sabem de um caminhão éque ‘ele atrapalha o trânsito’, masesquecem que sem ele o café quetomam não chegaria onde elesestão”, desabafa Dexheimer.Para Oliveira, <strong>da</strong> Localfrio, otransporte faz parte de um prazolongo e ineficiente, o que leva oscompradores do varejo a teremum desencaixe financeiro. “Umsegundo problema são per<strong>da</strong>sque acontecem durante o transporte,bem como per<strong>da</strong>s ocorri<strong>da</strong>sdurante uma armazenagemsem quali<strong>da</strong>de e movimentaçãode produtos. Esta per<strong>da</strong> geralmentenão é computa<strong>da</strong>, masdenigre a imagem do resultadofinal”, esclarece Oliveira.A falta de espaço físico econdições para descarregamento,além do alto custo de descargaterceiriza<strong>da</strong> são destaca<strong>da</strong>s porHerminio Mosca Junior, diretor<strong>da</strong> Mosca Logística (Fone 193781.2222) como importantesproblemas logísticos do setor.Não é apenas o transporteterrestre que oferece dificul<strong>da</strong>despara a logística supermercadista.Transportes marítimos, quechegam em portos brasileiros,também enfrentam adversi<strong>da</strong>des.Os gargalos constantes nosportos brasileiros também sãoapontados como deficiências nosetor e culminam com a geraçãode custos extras para as empresasenvolvi<strong>da</strong>s, além do atraso naentrega final.A costumeira concentração deven<strong>da</strong>s no final do mês nas redestambém embola a logística, poisobriga as redes a fazerem grandespedidos de uma vez só para cobrira deman<strong>da</strong>. “Como Operador Logístico,destaco como grande problemaa concentração de ven<strong>da</strong>sno final do mês. As filas nos locaisde descarga, agen<strong>da</strong>mentos deentrega que não são respeitados,custos altos de descarga e falta deespaço nos CDs também são grandesproblemas”, relata Bernater, <strong>da</strong>Kadima-KT&T Logistica. Para JoséAfonso Leite, gerente corporativode ven<strong>da</strong>s <strong>da</strong> TSV Transportes Rápidos(Fone: 11 2954.7778), a formade paletização, feita por produtos,e a utilização de carro dedicado nasentregas também são questões queprecisam ser soluciona<strong>da</strong>s.Soluções logísticasAlgumas empresas do setorrealizaram parcerias entre indústria,logística e supermercadistas pararesolver problemas recorrentes nalogística do setor. Em 2000, a KadimaTransportes criou, junto com aProcter&Gamble e o Carrefour, oBackHaul, buscando maximizar autilização coordena<strong>da</strong> dos veículosem to<strong>da</strong>s as etapas <strong>da</strong> cadeia deabastecimento. Com a utilização <strong>da</strong>metodologia CPFR (ColaborativePlanning, Forecastig and ReplenishementSystem), o resultadogerado foi redução de 25% nos custosde transporte e ganho de 15%na ocupação do veículo, além <strong>da</strong>diminuição de ruptura de gôndolase estoque ano do Carrefour. Hoje,esse projeto também é usado poroutros operadores e supermercadistas.A logística de um supermercadodeve ser prepara<strong>da</strong>sistematicamente e em termosde equipamentos, e possuir operaçõesregulares e ágeis, devidoao grande número de itens queca<strong>da</strong> loja <strong>da</strong> rede disponibiliza paracompra.Tendo em vista os grandescausadores de gargalos logísticosno setor supermercadista,a reestruturação <strong>da</strong>s empresasdeve ocorrer de dentro para fora.Internamente, estratégias bem defini<strong>da</strong>se indicadores de desempenhosão os primeiros passos paraobservar qual o nível de satisfaçãodos clientes. A partir dessesestudos, toma<strong>da</strong>s de decisões,como aumento e adequação defrota e sistemas de monitoramento,com informações em temporeal, podem ser feitas com maiorembasamento estratégico.Realizar os serviços logísticosde forma terceiriza<strong>da</strong> também éuma possível solução e facilitadordos trabalhos do setor. A tendênciaatual é que varejistas saiam embusca de empresas de logísticaespecializa<strong>da</strong>s em distribuição,deixando todo esse trabalho nasmãos <strong>da</strong>s contrata<strong>da</strong>s, fazendocom que ca<strong>da</strong> um fique dentro doseu próprio core business. “As empresasvarejistas investem milhõesde reais em construção de centrosde distribuição e transporte, aoinvés de aplicarem este dinheirotodo em seu próprio negócio edeixar para as empresas especializa<strong>da</strong>so trabalho <strong>da</strong>s operaçõeslogísticas”, contesta Oliveira, <strong>da</strong>Localfrio.Os investimentos <strong>da</strong>s empresasque desejarem continuar coma área logística internamente eprecisam ser voltados mais paratecnologia, equipamentos e mãode obra, outro grande problemado setor. “Ter uma melhor sintoniaentre indústria e supermercadistasé preciso para que a logística sejafeita <strong>da</strong> melhor forma”, sugere Ber-

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