26.11.2012 Views

supremo tribunal federal revista trimestral jurisprudencia

supremo tribunal federal revista trimestral jurisprudencia

supremo tribunal federal revista trimestral jurisprudencia

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

consideraram regular o julgamento,<br />

ausente embora o representante do<br />

Ministerio Pitblico. Impossivel pretender<br />

que o entendimento contrariava<br />

a prepria lei.<br />

E ainda nAo cabe a estranheza<br />

quando a ter urn dos julgadores, que<br />

puniria administrativamente o apelante,<br />

considered° insuficiente as<br />

proves para a condenacAo criminal,<br />

quando expressamente ponderou que<br />

as irregularidades nAo extravasam<br />

no 'licit° puramente administrativo»<br />

quando pelas proves colt/Ides na<br />

ado penal 6 que o reu havia de ser<br />

Julgado. Nilo, pelas que, produzldas<br />

no Ambito administrativo, bastaram<br />

a outra punlcAo.<br />

9. — Atribuiu-se ao Des. José Fernandes<br />

prevaricaerio no julgamento<br />

de apelacAo criminal do oficial de<br />

Justice Jose Lutz da Silva Fllho. Teria<br />

erroneamente fixed° a pena e teria<br />

erroneamente reconhecidb a<br />

prescriello. Trater-se-ia, pela sentence,<br />

de crime de estelionato continued°.<br />

0 Juiz fixou a pena ao crimthoso<br />

prbnario, guardando-a "sopesando<br />

as circimstlinclas judicials»<br />

em dois anos e sets mews de reclusAo.<br />

Admitiu existente a agravante<br />

da torpeza (sem dizer em que consistiria),<br />

que compensou corn a<br />

atenuante da reparacAo do dano.<br />

Isto, a firraeAo da pena- base, que<br />

acabou majorada, pela continuacAo<br />

para trey arms e nove meses de reclusAo.<br />

Dots pedidos de habeas corpus foram<br />

apresentados a favor do reu.<br />

Ambos foram denegados, unanimemente,<br />

sendo relator do primeiro<br />

Des. Leal Fagundes e votando, no<br />

segundo, o Des. Fernandes. Mas o<br />

Supremo Tribunal deu provimento<br />

ao recurso ordinArio interposto no<br />

segundo habeas corpus. Repenu o<br />

Juiz a sentence condenateria e, em<br />

apelacAo, a pena se reduziu a 1 anos<br />

6 meses de reclusAo, acrescida de<br />

um sexto. Pode-se acaso ver prevailcacao<br />

em Macao de pena dentro de<br />

R.T.J. — 94 39<br />

limites legais? A resposta negative<br />

se impire, A evidencia. E a prescricAo<br />

ocorreu, pots a sentence con- •<br />

denateria, a que se teria referido a<br />

dentincia como interruptive da preserica°,<br />

tot anulada pelo Supremo<br />

Tribunal Federal, não constitul prevaricacAo<br />

o tato constante da de-<br />

!Kumla.<br />

— Alega-se que o Des. Fernandes<br />

prevaricou, ao participar de julgement°<br />

de lnteresse do escrivAo<br />

seu genro. Votou contra a pretensAo<br />

de sociedade de economia mista, que<br />

se queria isenta de custas, em 1974 e<br />

em 1975. NAo era parte no processo 0<br />

genro do Juiz. Nenhum texto legal<br />

imptmhe ao desembargador afastarse<br />

dos julgamentos. Poderia fazt-lo<br />

por motivo do foro intim°. NAo, por<br />

determinacAo legal. NAo houve, pots;<br />

conduta contra expressa disposlcilo<br />

de lei. Nilo descreve, a derdincia ,<br />

prevaricacilo.<br />

— Alega-se que o Des. Juscelino<br />

Ribeiro cometeu crime de prevaricaeAo<br />

porque, em acAo civet, se<br />

deu como suspelto para Julgar apela-<br />

NI° interposta pelo advogado Re-<br />

zende Costa. Mas, como o Juiz IrajA<br />

Plmentel, que Julgara essa Lica°<br />

dye!, fizera extrair pelas dos autos<br />

para que fosse processado o mesmo<br />

advogado, participou do julgamento<br />

do habeas corpus visando ao<br />

cement° dessa acAo penal. ExplicacAo<br />

do imputado: declarou-se suspeito<br />

na acAo civil porque amigo<br />

intimo dos proprietArios e prepostos<br />

da gRenovadora de Pneus», parte na<br />

demanda. NAo era suspelto no<br />

habeas corpus porque nAo tinha relacdes<br />

de Intima amizade cam o reu,<br />

advogado Rezende Costa.<br />

Evidente a inexistencta de crime<br />

de prevaricacAo, no ponto. NAo<br />

aponta, a dentmcia, fato algum demonstrativo<br />

de amizade intima entre<br />

Juiz e paciente. Nem tern cabimento<br />

admitir que, depots do Julgamento, a<br />

simples alegacito de amizade entre

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!