36 | edição nº<strong>112</strong> | Jun | 2011 |O painel de sustentabili<strong>da</strong>de no Supply Chain contou com asparticipações de representantes <strong>da</strong> Treelog e a <strong>da</strong> PepsiCo, e foimediado pelo professor Hugo Yoshizaki, <strong>da</strong> USPde dezembro de 2008.O próximo passo é a comparaçãoentre inventário real eestoque por nível de serviço.“Estamos fazendo o mapeamentode fluxo de informações”,disse Oliveira.Na última palestra doevento, Rodrigo Alponti, diretorexecutivo de Supply Chain <strong>da</strong>Avon, explorou os aspectos <strong>da</strong>efetiva sincronização entre deman<strong>da</strong>,entregas e planejamentodo ponto de vista operacionalde Supply Chain <strong>da</strong> empresa.A cadeia de suprimentos <strong>da</strong>Avon no Brasil envolve mais de2.000 itens por campanha, 19campanhas por ano, centenasde lançamentos a ca<strong>da</strong> ano, ummilhão de pontos de entrega emais de 6,5 milhões de revendedoras.“Nós vendemos o quemuitas vezes ain<strong>da</strong> não produzimos.São cerca de 5 a 6 milhõesde uni<strong>da</strong>des por campanha defolheto”, explicou.Segundo ele, os desafios deplanejamento são veloci<strong>da</strong>de eprecisão. Já os desafios de manufaturasão custo e flexibili<strong>da</strong>de.Em distribuição, os desafiossão confiança e veloci<strong>da</strong>de.“Nosso foco é externo, temosobjetivos claros e poucas priori<strong>da</strong>des.Estamos preocupadoscom a qualificação profissionale focados na integração entre asáreas”, resumiu Alponti.Sobre os parceiros notransporte, ele disse que osseleciona a partir de característicasespecíficas que indicam, porexemplo, habili<strong>da</strong>de para entrarem favelas, segurança e armazenagemcom separação dospedidos bem-feita. “A separaçãoé feita pelas transportadoras noperíodo noturno e a entrega éfeita de dia. Temos consultoresque trabalham junto com astransportadoras, acompanhandoas operações e as auxiliandoem caso de problemas”, explicou.Para Alponti, o transportenão é o maior problema <strong>da</strong>Avon, mas, sim, a manufatura.Sobre logística reversa, odiretor executivo de SupplyChain disse que a empresa estáestu<strong>da</strong>ndo sua implementação.Em São Paulo, os resíduos jácomeçaram a ser recolhidos eman<strong>da</strong>dos para a reciclagem.“Mas o maior desafio é o consumidorentregar as embalagenspara a revendedora e estaentregar para a Avon”, disse.P ara concorrer com omercado varejista, a empresatem realizado entregas para asrevendedoras, se possível, nomesmo dia do pedido. “Lojasfísicas não são o nosso negócio.Temos duas, em Guarulhos,SP, e Rio de Janeiro, RJ, massó atendem a revendedoras.Nós desencorajamos pessoasa montar lojas para vender osnossos produtos”, finalizou.Painel deSustentabili<strong>da</strong>deno Supply ChainAlém <strong>da</strong>s palestras, aterceira edição do Congresso doIBPSC contou com painéis quepromoveram a interação entrepalestrantes e congressistas. Oprimeiro tratou <strong>da</strong> sustentabili<strong>da</strong>deno Supply Chain e contoucom as participações de BrunoTortorello e Luis Castex, respectivamente,diretor de operaçõese diretor de planejamento,programação e transportes <strong>da</strong>Treelog, além de Jorge Tarasuk,vice-presidente de operações<strong>da</strong> divisão de alimentos <strong>da</strong>PepsiCo. O painel foi mediadopelo professor Hugo Yoshizaki,<strong>da</strong> USP.Tortorello iniciou apresentandoo Grupo Abril, ao qual aTreelog pertence, e falou sobreo engajamento <strong>da</strong> companhiana questão <strong>da</strong> sustentabili<strong>da</strong>de.“Nós temos foco na logísticasustentável. Utilizamos paletesretornáveis, devolvemosinsumos aos fornecedores paratratarem de questões comoreprocessamento e reciclagem,além de termos alguns programascomo o Direção Certa.O Programa Direção Certa,que tem como base os pilaresdesempenho, segurança esustentabili<strong>da</strong>de, foi o tema<strong>da</strong> apresentação de Castex.Segundo ele, o objetivo <strong>da</strong>iniciativa é a excelência nosserviços. “Queremos que as<strong>revista</strong>s cheguem em tempohábil aos clientes, mas sempredentro de uma condição desegurança e desenvolvimentosustentável. São medi<strong>da</strong>sdesafiadoras, mas possíveis deserem atingi<strong>da</strong>s. Trata-se de umprocesso contínuo, ações quevão sendo implanta<strong>da</strong>s a ca<strong>da</strong>dia”, explicou.Encerrando as apresentaçõesdo painel, Tarasuk, <strong>da</strong> PepsiCo,apresentou e comentouos desafios <strong>da</strong> companhia, quepretende, até 2015, reciclar 50%de seu resíduo pós-consumo.Para isso, o executivo contouque será preciso gerar valorpara as embalagens de snacks,que valem muito menos do quelatinhas de alumínio e garrafasPET, por exemplo, e não despertaminteresse de catadorese cooperativas, o que dificulta oresgate pós-consumo. “Precisamosdesenvolver a logísticareversa em cima dessas embalagens.”Em contraparti<strong>da</strong>, a empresajá desenvolve importantesprogramas voltados à sustentabili<strong>da</strong>de,como o selo FrotaVerde, que garante a utilizaçãode veículos com baixa i<strong>da</strong>de, e aprestação de treinamentos paramotoristas, entre outras ações.Após as três apresentações,os membros <strong>da</strong> mesa fizeramalgumas observações, comdestaque para a conscientização<strong>da</strong>s empresas no que tangeà sustentabili<strong>da</strong>de. ParaTarasuk, as empresas não têmconsciência própria sobre oassunto. “A consciência é algoindividual <strong>da</strong>s pessoas quecompõem as organizações.Para que medi<strong>da</strong>s sustentáveissejam implementa<strong>da</strong>s, osindivíduos devem fazer valer osseus graus de conscientização”,opinou.Complementando a questão,Yoshizaki lembrou que parauma empresa ser sustentável,antes de tudo, precisa ter lucro.“Se a organização não é sã, nãotem lucro, não pode aju<strong>da</strong>r ninguém”,assegurou, apontandoque a sustentabili<strong>da</strong>de envolveos 3Ps – Planet, People e Profit(Planeta, pessoas e lucro), sendoque o primeiro P representaos cui<strong>da</strong>dos <strong>da</strong> empresa paradiminuir os impactos de suaatuação no meio ambiente, osegundo diz respeito às iniciativasvolta<strong>da</strong>s ao desenvolvimentosocial e o terceiro se refere aopilar na busca pelo crescimentoeconômico <strong>da</strong> empresa.Também no dia 12 houveum painel sobre o tema sustentabili<strong>da</strong>deno Supply Chain.Desta vez, Alexandre Oliveira,partner <strong>da</strong> Cebralog Consultoriaem Supply Chain, falou sobreCentros de Distribuição sustentáveis,e Marco Piquini, diretorde comunicação <strong>da</strong> Iveco,abordou o case do Centro deDistribuição <strong>da</strong> empresa comoconstrução sustentável. A moderaçãofoi do professor SérgioLuiz Pereira, <strong>da</strong> BSP – BusinessSão Paulo School.Primeiramente, Oliveira
| edição nº<strong>112</strong> | Jun | 2011 |37falou sobre o Leed, que é a certificaçãopara edifícios sustentáveisconcebi<strong>da</strong> e concedi<strong>da</strong> pelaONG Green Building Counsil.Algumas <strong>da</strong>s ações práticas sãoo uso de painéis termo-isolantescom câmeras frias, reutilizaçãode madeira, utilização de luznatural com telhas translúci<strong>da</strong>s,captação de energia solar e deágua de chuva, entre outras.Já Piquini contou que oCentro de Operações de PeçasIveco (COPI) foi planejado deacordo com o WCL do GrupoFiat, tendo 10.000 m 2 de áreaconstruí<strong>da</strong> e 100.000 m 3 para oarmazenamento de peças.O complexo industrialonde funciona o COPI foiprojetado dentro do conceitodo “edifício verde”. No lugar doasfalto foram utilizados blocosde concreto que permitem aabsorção de chuva pelo solo.Ele também possui um sistemaque recupera águas de chuvapara uso em vasos sanitários,O painel de gestão de compras e suprimentos teve a participaçãode representante do Hospital Albert Einstein e <strong>da</strong> AkzoNobel, e foi moderado pelo professor Marcelo Alencar, <strong>da</strong>Unicampna jardinagem e no sistemaanti-incêndio, o que diminui em30% a necessi<strong>da</strong>de de água. Oteto do depósito é feito de materialtranslúcido, que diminui anecessi<strong>da</strong>de de energia elétricaem até 15%. Também são utilizadoscarpetes produzidos commateriais descartáveis, ar condicionadosem CFC, etc. Comoúltima novi<strong>da</strong>de, a empresainiciou o inventário de carbonono último mês de maio.Painel de Gestãode Compras eSuprimentosOutro painel do congressofoi sobre gestão de compras esuprimentos, com a participaçãode Renato Fonseca, gerentede planejamento de materiaisdo Hospital Albert Einstein, eKarin Skalla, chefe de produçãoe de materiais <strong>da</strong> Akzo Nobel,do segmento de tintas e revestimentos.Karin foi a primeira a palestrar,divulgando um case de sucesso<strong>da</strong> sua empresa ao utilizaro VSM – Value Stream Map paradiagnosticar o estoque entreas fábricas do Brasil e Uruguai.O processo em si foi utilizado