8 | edição nº<strong>112</strong> | Jun | 2011 |quando efetuam esse tipo decompra. Mas essas empresasnecessitam fazer com que oproduto chegue aos seus clientesem um tempo hábil e com quali<strong>da</strong>degaranti<strong>da</strong>. Como seu públicoalvo está nas grandes ci<strong>da</strong>des,precisam obter espaços onde ometro quadrado é de valor muitoelevado. Então, optando pelo usode portapaletes, a empresa queatua pela internet conseguiráaumentar seu número deprodutos para pronta entregasem ter de fazer investimentoelevado em imóveis.“Das novi<strong>da</strong>des <strong>da</strong> Mecalux,podemos destacar um equipamentode movimentação emportapaletes convencionaislançado há pouco tempo, e queé um transelevador (robô) paraarmazéns já existentes. Estestranselevadores são a soluçãopara automatizar estantesconvencionais de até 15 metrosde altura. Dispõem de um sistemade extração trilateral integrado esubstituem totalmente as máquinastrilaterais alimenta<strong>da</strong>s porbaterias que necessitam demanipulação com operador abordo”, acrescenta Buch,<strong>da</strong> Mecalux do Brasil.Ele cita, ain<strong>da</strong>, outra novi<strong>da</strong>de<strong>da</strong> sua empresa: o Movirack (basesmóveis). “Trata-se de um sistemade armazenagem de alta densi<strong>da</strong>desobre estruturas móveis. Como Movirack consegue-se compactaras estantes e aumentara capaci<strong>da</strong>de de armazenagemsem perder o acesso direto aca<strong>da</strong> palete. As estantes ficamsobre bases móveis guia<strong>da</strong>s quese deslocam lateralmente; assim,são suprimidos os corredores eno momento necessário abre-sesomente o de trabalho. É ooperário quem dá a ordem deabertura automática através deuma ordem a distância ou, deforma manual, pressionando uminterruptor.”Montenegro, <strong>da</strong> MetalShop,também aponta outra novi<strong>da</strong>de:um caso interessante que surgiunesse ano foi um sistema tipoportapaletes convencional complanos metálicos para armazenagemde amostras de minerais, ouseja, armazenagem de “pedras”em caixa. Outro caso de destaquefoi a armazenagem de motostambém em portapaletesconvencionais.MetalShop aposta na automatizaçãoA pernambucana MetalShop, considera<strong>da</strong> líder naprodução de sistemas de armazenagem no Nordeste, aposta<strong>da</strong> automatização <strong>da</strong> fábrica e acaba de adquirir dois robôs desol<strong>da</strong>, os primeiros <strong>da</strong> indústria metal-mecânica de Pernambuco,com expectativas de incrementar a produtivi<strong>da</strong>de em 90%.O braço mecânico de seis eixos reproduz com perfeiçãotodos os movimentos <strong>da</strong> mão humana com precisão cirúrgica.Do tamanho de um homem, o equipamento ocupa um espaçode 30 m² – apenas um décimo do necessário anteriormentepara realizar a mesma ativi<strong>da</strong>de. O robô, de fabricação alemã,é o mesmo utilizado na indústria automobilística e faz parte <strong>da</strong>linha de produção de fábricas como a Audi e a Volkswagen.“Nós pretendemos adquirir outros seis robôs nos próximos doisanos para outras aplicações, ampliando o processo de automatização<strong>da</strong> fábrica”, afirma o diretor administrativo-financeiro<strong>da</strong> MetalShop, André Montenegro.Como escolherDiante <strong>da</strong>s peculiari<strong>da</strong>des<strong>da</strong>s estruturas portapaletes e deseus tipos – portapaletes convencional,para corredores estreitos,para transelevadores, autoportante,deslizante, drive-trough,drive-in, estrutura dinâmica,cantilever e push-back, segundometodologia utiliza<strong>da</strong> pela FIESP– Federação <strong>da</strong>s Indústrias doEstado de São Paulo – comoescolher a mais adequa<strong>da</strong>? Comodefinir o tipo mais adequado paraca<strong>da</strong> aplicação?Para Montenegro, <strong>da</strong>MetalShop, muitos fatoresprecisam ser considerados naescolha do equipamento corretoa ser utilizado. “Se desejamosseletivi<strong>da</strong>de, veloci<strong>da</strong>de efacili<strong>da</strong>de no acesso a ca<strong>da</strong>palete individualmente, o equipamentomais recomen<strong>da</strong>do é oportapaletes convencional.Quando o assunto é grandevolume com blocagem compacta,a melhor opção é o drive-in. Sefalarmos de controle do FIFO comgrandes volumes, necessitaremosde um drive-in dinâmico etemos, também, os pequenosvolumes que simples estanteriasresolvem o problema, ou seja,ca<strong>da</strong> caso tem que ser bemestu<strong>da</strong>do levando em conta a realnecessi<strong>da</strong>de de ca<strong>da</strong> cliente.”“Para a definição <strong>da</strong> estruturaa ser utiliza<strong>da</strong> para a verticalizaçãodo estoque devem ser observadosdiversos fatores, como pédireitodisponível, tipo de equipamentopara movimentação,altura e peso do palete/carga,tipo do produto a ser armazenado,necessi<strong>da</strong>de de FIFO – FirstIn/First Out (primeiro a entrar,primeiro a sair); valor disponívelpara investimento; etc.”, explicaVale, <strong>da</strong> Águia.Por seu lado, Andréia, <strong>da</strong>AL&DD, ressalta que a estruturaportapaletes é utiliza<strong>da</strong> emvários segmentos e, para definirqual é o mais adequado paraaplicação, é necessário verificarqual a real necessi<strong>da</strong>de docliente; o espaço que serádestinado ao projeto; a finali<strong>da</strong>deque ele almeja verticalizando;qual material ele irá armazenar;as dimensões e o peso domaterial que ele irá armazenar;e se nessa estrutura ele pretendeutilizar paletes ou não.“Por ser uma estrutura ondese têm 100% de acessibili<strong>da</strong>de,normalmente é mais aplica<strong>da</strong>em operações com significativomix de produtos e de fracionamentos(pickings), porém, osistema portapaletes é muitoversátil e não existe uma regraou limitante para aplicaçãodeste sistema”, <strong>completa</strong> osupervisor comercial <strong>da</strong>Mecalux.Finalizando, Passarelli, <strong>da</strong>Ulma, informa que na escolhade estruturas portapaletes háque se considerar a necessi<strong>da</strong>de<strong>da</strong> frequência de acessocom flexibili<strong>da</strong>de, dependendo<strong>da</strong> quanti<strong>da</strong>de de SKUs, usoracional <strong>da</strong> área construí<strong>da</strong> porquestões de corredores largosdevido ao uso de empilhadeiras,formas adequa<strong>da</strong>s de manuseio emovimentação dos materiais,privilegiando as operações depicking.E o diretor de operações <strong>da</strong>Ulma faz uma advertência: senão forem observa<strong>da</strong>s as reaisnecessi<strong>da</strong>des <strong>da</strong>s funções logísticas,via de regra podem exigirpercursos longos, agregandocustos, além de inviabilizar aoperação.Também devem ser levadosem conta a densi<strong>da</strong>de de armazenagemde acordo com a operaçãoe os produtos, quanti<strong>da</strong>des deuni<strong>da</strong>des de carga envolvi<strong>da</strong>s,bem como as características dosprodutos, do mercado e <strong>da</strong>política de serviço a ser adota<strong>da</strong>.“São muitas variáveis importantesa serem analisa<strong>da</strong>s. Portanto,não basta apenas a simplesescolha do sistema de armazenagemdisponível no mercado,desprezando estas importantesvariáveis.”Passarelli continua: há quese recorrer a especialistas comreconheci<strong>da</strong> experiência práticade ampla visão, para análisecorreta <strong>da</strong> abrangência <strong>da</strong>soperações, antes de se escolhera estrutura adequa<strong>da</strong> e todos osperiféricos necessários aoperfeito funcionamento dosistema. ●
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