40 | edição nº<strong>112</strong> | Jun | 2011 |MercadoAlimentos & Bebi<strong>da</strong>sLogística marca<strong>da</strong> porentregas frequentesSujeita às metas de ven<strong>da</strong>s e às estratégias de marketing, por um lado, e impulsiona<strong>da</strong> pelo aumento <strong>da</strong>deman<strong>da</strong> dos produtos, em razão do aumento do poder aquisitivo <strong>da</strong> população, por outro lado, a logísticados alimentos e <strong>da</strong>s bebi<strong>da</strong>s tende a se expandir.Nos segmentos dealimentos & bebi<strong>da</strong>s,a competitivi<strong>da</strong>deé muito grande, devidoà varie<strong>da</strong>de de marcasdisponíveis no mercado.Consequentemente, ocusto é um diferencial nomomento <strong>da</strong> compra.“Por outro lado, existeum público seleto que buscamarcas diferenciais noconsumo. Isso impacta nalogística, com a redução deper<strong>da</strong>s e avarias na operaçãoe otimização de fluxos,para redução contínuados custos operacionais,e na busca contínua deredução de estoque,mas sempre evitando aruptura nas gôndolas nossupermercados.”A análise é de RodrigoBacelar, gerente comercial ede marketing <strong>da</strong> ID Logistics(Fone: 11 3908.3400),quando in<strong>da</strong>gado sobreas diferenças <strong>da</strong> logísticanas áreas de alimentos &bebi<strong>da</strong>s em relação à deoutros produtos, um dositens analisados nestamatéria especial <strong>da</strong> <strong>revista</strong><strong>Logweb</strong>.Assim também pensaAntonio Cesar FerreiraValcanaia, gerente regionalde distribuição <strong>da</strong> BinottoLogística, Transporte e Distribuição(Fone: 49 3221.1800),para quem, no caso <strong>da</strong> distribuiçãode bebi<strong>da</strong>s, a entregaEntre os diferenciais <strong>da</strong> logística dos alimentos e <strong>da</strong>s bebi<strong>da</strong>sem relação à de outros setores estão os picos de deman<strong>da</strong> e afalta de planejamento, tanto <strong>da</strong> indústria quanto do comérciodiária dos produtos realiza<strong>da</strong>pela transportadora estáintimamente relaciona<strong>da</strong>com as metas de ven<strong>da</strong>s eas estratégias de marketingdo cliente. “Em um mercadoextremamente competitivo,a falta de uma entrega podesignificar a per<strong>da</strong> de umponto de ven<strong>da</strong> que aten<strong>da</strong>a uma região representativa.Nos demais produtos –motos e gases, por exemplo– há possibili<strong>da</strong>de de se fazeruma ven<strong>da</strong> programa<strong>da</strong>, semanalou mensal, facilitandoo planejamento do operadore gerando maior confiabili<strong>da</strong>deao processo.”Para Alessandro Panzan,executivo de logística <strong>da</strong>Expresso Jundiaí Logísticae Transporte (Fone: <strong>112</strong>152.6000), no caso dosalimentos, é preciso e muitoimportante levar em consideraçãoa quali<strong>da</strong>de dosalimentos e as frequências<strong>da</strong>s entregas. Já no setorde bebi<strong>da</strong>s, o manuseio e acolocação <strong>da</strong>s embalagensnos veículos precisam de várioscui<strong>da</strong>dos, uma vez quesão facilmente <strong>da</strong>nifica<strong>da</strong>s,se manusea<strong>da</strong>s de formaincorreta. Porém – ain<strong>da</strong>segundo ele –, para ambos épreciso ain<strong>da</strong> utilizar de muitatecnologia, como sistemasWMS, sistemas de picking,rastreadores e gerenciadoresde frota, além de portais depedido via WED, EDI e ECR,entre outras ferramentasque agilizam o processode resposta aos clientes emelhoram a quali<strong>da</strong>de <strong>da</strong>sinformações obti<strong>da</strong>s emto<strong>da</strong> a operação logística.“Nestes segmentos, há quese acrescentar que o custode entrega é mais elevadoque em outros”, acrescentaHermano Lamounier,diretor comercial <strong>da</strong> ExpressoLamounier (Fone: 313555.5500).Já a análise de AbilioNeto, <strong>da</strong> diretoria <strong>da</strong>Brasiliense Cargo (Fone:19 2102.4900), segue pelascaracterísticas dos produtos.De acordo com ele, oAbilio Neto, <strong>da</strong> BrasilienseCargo: entender o processo econtribuir para o seu sucessoé papel do parceiro logísticopara com o seu cliente
| edição nº<strong>112</strong> | Jun | 2011 |41diferencial está nos cui<strong>da</strong>dosnecessários para que sepossa garantir o transporte<strong>da</strong> mercadoria de forma correta,exigi<strong>da</strong> pela fiscalização(em casos de necessi<strong>da</strong>dede temperatura controla<strong>da</strong>)e com a segurança que osetor de alimentos e bebi<strong>da</strong>snecessita para este tipode transporte. “De fato, odiferencial está nos cui<strong>da</strong>doscom temperatura e alvarásanitário, bem como noretorno do vazio”, <strong>completa</strong>Maciel <strong>da</strong> Maia, assistentecomercial <strong>da</strong> Cooperativados Transportadores doVale – Cootravale (Fone: 473404.7000).Uma lista de diferenciaismais extensa é feita porRaul R. Maudonnet, gerentegeral de ven<strong>da</strong>s <strong>da</strong> TransportadoraAmericana (Fone:19 2108.9000). Ela inclui:produtos sensíveis a avariase a grande maioria delesvisados para roubos e furtos;atendimento de diferentesMaudonnet, <strong>da</strong> TransportadoraAmericana: os dois setoresenvolvem produtos sensíveisa avarias e visados para roubose furtoscanais de distribuição, exigindodiversi<strong>da</strong>de de frotapara a otimização <strong>da</strong> relaçãocusto x nível de serviço; emalguns casos existe restriçãoquanto à operação com outrosprodutos; e atendimentoàs normas dos fabricantes eANVISA – Agência Nacionalde Vigilância Sanitária.“A logística de alimentosdeman<strong>da</strong> atenção ao controlede um maior número devariáveis, além <strong>da</strong>s usuaisem outros produtos, como,por exemplo, <strong>da</strong>tas defabricação, vali<strong>da</strong>de, shelflife, temperatura e integri<strong>da</strong>de<strong>da</strong>s embalagens, entreoutras. Também sofre afiscalização de mais órgãosregulamentadores, comoANVISA e Ministério <strong>da</strong>Agricultura. Os controles dequali<strong>da</strong>de são mais rígidos,principalmente no que tangeà higiene e limpeza, bemcomo ao controle de pragas,<strong>da</strong> água e de todos osinsumos que fazem parte doprocesso de armazenagem emovimentação. To<strong>da</strong>s estasexigências se transformamem custos, seja de sistemasde controle, seja de treinamento<strong>da</strong> mão de obra ouem investimentos na estruturafísica e de equipamentospara adequação a to<strong>da</strong>sas exigências cita<strong>da</strong>s”, complementaLia Dantas, líder <strong>da</strong>Uni<strong>da</strong>de de Negócios CDEX<strong>da</strong> Intermaritima Terminais(Fone: 71 3443.3505).Márcio Neves, gerentede distribuição urbana <strong>da</strong>JSL (Fone: 11 4795.7000),acrescenta mais <strong>da</strong>dosa estes diferenciais,destacando que, como amaioria dos produtos destesegmento são perecíveise de consumo diário, aagili<strong>da</strong>de e flexibili<strong>da</strong>deno atendimento é umdos diferenciais. Alémdisso, por serem produtosde diferentes tipos etamanhos, há um cui<strong>da</strong>doextremo no carregamentoe transporte que exige umaespecificação diferencia<strong>da</strong><strong>da</strong> mão de obra e dosequipamentos envolvidos.Há, também, um nível maiorde exigência nos prazosde recebimento, condiçõesde armazenamento e dedistribuição diária nospontos de ven<strong>da</strong>.