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ANO XLV - VITÓRIA-ES, QUINTA-FEIRA, 29 DE SETEMBRO DE 2011

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5127 - Diário do Poder Legislativo Vitória-<strong>ES</strong>, quinta-feira, <strong>29</strong> de setembro de <strong>2011</strong>sintomas da hanseníase, estava aproximadamentecom quatro anos de idade. Ainda ficou um tempo equando veio estava com oito anos. Naquele períodofiquei lá com meus irmãos. A nossa avó nos acolheu,mas já faleceu há tempo. Ele ficou quarenta e doisanos, se não viesse para o Hospital Pedro Fontes,imediatamente, já não tinha mais história para contar.Meu pai faleceu neste ano, no mês de janeiro comoitenta e seis anos. Tenho certeza que você chegou aconhecer o meu pai, Senhor Euzídio Manoel Santana.A discussão da fala do Senhor ArthurCustódio Sousa, creio que tem que se discutir essaquestão, pois todo familiar veio e ficou interna noEducandário Alzira Bley. Talvez o sintoma fosseapresentado não só no senhor, mas na senhoratambém. O casal veio e houve essa situação em queos filhos tiveram que ficar no educandário, mas nonosso caso foi o meu pai. É preciso saber de queforma.Para terem uma ideia, quando foi descoberto quemeu pai estava com hanseníase na região em quenasci, por ordem, na época do Hospital Pedro Fontes,todos tiveram que ir para o Hospital de Barra de SãoFrancisco, que era o hospital mais próximo, parafazer os exames. Todos do Córrego do Alto Peão,quando a notícia se espalhou, tiveram que fazer osexames. Estão no caminho certo! Tudo o queaconteceu hoje não pode parar. Como foi dito: o foco,a referência é a reintegração que envolve uma sériede questões sociais. Por exemplo, a própria colônia,tanto dentro, como fora da colônia, que é o bairrochamado de Padre Matias, em memória ao Padre quelá trabalhou , Vila Cajueiro.Essas discussões ainda terão que acontecer. OSenhor Arthur Custódio Sousa conhece muito bem odeslocamento. Sou morador de Nova Rosa da Penha Ique no passado, 1982 pertencia a Itanhenga, que nogoverno do passado foi separado. Moro em NovaRosa da Penha I, mas acompanho muito bem todosesses acontecimentos. Não tenho vergonha nemreceio de dizer que sou filho de um portador dehanseníase e nunca tive problema de convivência.Falo das pouquíssimas oportunidades que temos deajudar na região. (Palmas!)O SR. PR<strong>ES</strong>I<strong>DE</strong>NTE – (DOUTORHÉRCUL<strong>ES</strong>) – Agradeço ao Senhor José Santana.Naturalmente no segundo ou terceiro passodiscutiremos outras políticas para região. Não tinhanenhuma casa quando começamos fazer este trabalhocom o Senhor Paulo Valdetaro, de buscar as pessoasque estavam fora do convívio da família, pois estavamseparados. A Senhora Adelaide Abreu dos Santos foi àpercussora deste trabalho de busca de maridos e esposasque estavam fora e foram para o bairro Padre Matias.Concedo a palavra a Senhora Adelaide Abreudos Santos.A SR. A<strong>DE</strong>LAI<strong>DE</strong> ABREU DOS SANTOS– Bom dia a todos. Agradeço V. Ex.ª por sempre mechamar para estar dentro deste contexto. Agradeço aSenhora Dora Martins Cypreste por tornar visíveltodo trabalho que desenvolvemos desde 1974, quechegou em nível nacional e internacional, achei issomaravilhoso. Realmente tem muito segmento dasociedade que precisa ficar visível. E foi muito bomtermos tido V. Ex.ª para ajudar. Parabenizo seutrabalho. Estou achando fantástico, porque sempredigo que o lugar onde trabalhei que fui mais feliz foino hospital Doutor Pedro Fontes. Foi o lugar onde metransformei, onde me deixou ser gente.Hoje vejo que há na sociedade uma carênciatotal dessa história. Fala-se de humanidade e dizemque somos seres humanos, mas não somos mais.Somos seres mercenários ou qualquer outra coisatalvez, menos humanos. Está faltando na sociedadehumanidade. E o Senhor Deputado Doutor Hércules,com seu humanismo fora de série, propiciou quetodos a sua volta pudessem se desenvolver, trazeresse humanismo à tona e ajudar a todos.Ouço falar de muita gente, mas nunca meesqueci da Anália. Ninguém falou nela aqui. Ela eraótima. Você se lembra, Demerval, da Anália? Nãoera uma pessoa sensacional? Lembro de todos e daAnália como aquela índia brigona, é uma imagemmaravilhosa.Podem contar comigo, porque está no meucoração a causa dos moradores. Inclusive estousentindo falta de uma associação de moradores, eledenunciou o fato de internos do Educandário AlziraBley e dos pacientes, dos antigos pacientes, comoandam eles? Como estão todos eles? Eles estãoamparados? Eles têm apoio do governo? Não sei.Foi só por isso que me levantei para falar.Não gosto muito de ficar em evidência. Mas se eupuder ajudar, contem comigo. Continuo na ativa sócomo professora, mas não tem problema, nuncadeixarei de ser assistente social. (Palmas)O SR. PR<strong>ES</strong>I<strong>DE</strong>NTE – (DOUTORHÉRCUL<strong>ES</strong>) – Obrigado por resgatar essa história,lembrar do nome de pessoas que convivemos naquelaépoca, para não apagar da memória essas pessoas queforam tão importantes nas nossas vidas.Concedo a palavra ao Senhor ArthurCustódio Sousa, para suas considerações finais.O SR. ARTHUR CUSTÓDIO SOUSA –Na verdade, a audiência chegou onde precisávamos,onde queríamos. O Senhor Deputado DoutorHércules já apresentou uma proposta nova, inclusiveque não surgiu em nenhuma outra assembléia. Masacho que o próximo passo é a busca do apoio destaCasa como um todo para a causa. Podemos trabalharisso com a assessoria de V. Ex.ª um documento eangariar a assinatura dos outros deputados estaduaispara encaminhar à Presidente Dilma Rousseff e àMinistra da Secretaria de Direitos Humanos, Mariado Rosário. O apoio da Bancada federal, algunsestados apontaram um pouco a isso, de se fazer umamensagem à bancada federal, aos deputados federaise senadores, para que apóiem também essa iniciativa

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