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Vol3_Meio_Biótico - Philip M. Fearnside - Inpa

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outros. Desta forma, é necessário grande conhecimento sobre a diversidade e biologiadestes animais. Pelo fato de, ainda hoje, não possuírem estudos que caracterizamcompletamente sua biodiversidade nos mais diversos ambientes e regiões da Amazônia, ograu de ameaça e a importância ecológica do grupo tornam evidente a necessidade deincluir informações sobre os mamíferos terrestres de médio e grande porte em inventários ediagnósticos ambientais (Pardini et al., 2003).Apesar da maioria das espécies de mamíferos não ser considerada ameaçada,existem evidências de sua vulnerabilidade à extinção local. Um dos principais motivos é afalta de dados taxonômicos e a falta de informações detalhadas sobre o status de suaspopulações, além é claro da degradação do habitat, especialmente em fragmentos urbanos,onde a pressão exercida sobre esta fauna é a inda maior. Considerando a possibilidade dehaver espécies crípticas, o nível de ameaça pode estar sendo subestimado. (Amori &Gippoliti, 2003; Costa et al., 2005).Os mamíferos silvestres amazônicos, dificilmente, são vistos na natureza, mesmo aAmazônia possuindo a mais rica diversidade do planeta. Isto se deve, principalmente, aofato de terem hábitos discretos, largamente crepusculares e noturnos, o que aumenta aindamais quando sofrem pressão de caça. Quando observados sua identificação é, às vezes,dificultada pele brevidade da visualização e pelas guias de identificação para mamíferos(Silva, 1984). Entretanto, durante suas várias atividades, estes animais deixam sinais típicosno ambiente, como pegadas, fezes e resto alimento. Se isso for encontrado e corretamenteinterpretado pelo observador, podem fornecer uma identificação segura do animal que asproduziu, além da informações sobre sua ecologia. As pegadas são sinais maisfreqüentemente encontrados e de interpretação mais confiável. Além de fornecer umainformação precisa sobre o animal, muitas vezes em nível de espécie, oferecendo um bomsuporte em estudos de censos populacionais (Beker & Dalponte, 1999).A rodovia BR-319 está intransitável desde 1988, e o governo atualmente propõe asua reconstrução e pavimentação. Estradas consituem obras de infraestrutura que são vitaispara o crescimento da economia de uma nação. Elas geram novas oportunidades deserviços e empregos e a instalação de novos pontos residenciais e industriais, o que resultana atração de pessoas para áreas antes não habitadas (<strong>Fearnside</strong>, 1989, 1990; Wilkie et al.,2000). Muitas destas novas áreas ocupadas por estradas e, conseqüentemente,urbanizadas são ecologicamente vulneráveis ou apresentam alto risco de perda daintegridade biótica das comunidades que compõem a paisagem (Karr, 1993). Associada atoda paisagem que recebe estradas, está a ocorrência de impactos negativos sobre aintegridade biótica, tanto de ecossistemas terrestres como aquáticos (Trombulak & Frissel,2000).302

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