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Vol3_Meio_Biótico - Philip M. Fearnside - Inpa

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Amazônia peruana superiores as densidades encontradas na rodovia BR-319 para oparauacú (1,89 animais/km 2 ). Na Costa Rica, Vaughan & McCoy apud Rau (1993)encontraram densidades de 87 animais/km 2 para Cebus capucinus e de 66 animais/km2para Saimiri oerstedii.Observou-se que as densidades estimadas para as populações de mamíferos demédio e grande porte para a rodovia BR-319 são, em geral, baixas quando comparadas aoutras regiões de florestas contínuas e com menor nível de impacto de atividades humanase degradação ambiental. Possivelmente, existe um efeito da simples presença da rodovia oudo impacto de sua obra original sobre a fauna de mamíferos local. Isto se deve,provavelmente, a fragmentação do ambiente, a redução dos recursos alimentares e abrigos,bem como as atividades humanas diretas exercidas no local, como caça, desmatamento,assoreamento e barramento de igarapés, coleta de frutos e presença de ruídos de maquinasque ocorrem em diferentes graus em cada trecho da rodovia.Estações atrativasEsta metodologia só pôde ser utilizada no período seco, considerando que durante acampanha da estação chuvosa, em janeiro de 2009, o índice pluviométrico foi o maior dosúltimos 10 anos para o mês de janeiro no estado do Amazonas. Esse excesso de chuvasinundou alguns transectos e consequentemente as estações atrativas, impossibilitando estetipo de metodologia auxiliar para a coleta de pegadas. Entretanto, durante a estação seca,ela foi bem eficiente, servindo para identificar muitas pegadas e correlacionar o índice deabundância relativa por pegadas com os índices de abundância absolutos obtidos pelométodo dos transectos (Densidade por King e Hayne).Andrade et al. (2007) analisaram a correlação entre o comprimento da pegada ou ocomprimento do passo com o peso de alguns mamíferos no Centro de Criação de AnimaisNativos (CECAN), km 35 da BR-174 em floresta de terra firme, próximo de Manaus, sendo amesma positiva. Também encontraram correlação entre o comprimento do passo e o peso.O tamanho da área de vida ou home range pode ser utilizado para predizer avulnerabilidade à fragmentação. Lovejoy et al., 1999 apud Pires et al. (2006) observaramque fragmentos amazônicos de 100 ha não suportam três espécies de primatas cujosgrupos possuem área de vida superior a 100 ha (Ateles paniscus, Cebus apella e Chiropotessatanas). No entanto, espécies que possuem áreas de vida menores (Pithecia pithecia eSaguinus midas) podem ser encontradas em fragmentos de 100 e 10 ha ou em áreasalteradas, exatamente como parece estar ocorrendo com Saguinus fuscicollis ao longo darodovia BR-319.341

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