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Vol3_Meio_Biótico - Philip M. Fearnside - Inpa

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aparentemente discrepante. Este dado indica que a diversidade ao longo de todo o trechoestudado é semelhante.A análise comparativa do sucesso de captura entre as diferetes distâncias dasparcelas em relação à rodovia BR-319 (Blocos 1, 2 e 3), mostrou que a medida que seafasta da rodovia, maior é o sucesso de captura, o que sugere a ocorrência de efeito deborda originado pela construção da estrada (desmatamento e fragmentação), e os impactosdessa ação sobre a fauna podem ser percebidos ainda hoje. A partir desta idéia,esperaríamos que o Bloco 3 apresentasse maior sucesso de captura em relação aosdemais. A pequena redução desse valor do Bloco 2 para o Bloco 3 pode ser explicada peloaumento do número e extensão de trechos alagados na parte final dos módulos utilizados(redução da eficiência de armadilhas, especialmente as posicionadas no chão). É esperadoque a reconstrução da rodovia BR-319 aumente significativamente o efeito de borda,podendo tanto tornar o efeito mais severo como deslocá-lo cada vez mais para o interior dafloresta.As curvas cumulativas de espécies verificada por da Silva et al. (2007), Franco e daSilva (2005) e no presente trabalho para o interflúvio Madeira-Purus também sugerem quenovos táxons devem ser acrescidos à lista, com novos inventários. Lembramos que táxonsde hábitos semi-aquáticos e aqueles que forrageiam principalmente no dossel da florestanão compõem a lista de espécies da região, principalmente porque não foi aplicadametodologia específica para coleta desses indivíduos (o que também aconteceu nos demaisinventários). Para isso seria necessário o envolvimento de maior número de pesquisadorese principalmente dispor de mais recurso e tempo de execução, o que é inviável numEIA/RIMA. Desde que para inventariar aprofundadamente a mastofauna são necessáriosanos de amostragem, e mesmo em áreas com mais de trinta anos de amostragem do grupoas curvas de acumulação de espécies de mamíferos ainda não se mostram estabilizadas(Voss e Emmons, 1996), este estudo deve ser tomado em caráter preliminar.A coleta de espécies congenéricas na região do médio rio Madeira, como paraProechimys, Didelphis e Marmosops, onde apenas uma espécie era esperada (vejaEmmons & Feer 1997), evidenciam mais uma vez o pouco conhecimento existente sobre oslimites geográficos e taxonômicos para a grande maioria dos pequenos mamíferos, nãoapenas dessa região, mas de toda a Amazônia (Da Silva et al., 2007).Embora os estudos atuais ainda não permitam um diagnóstico da situação deendemismo na área de estudo, o rio Madeira é apontado por diversos autores comoimportante barreira biogeográfica (tanto entre margens opostas do rio, como montante ejusante das cachoeiras) na evolução e diversificação da biodiversidade amazônica, o quesugere a necessidade de se estudar a composição da fauna de pequenos mamíferos ao318

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